Capítulo 17

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O Avatar é como eu imagino o Júlio, logicamente menor. Foto retirada da internet.

_  Nossa que quarto lindo doutor Guilherme!

_ Agora esse quarto é seu, era meu quando era adolescente, esse apartamento era dos meus pais, infelizmente eles morreram a cinco anos atrás em um acidente.

_ Sinto muito pela perda de seus pais.

Já superei, agora é somente a saudades que ficou. Vou ao meu quarto pegar uma roupa pra você colocar hoje e amanhã iremos ao médico e comprar roupas e outras coisas necessárias pra você.
Não há necessidade seu Guilherme.

Há sim. E não tem discussão. Já volta pra ajudar você a tomar um bom banho.

_ Sim senhor.

Sai do quarto, fui direto no quarto de hóspede onde havia. Roupas de quando era um adolescente, peguei uma calça de malha e uma camiseta e peguei uma cueca nova que nunca havia usado.

Ajudei o Júlio a tirar suas roupas, mas quando vi suas costas estava muito infeccionado.

_ Querido você está tomando ou tomou algum medicamento pra não infeccionar suas cirurgia?

_ Não tomei nada depois que sai do hospital, pois minha mãe disse que não tinha dinheiro pra comprar os remédios, minha vizinha me dava remédio pra dor e febre, tenho febre quase todas as noites.

Coloquei ele sentado em uma cadeira, debaixo do chuveiro já aberto, com uma água bem quente, achei bem as costas dele e lavei suas pernas e pés, deixando somente os membros superiores pra ele lavar, enquanto ele terminava o banho, arrumei a cama, depois voltei para o banheiro e o ajudei a se enxugar e colocar suas roupas, a cadeira de rodas deixei no banheiro, também precisarei comprar uma cadeira de rodas e uma cadeira de banho. Vendo melhor Júlio ele não aparente te tá idade que tem é bem pequeno para a idade, muito magro da pra ver  seus ossos.
Depois de ajudar ele tomar o banho levei ele para a cozinha, fiz o jantar rapidamente.

Comemos em silêncio e fomos para a sala, onde ele pediu pra assistir uma série, assistimos dois episódios, olhei para ele estava com os olhos brilhando.

_ Você está bem, está sentindo alguma coisa?

_ Não senhor, estou feliz, meu coração está em paz, estou me sentindo tão protegido, como nunca havia sido.

_ Cuidarei  de você de agora em diante, quero que seja muito feliz.

_ Vamos dormir, porque amanha você vai passar por consulta, Dona Maria mandou mensagen, me avisando que sua consulta foi marcada para amanhã às dez horas da manhã e não podemos nos atrasar, pois o médico que irá te atender é um especialista reconhecido internacionalmente.

_ Nossa! Essa consulta vai ser muito cara, não quero que o senhor gaste dinheiro comigo.

_ Isso não será gasto, será investimento.

Depois daquela conversa levei ele aí banheiro para fazer suas necessidades, depois o peguei fui até sua cama o deitando, o cobri e dei um beijo em sua testa desejando boa noite. Fui para meu quarto indo para o banheiro para tomar um belo banho. Quando senti a água quente bater em meu corpo, fui relaxando, comecei a chorar, por tudo que presenciei na vida desse garoto, ele tem dezesseis anos mas parece uma criança de doze anos, ele foi muito maltratado, meu Deus como tiveram de fazer o que fizeram com ele. Não sei quanto tempo fiquei ali, só me lembro de desligar o chuveiro. Acordei assustado, peguei o celular para ver que horas eram, tínhamos menos de duas horas para chegar aí hospital. Levantei fui ao banheiro, fiz minhas higiene pessoal, sai do quarto e fui em direção ao quarto de Júlio, bate na porta, porém não ouve resposta entrei e sua cama estava vazia, o encontrando na sala.

_ Bom dia Júlio, porque não me chamou para ajudar você?

_ Eu acordei bem cedo então decidi vim pra sala pra assistir a série que começamos ontem, eu perguntar se podia mais não queria te acordar.

_ Vou te ajudar a tomar banho e pegar uma roupa minha pra você se vestir, tomaremos o café da manhã em uma padaria próximo aí hospital.

_ Eu já tomei banho, só preciso mesmo de roupas.

_ Claro. Vou te ajudar ir ao quarto e pego uma roupa e nós já vamos.

Depois de arrumar Júlio, o coloquei na cadeira de rodas e saímos em direção ao elevedor nos levando a garagem, o tirei da cadeira de rodas e o sentei no banco do passageiro, fechando a porta e dei a volta e entrei no carro. Durante o percurso fomos conversando, Júlio estava mais animado.

_ Querido fale de você, que série está estudando? Que gostaria de fazer depois que terminar o ensino médio?

_ Eu estudei até o primeiro ano do ensino médio, pois eu tinha que estar na escola para minha mãe receber a ajuda do governo. Depois que fui baleado nunca mais fui a escola. Nunca tive o sonho de ser alguma coisa.

No Hospital

_ Bom dia Senhor Henrique.

_ Bom dia Leonora. Você quer falar comigo.

_ Ontem eu marquei uma consulta com o Doutor João Carlos, o delegado que é patrão da minha mãe, pediu para que eu marcasse. Não sei ao certo mais parece que em uma operação da polícia ele encontrou um garoto, numa casa sozinho, me parece que o mesmo é menor e foi abandonado pela mãe e o Doutor Guilherme resolveu levar o menino pra casa dele.

_ Hum. Acredito que não avisamos o pessoal da recepção que hoje João Carlos, não virá. Mas vou ligar para o Doutor Júlio César, se ele pode fazer essa consulta, sendo de grande importância.

Depois de ligar para meu sogro explicando a situação do paciente  e pedindo a ele se ele podia fazer a consulta para o garoto.

_ Claro Henrique, você sabe me informar o horário dessa consulta.

_ Sim seu Júlio César. Será as dez da manhã, o nome do menino é Júlio.

_ Opa já gostei do Guri, tem meu nome.

_ É verdade não tinha nem percebido.

Depois de desligar o telefone fui atrás de Leonora, a avisando que o.meu.sogro que iria fazer a consulta, pedi também que ela prepara a sala de JC. Com mó não voltaria mais ao hospital hoje, me despedi e pedi a ela que auxiliasse o doutor.

Tomamos o café rapidamente, pois só tínhamos trinta minutos, para a consulta.

Saímos da padaria e fomos direto para o hospital, consegui uma vaga no estacionamento do hospital próximo a entrada. Coloquei Júlio em sua cadeira de rodas, preciso comprar uma hoje mesmo, fomos direto a recepção.

_ Bom dia senhora.

_ Bom dia senhor. No que posso ajudar?

_ Temos uma consulta marcada para Júlio Santos.

_ A sim. Pode ir ao consultório  um, o médico já está aguardando na sala.

_ Senhora pago a consulta agora ou depois.

_ O senhor pode pagar depois da consulta, talvez o médico peça algum exame de urgência.

_ Gratidão. Depois voltamos.

Fomos direto para o consultório um e antes de bater na porta, a porta se abre.

E meu Deus! que  homem é esse?


Boa noite

Sem revisão.

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