CAPÍTULO 13

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PV: OLIVER

TRÊS DIAS DEPOIS

Desânimo, a pior coisa que pode acontecer com uma pessoa, porque quando você desanima de algo, em consequência você desanima da vida, você desiste das coisas e das pessoas. E não nada pior do que desistir delas, porque se você desistir delas , no fundo, já desistiu de você mesmo muito tempo.
Que o limite dos meus sonhos seja a .
Que o desânimo seja vencido pela força de vontade.
Que o bem que mora em mim seja mais forte do que a maldade dos que me cercam.
Que o meu foco seja a felicidade.
Que não me falte motivos para agradecer.
E que eu tenha paciência para esperar as grandes provações que Deus têm preparado para mim

Nunca fui uma pessoa religiosa, nunca pedi a Deus nada para mim, tão pouco agradeci a ele o que meu deu.
Devo ser uma pessoa horrível mesmo, talvez tenha sido minha culpa o que aconteceu com Felicity, fui eu quem a trouxe para esse mundo e olha no que deu! eu a perdi da forma mais cruel e triste, talvez eu mereça a pena de morte mesmo.
Esses últimos três dias trancado nessa cela comecei a questionar-me por tudo o que já fiz na vida, a sensação de impotência e falta de esperança diante do que me aguarda irraizaram em meu coração, eu estava desanimado, Tommy não deu-me muitas esperanças, o promotor e a agente do FBI conseguiram levar-me a julgamento, daqui a pouco eu ocuparia o banco dos réus.
Eu queria ter falado com o Roy e minha irmã antes mais até isso me foi negado, eu só podia receber a visita do meu advogado e ninguém mais, inferno!
Eu nem estava me importando mais se seria condenado ou inocentado, já tinha se passado três dias do desaparecimento de Felicity e o mais provável é que minha mulher esteja morta ou sofrendo terrivelmente na mão de algum louco psicopata.
- Sr.Queen já está na hora, prepare-se para o julgamento, eu sabia que a agente do FBI estava falando comigo mais não lhe dei importância.
- O senhor precisa colaborar, daqui a pouco viram buscá-lo, murmurou impaciente.
- Você procurou por ela? levantei-me a encarando de frente, a agente Wattson franziu o cenho dando a parecer que não entendia minha pergunta.
- Minha mulher, você procurou por ela? insisti.
- Estou indo a julgamento por um crime que não cometi, eu não matei minha esposa e estou morrendo por dentro só de pensar o que ela pode estar passando.
respirei fundo olhando diretamente em seus olhos negros, percebi seu desconforto mais isso também não me importou.
- Eu jurei pra você que sou inocente e implorei que procurasse por ela, você iguinorou-me e ainda fez questão de acusar-me como se eu fosse um assassino frio e calculista. desabafei.
- A senhora será culpada por condenar um inocente e com isso o verdadeiro culpado estará a solta procurando sua próxima vítima, você têm que procurar por ela é seu dever! exaltei-me fazendo a tal agente dar dois passos para trás com minha pequena explosão.
- Todas as provas levam a você Sr.Queen, é você quem precisa nos dizer onde está o corpo de sua mulher! reprimir minha vontade de socar a parede ao ouvir sua acusação, eu precisaria de um milagre para sair desse sufoco.
- Chefe esse Senhor aqui veio pra falar com o acusado, um agente entrou interrompendo nossa conversa, ergui os olhos e reconheci meu amigo Dig.
- Ele não pode receber visitas em menos de meia hora daremos início ao julgamento, a agente Wattson falou autoritária.
- Você não é a única com influências agente Wattson, Dig a encarou sorridente ao mesmo tempo que entregava-lhe um papel.
- De acordo com isso tenho vinte minutos pra falar com o Sr.Queen, a sois , você pode ligar para o juíz se quiser pra mim tanto faz, Dig deu de ombros enquanto a agente trincava os dentes reprimindo sua raiva, dessa vez ela não disse nada, apenas saiu de cabeça baixa.
- Nem vou perguntar como você está por que já estou vendo que está horrível, Dig estendeu-me a mão em cumprimento, aceitei de bom grado.
- Devo me preocupar com sua visita? tive que perguntar, nos últimos dias só aparecia notícia ruim.
- Só vim te desejar boa sorte no julgamento, espero que o Tommy consiga reverter sua situação...
- Sorte é a única coisa com que eu posso contar nesse momento Dig, e é claro um milagre, sorri desanimado.
- Oliver eu não sei porque isso está acontecendo com você mais quero que saiba que pode contar comigo, eu sei que você nunca machucaria ninguém mesmo que a pessoa merecesse quanto mais alguém que mais parece um anjo, um suspiro de alívio passou por minha garganta ao ouvir Jhon falar, foi impossível não pensar em felicity, até ouvi sua risada ao lembrar-me de alguns momentos que passamos juntos.
- Você não sabe o inferno que têm sido esses dias sem saber nada dela, desabafei reprimindo minha vontade de chorar para não perder o pouco de sanidade que me restava, Dig ofereceu-me um sorriso gentil ao perceber minha fragilidade. não me importava se fosse preso eu só queria saber se ela estava bem.
- Sei que está difícil para você Oliver...
- Difícil é pouco Dig, eu estou quase surtando, por mais que eu tente evitar não consigo parar de pensar que ela está sofrendo, sozinha sem ninguém para protegê-la, e o pior é que daqui eu não posso fazer nada! suspirei frustrado.
- Me negaram o direito de ver minha irmã e meu cunhado, como acha que eles estão? Roy deve está tão mal quanto eu, e minha irmã! ela e Felicity se tornaram amigas, sem falar nos amigos dela que devem estar sofrendo horrores, eu sei que serei condenado, Tommy pode ser um ótimo advogado mais não têm como contestar nenhuma das provas que eles têm contra mim, vou pegar prisão perpétua de certeza, eu não vou aguentar Dig, preciso encontrá-la se não vou enlouquecer...
- Está na hora Sr.Queen temos que ir para o tribunal agora, seu advogado está lhe esperando. minha conversa com Jhon foi interrompida pela agente do FBI.
- Boa sorte Oliver, Dig deu-me um abraço de amigo.
- Vou estar lá torcendo por você.
- Obrigada, é bom saber que tenho amigos que acreditam em minha inocência, agradeci sincero.
Jhon foi embora e enquanto as algemas eram colocadas em meus pulsos fiquei pensando em felicity, curiosamente a agente Wattson não fez nenhum comentário durante o trajeto até o tribunal, quando saí do carro Tommy já estava me esperando, tinham repórteres, fotógrafos, jornalista fazendo tudo quanto é pergunta sobre eu ter matado minha esposa, os iginorei e quando finalmente consegui saí do meio dos abutres cheguei a entrada do tribunal sendo surpreendido por minha irmã que correu abraçar-me.
- Ollie, Thea agarrou-se em mim e começou a chorar.
- Por que estão dizendo essas coisas horríveis de você eu não entendo o que aconteceu com a Lis? Thea tentou controlar o choro mais foi inútil.
- Eu não sei porque isso está acontecendo mais eu juro que sou inocente, mesmo com minhas mãos algemadas tentei tocar seu rosto, eu não era o único afetado com esse pesadelo, minha irmã estava abatida e por suas olheiras profundas percebi com tristeza que sofria tanto quanto eu, ergui os olhos e foi quando senti meu coração acelerar quebrando-se em mil pedaços, Roy encarava-me intensamente, assim como minha irmã ele estava muito abatido, tentei aproximar-me dele mais a agente do FBI impediu-me.
- O senhor têm que entrar agora! falou autoritária.
- Pelo amor de Deus! ele não vai fugir o que custa deixar ele falar com a família? Tommy interveio a meu favor. agradeci em silêncio.
- Seja rápido! mesmo a contra gosto a gente permitiu que eu falasse.
- Roy eu sei que você deve está com raiva e pensando que tudo o que estão dizendo sobre mim é verdade mais eu juro que não fiz nada do que estou sendo acusado...
- Então me ajude a encontrá-la Oliver! fala pra mim o que aconteceu com minha irmã! me diz onde ela está, por favor. senti meu coração transformá-lo em pó ao ver a dor e angústia estampada em seus olhos, Roy estava desesperado.
- Eu não sei o que aconteceu Roy, mais eu juro pra você que vou encontrar o responsável por isso e vou fazê-lo pagar por todo nosso sofrimento, é uma promessa...
- Pode contar comigo então por que o desgraçado que se atreveu a tocar em um único fio de cabelo da minha irmã vai pagar caro! Roy deu-me um abraço de amigo e finalmente pude soltar o ar de meus pulmões, pelo menos eu tinha o apoio da minha família e meus amigos.
- Oliver! Cait também veio abraçar-me, aceitei de bom grado, se tinha alguém que me conhecia muito bem essa pessoa era a Cait.
- Você pode ser muitas coisas chefinho mais tenho certeza que não é um assassino, suas palavras me trouxeram um pouco de paz.
- Eu tenho certeza que você foi vítima da sua madrasta Oliver, desde de que você foi preso ela está rondando a empresa querendo se meter em tudo, também ouvi uma conversa dela no telefone e pelo que entendi ela está furiosa com alguma coisa que deu errado, Cait falava tudo rápido e baixo no meu ouvido tentei questionar mais ela não deixou.
- Eu queria ter falado com você assim que cheguei de viagem mais não deixaram.
Oliver eu acho que minha amiga está viva, eu tenho certeza disso, felicity é forte e corajosa e se o que eu estou pensando for mesmo verdade...
- Já chega de conversa vamos entrar Sr.Queen , fui arrastado para dentro do tribunal sem conseguir ouvir o que Cait queria dizer-me.
Mas suas palavras apenas reforçaram o que eu já pensava, Isabel é quem estava por trás de tudo isso eu tinha certeza.
E só para reforçar ainda mais minha teoria Isabel foi a primeira pessoa que vi assim que ocupei meu lugar no banco dos réus, seu sorriso deboxado e vitorioso trouxe o inferno pra fora de mim.
- Ollie eu estou torcendo por você querido, eu sei que você é inocente, aquela mulherzinha sem classe deve ter armado tudo isso pra te incriminar e fugiu com um amante qualquer. desviei meu olhar furioso até a outra cobra traiçoeira e tão pervessa quanto Isabel, Helena.
- Cala a boca sua maldita desgraçada! não se atreva a referir-se a minha esposa dessa forma você não chega nem aos pés dela! gritei.
- Fica calmo Oliver! você não pode se exaltar e perder a linha, não dê esse gostinho aos inimigos, surpreendi-me ao ouvir a voz de Sara.
- Vou ajudar o Tommy na sua defesa, você precisa manter a calma, qualquer deslize pode te prejudicar, Sara ofereceu-me um sorriso gentil, a agradeci por isso.
Todos se levantaram assim que o juiz entrou, olhei para trás e todos meus amigos estavam lá torcendo por mim, incluindo o tal Barry, esse eu fiquei na dúvida se acreditava ou não em minha inocência, seu olhar era intenso e transmitia tantas emoções que não consegui indentificar, o promotor começou a falar dando início ao meu julgamento, seu tom de acusação deixou-me em alerta, eu precisaria mais que sorte para sair livre daqui , precisaria de um verdadeiro milagre.

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