Oi gente tudo bem? fico muito feliz de ver que o meu bb tem mais de 50 visualizações! esse livro já estava escrito e terminado, mas quando eu o escrevi era adolescente e hoje relendo ele eu não gostei muito do rumo da história, por isso resolvi reescrevê-lo. espero muito que vocês gostem, beijos.
Obs. Essa é a música do casal <3 (Lost on you - LP)
RUBI
Assim que pisei no aeroporto internacional da Grécia meu instinto estalou, como se me dissesse que a minha vida vai mudar profundamente aqui. Apesar de não ter boas lembranças da ultima vez que estive neste aeroporto, posso dizer que amadureci muito.
Hoje refletindo as palavras de Aléxis naquela carta eu me pego concordando com ele. Éramos apenas adolescentes com uma visão colorida do mundo. Não tinha como dar certo, a verdade é que já perdoei ele faz tempo, torço pela felicidade dele, continuo me importando com ele.
No avião vim pensando na minha atitude de deixar para lá o descaso do Alex com o Nik, meu bebê merece um pai presente e o Alex tem assumir sua responsabilidade de pai porque eu não fiz essa criança sozinha. A maturidade nos abre os olhos, se isso fosse um romance da Arlequim, o Alex e eu nos encontraríamos depois de muitos anos e ele ficaria feliz em saber do filho "perdido" fazendo de tudo para reconquistar a amada, mas eu sou realista demais para alimentar esse tipo de ilusão.
Tenho consciência de que minha atitude foi errada, eu deveria ter insistido mais. Passei quase seis anos evitando visitar minha família, e tudo isso por quê? Para não ter que encarar o passado, mas isso acaba aqui.
Vozes animadas interrompem meu momento reflexivo e ao ver minha família ali me esperando me fez perceber o quanto eles fizeram falta na minha vida. Nikolas logo correu para os braços dos meus pais, o pacotinho era louco pelos avós. Fui engolida em um abraço triplo com as minhas irmãs.
- Sua desnaturada que saudade! Disse Mabel praticamente me enforcando. Mabel assim como eu tinha o corpo cheio de curvas maravilhosas, mas diferente de mim que era morena, ela tinha cabelos loiríssimos que puxou da mamãe.
- Eu estuo aqui agora minha perua, tive que vir para ver você desencalhar. Laura deu uma rizada escandalosa (a marca registrada dela) e me puxou para um abraço gostoso e quentinho.
- Senti sua falta mana. Laura era a mais carinhosa e meiga de nós três, nosso tesourinho, ela é daquele tipo de pessoa que você tem vontade de enfiar num potinho e nunca mais soltar.
- Meu bebê cheguei chegando para agitar seu coração. Disse a abraçando
forte.
- Não tô gostando disso ai não viu? Em cinco minutos aqui e já sou esquecida? Logo moá que aguenta a senhora todos os dias? Mal agradecida. Rum. Amber deu sua crise básica de ciúmes, o bico maior que o mundo fazendo todos rirem.
- Meu xuxu você é da família também. Disse Mabel puxando ela para um abraço.
- Está tudo muito lindo, mas temos que ir, pedi para a dona Helena preparar aquela lasanha quatro queijos que você adora filha. Disse minha mãe feliz da vida que eu finalmente tinha vindo visitá-los.
- Ainda bem que você veio minha filha, me poupou de ir buscar você. Ri muito com papai dizendo isso. Eu amava muito minha família e era muito bom estar de volta.
A casa dos meus pais continuava a mesma, inclusive o meu antigo quarto, é claro que o único neto do casal Ferreira tinha um quarto todo lindo feito apenas para ele. Meu pacotinho tinha adorado o quarto com tudo o que ele gosta decorado com o tema da Hot Wheels. Amber e eu dividiríamos o quarto já que a minha cama era de casal Depois de acomodados, finalmente fomos almoçar todos juntos.
Eu confesso que senti muita falta de todos juntos, meus pais moravam sozinhos agora, a Mabel já morava com o cunhado e a Laurinha estava morando em Milão fazendo arquitetura com as correrias da nossa vida era raro que estivéssemos todos juntos.
Após o almoço coloquei o Nik para dormir um pouquinho, meu pacotinho estava muito cansado do voo. Meus pais me chamaram para conversar.
- Filha eu sei que você e o Alex não se falam há muito tempo, mas você tem que falar com ele sobre o Nikolas. O pequeno já vai fazer seis anos e não sabe nem quem é o pai dele. Meu neto precisa de um pai, eu sei que você se esforça para criá-lo e é uma excelente mãe para ele, mas isso não muda o fato que o Nik precisa de um pai presente.
- Eu sei papai, refleti muito e decidi que o Alex vai ter que assumir sua responsabilidade sobre o Nikolas. eu já estava pretendendo conversar com ele desde antes da Mabel ligar, o Nikolas me perguntou onde estava o papai dele e eu disse a verdade para ele. Nikolas já sabe que o pai dele é o Alexis, agora só falta o Alex tomar vergonha na cara.
- Você precisa resolver isso logo filha, antes que isso vire uma bola de
neve.
- Eu sei mãe. Eu vou resolver.
Apesar de que me falta coragem. Como eu vou conseguir falar com o Alex? Não faço a mínima ideia.
O primeiro dia na Grécia foi bem tranquilo, nada de encontros não planejados, amém Jesus! Mas isso não livrava a minha consciência de enrolar para contatar o Alex. Eu não fazia ideia de como ele iria reagir, tipo oi Alex, quanto tempo né!
Que tal assumir nosso filho? Eu só fui tomar coragem mesmo no terceiro dia, quando eu fui com Mabel resolver algumas coisas sobre o casamento dela que tinha sido adiantado por conta da descoberta da minha sobrinha, Mabel estava grávida de três meses e o cunhado achou melhor adiantar o casório, resultado: uma Mabel gravida e surtada nível 100.
Almoçávamos em um restaurante no centro comercial quando de repente ouvimos uma voz grave chamando a atenção de Mabel. Senti um arrepio na nuca e todos os pelinhos ficaram de pé para aplaudir minha desgraça. Quem estava ali atrás de moá? Ele mesmo, Alex.
-Mabel faz tempo que a gente não se vê, continua linda como sempre!
Acho que ele ainda não tinha me reconhecido, ou fez que não me viu.
- Oi Alex, bom te ver. Lembra-se da Rubi? Ela veio passar as férias aqui para me ajudar com o casamento. Maldita seja Mabel e sua boca enorme. Eu não estava preparada. Virei-me e sorri sem jeito para ele. O filho da mãe ficou ainda mais bonito que antes, se isso é possível.
- Olá Alex. ele me olhou surpreso, analisando-me dos pés a cabeça. Retribui o olhar bem séria, não tinha motivos para ficar mostrando os dentes para ele, não depois de tantos anos.
- Rubi! Quanto tempo, não esperava que fosse lhe ver de novo. A descarado, praguejei mentalmente.
- Nem eu esperava. Respirei fundo e criei coragem. - Mas foi bom ter te encontrado porque precisamos conversar.
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