Capítulo 17

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RUBI

Acordo depois de ser sacudida pelo meu pai, seu rosto preocupado me lembra do pesadelo que acabei de passar.

- O que aconteceu filha, o que faz com essa arma nas mãos? A única coisa que consegui fazer foi abraça-lo com força num choro de medo e alívio. Notei que ele estava sozinho e agradeci por isso, não queria que meu filho me visse daquela forma.

- Pai, vamos comigo na delegacia? No caminho eu conto o que aconteceu.

- Claro meu bem, vamos. Ajudando-me a levantar, meu pai pega um casaco e coloca sobre os meus ombros, nem mesmo percebi que estava tremendo. Respirei fundo e busquei o autocontrole.

No caminho da delegacia contei tudo para meu pai e pude ver seu rosto ficar mais vermelho a cada palavra que saia de minha boca.

- Eu vou matar esse desgraçado!

- Calma pai o senhor não pode se estressar dessa forma. Eu vou fazer um boletim de ocorrência contra ele, com certeza ele vai ser pego. E se ele não for preso é melhor ele ficar bem longe de mim porque se ele aparecer outra vez não vou errar a mira.

Ir a delegacia foi inútil. A única coisa que pude fazer foi prestar uma queixa contra ele e por ser um homem "poderoso" o próprio delegado disse que não aconteceria nada com ele. Precisei ligar para o meu cunhado que era advogado para que ele conseguisse ao menos uma medida protetiva. Eu até pensei em ligar para o Alex e contar tudo, mas tive receio que ele ficasse ao lado do amigo e isso eu não conseguiria suportar.

Resolvi manter essa história em segredo do restante da família, só quem sabia dos detalhes era meu pai e o meu cunhado, fiz os dois me prometerem que não contariam a ninguém o que tinha acontecido e meu pai concordou desde que eu aceitasse andar com seguranças em todos os lugares que eu fosse. Aceitei a barganha e contratei um detetive particular para ficar na cola de Paco, assim eu saberia todos os seus passos e poderia me antecipar.

Uma coisa que eu sou nessa vida é ser vingativa e aquele ser asqueroso viria atrás de mim, eu tinha certeza disso. Por isso estava me preparando para quando esse momento chegar, ele vai se arrepender amargamente por ter

cruzado o meu caminho. Uma coisa que aprendi em Nova York sozinha com um bebê é nunca hesitar, principalmente quando a sua vida estiver em jogo.

Curvas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora