Capítulo 7

5.8K 532 15
                                    


                                ALEX

Eu tenho um filho. Um filho com a mulher que eu mais amei na minha vida. Um amor que eu enterrei no passado junto com meus sonhos bobos. Depois de mandá-la embora eu nunca mais fui o mesmo, e tudo isso por causa dele. Se eu tivesse ido embora com ela naquela época talvez hoje eu tivesse uma família com ela, eu veria o Nikolas crescer em sua barriga, iria saciar seus desejos, ser um bom pai e um bom marido. Ele me tirou isso, arrancou de mim a chance de ser feliz com a mulher que eu amava por capricho! Eu jamais irei perdoá-lo.

Eu não queria ter filhos, desde que Rubi foi embora da minha vida eu desistir de ter isso, não fazia sentido para mim ter uma família com outra pessoa que não fosse ela. Se alguém me dissesse que eu teria um filho no futuro eu com certeza iria morrer de rir.

O garoto era meu, isso eu tinha certeza. E como não seria se ele é a minha cópia? Lembro muito bem naquela noite que nós não fomos cuidadosos. E pensar que ela me escondeu a verdade por seis anos! Eu não sabia o que pensar,


o garoto obviamente sabia de mim, me pego sorrindo ao lembrar o ciúmes que ele tem da mãe, o gênio era da Rubi com certeza.

Ter descoberto a existência do Nikolas me fez refletir no que aconteceria agora. Eu não iria jamais ignorar a existência do menino, nem abandoná-lo agora que o conheci. Eu queria conhecer ele melhor, saber quais suas coisas favoritas, ser o seu melhor amigo, ser o pai que eu nunca tive. Preciso me resolver com a mãe dele, eu não admitiria nem um segundo a mais ficar afastado do meu filho, nem que para isso eu precise tomar medidas drásticas!

- Amor você tá bem? Eu esqueci completamente da Calypso. Droga, ela não gostaria nadinha dessa história, nos conhecemos há muito tempo, desde antes de Rubi chegar à minha vida, Calypso era filha da melhor amiga da minha mãe, nossas famílias tinham planos de juntar os impérios através de nós dois, o que eu sempre fugi.

Acontece que depois da morte do meu pai tive que assumir a empresa, comecei a me afundar lentamente na bebida e chegar ao fundo do poço. Foi ela que me ajudou a me reerguer, primeiro como amiga e em alguns anos me conquistou com seu amor e carinho por mim. Eu tenho muito carinho por ela, o que me fez dar um passo a mais na nossa relação e a pedi em casamento, o que ironicamente agradaria e muito meu pai se ele ainda estivesse vivo.


- Estou sim meu bem, apenas alguns problemas na empresa. Beijei seus lábios macios para distrai-la. Calypso tem o poder de tirar de mim qualquer informação e ainda não era a hora dela saber sobre o Nikolas, ainda mais que ela se recente por eu não querer ter filhos no futuro, saber sobre meu filho vai magoá-la.

- É só isso mesmo? Então você precisa sair um pouco para espairecer, que tal irmos jantar naquele restaurante italiano que você adora?

- Desculpe meu bem, tenho um jantar de negócios essa noite, mas prometo recompensar você quando eu chegar tudo bem?

Ela não disfarçou o desapontamento, porém sempre fui sincero com ela sobre como seria o nosso relacionamento, o quanto a empresa era importante para mim. Apesar de não ser o que eu queria no inicio, aprendi a valorizar aquele lugar, cada sacrifício que eu fazia não era em nome do meu pai, mas das pessoas que dependiam da Transportadora para sustentar suas famílias, assim como a empresa é importante para o crescimento da vila na ilha.

- Eu vou esperar por você na nossa cama então, com aquela camisola que você adora. Calypso sussurra em meu ouvido suas promessas eróticas fazendo com meu corpo se arrepie por completo. Esse era outro motivo forte para que nossa relação funcione, a mulher é simplesmente deslumbrante e boa de cama,


sabe cada ponto erótico no meu corpo, sabe me excitar só de falar comigo nesse tom sensual.

- Vou recompensá-la por isso doçura.

Enquanto me arrumava para buscar Rubi me peguei pensando em como tinha sido sua vida, será que ela tem alguém? Será que seguiu com os sonhos dela? Lembrei-me do episódio do mercado, o quão provocante ela estava com aquela saia curta, com aquele corpo exuberante que eu amei em todos os pedacinhos, conhecia cada curva com a palma da minha mão, sinto - me culpado por esses pensamentos, não sou um homem infiel.

Eu preciso me lembrar que o passado ficou para trás e agora tenho uma pessoa. Jamais serei como meu pai que traiu a minha mãe infinitas vezes enquanto esteve vivo, a fazendo sofrer uma depressão profunda que quase a tirou de mim. Tenho repúdio a este tipo de canalha.

Curvas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora