Mesmo contra sua vontade Charles me levou para vem longe de meu pai, meu coração está em pedaços e dói cada vez que lembro da cena dele com aquela mulher, jamais em toda minha vida imaginei que meu pai faria algo assim com a minha mãe, ela não merecia uma traição, não merecia ser humilhada dessa forma, não sei o que deu em meu pai para fazer algo assim,só sei que eu nunca esperava algo assim dele.
Estou decepcionada.
-Obrigada por me deixar ficar aqui essa noite.
-Sem problemas. -sorrio
-Não vou te colocar em confusão? Seu pai não vai...
-Meu pai tem muito o que fazer para se preocupar com quem o filho querido leva pra cama. -rio.
-Você não está me levando pra cama.
-Ah não? -cruzo os braços.
-Não nesse sentido da palavra. -rimos.
-Se precisar de alguma coisa eu estou no quarto ao lado.
-Espera. -ele me olha. -Você pode ficar aqui até eu pegar no sono? Não quero ficar sozinha.Seria uma má idéia?
Talvez.-Tudo bem.
Ele deita ao meu lado, me aproximo e o abraço permitindo com que todo o meu corpo relaxe, eu deveria me senti estranha ou desconfortável por estar aqui com ele, mas, na verdade, não me sinto, não há nenhuma intenção sexual entre nós dois e eu só quero sua companhia para desabafar.
-Ainda acho uma má idéia você ficar aqui sem avisar à ninguém. Seu pai deve está preocupado.
-Dane-se ele.
-Não pode dizer isso, ele é seu pai. -me calo.
-Não pensou nisso quando era você mandando ele se danar.
-Estou falando sério, você precisa avisar aos seus pais aonde está.
-Não eu não quero, não quero ninguém atrás de mim, muito menos ouvir e ver meu pai. -me acaricia desistindo de me convencer. -Será que ele contou à minha mãe? -rio. -É claro que não, ele não teria essa coragem, ele vai continuar enganando ela, mas se depender de mim isso não vai acontecer, ele não vai continuar mais enganando minha mãe.
-Acho que você não deveria contar. -o encaro.
-E o que você acha que eu devo fazer?
-Que tal nada?
-Como assim nada? Está me pedindo para ficar calada?
-Não, estou lhe pedindo pra você não tomar as dores que não são suas.
-Ela é minha mãe.
-E ele seu pai. - sento a cama e ele faz o mesmo. -Você precisa deixar seu pai dizer isso a ela, não tem o direito de contar.
-Acha o que ele fez certo?
-Claro que não, mas... Sam. -ele segura minha mão. -Não é dessa forma que as coisas vão se resolver, imagine o caos que será se você resolver contar, pense na sua mãe e na sua irmã, na sua família. Quer que ela se acabe?
-Não.
-Então a melhor coisa a se fazer é ficar em silêncio.
-Eu não vou conseguir, não vou conseguir olhar pra ele todos os dias e fingir que nada aconteceu, não dá.
-Você precisa tentar. -nego -Você nao pode tomar as dores de sua mae e ficar chateada com seu pai.
-Você não sabe o que fala, eu já estou Charles chateada, ele me magoou agindo daquela forma com a minha mãe, você não sabe o quanto dói.
-Eu sei que está triste, qualquer filho no seu lugar estaria, mas magine você chegando amanhã em casa e seus pais sentam pra conversar e se acertam. E você como fica? E se sua mãe resolve perdoa seu pai.
-Ela nunca fará isso eu conheço minha mãe
-Só imagine. -suas palavras me fazem pensar. -Se sua mãe perdoar não tem o porque você não. -fico em silêncio- Não faz sentido tomar as dores que são de sua mãe. Não guarde mágoa do seu pai, isso só piora tudo.Ele tem razão, odeio ter que admitir isso, mas ele tem razão no que diz.
-Pra um cara sem juízo até que você se saiu bem. -ele me abraça e sorri.
-Eu já passei por isso Sam, sei o que está sentindo só que na época eu não tive alguém que dissesse isso pra mim.
-Como se você fosse dar ouvido.
-É verdade. -rimos. -Mas talvez se eu tivesse alguém pra me dizer isso, hoje minha relação com meu pai seria diferente.
-Sua mãe. Ela e seu pai...
-Eles nunca voltarão. Infelizmente.
-Sente falta dela?
-Muita, mas agora ela tem uma família nova e eu sinto que atrapalho a vida que ela tem, não vou com a cara do meu padrasto ele é um alpinista social. -sorrio.
-Você está me surpreendendo essa noite. -ele sorri sem entender. -Primeiro um conselho e agora usando palavras bonitas. Você é muito mais do que um rostinho bonito Charles Tompson. -ele acaricia meu rosto e aos poucos perdemos o sorriso, me aproximo e ele me beija.Sempre ouvia minha avó dizer que quando o beijo fosse verdadeiro tudo em mim ia estremecer, os meus pensamentos iriam evaporar e não importa se ele for um grande beijo ou pequeno, cada segundo seria como se eu estivesse me teletransportando para o céu. Eu nunca entendi quando vovó sorria e dizia essas coisas, todos os garotos que beijei o máximo que senti foi um frio na barriga de ansiedade pelo que estava por vir, entretanto hoje eu consigo entender minha avó, sei exatamente o que é se sentir da maneira que ela descreveu, neste momento meu pensamentos evaporaram, o toque de Charles me deixa trêmula da cabeça aos pés, ele intensifica e deita sobre mim, todo o meu corpo se aquece respondendo aos seus gestos e carinhos, cada segundo se torna único e a sensação é como se ele me levasse ao céu.
-Acho que não é uma boa idéia eu dormir aqui. -diz ofegante.
-Por quê não? -ele sorri.
-Estou tentando ser um bom rapaz, mas se eu ficar aqui tenho quase certeza de que você vai estragar meus planos. -o beijo.
-Não vamos fazer nada demais. -volto a beijá - lo.
-Sam. -adverte.
-Tudo bem. -ele deita ao meu lado e encaramos o teto.
-Eu estou tentando mudar. -fico em silêncio. -Todas as garotas sempre diziam o mesmo de mim, que eu era obcecado por sexo e que meu único objetivo era levá - las pra cama.
-E não era verdade? -questiono.
-Era sim. -rimos.
-O que mudou? - o encaro.
-Quero está com você não pelo que você pode me dar. - ele me olha. -Mas pelo que você é.
-Eu conheço essas palavras.
-É eu aprendi com a melhor. -sorrimos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Três Regras Para Amar
RomanceNo mundo de Sam existem três regras criadas para que ela jamais venha se apaixonar pelo cara mais óbvio da escola. O famoso "bad boy" Em uma escola nova ela vai descobrir que não será tão fácil seguir essas regras.