A Torre de Freinor

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Recobro a minha consciência aos poucos sentindo algo macio ao meu redor vou abrindo os meus olhos aos poucos, e assim que os primeiros raios de luz atingem o meu rosto acabo sendo cegado, ao tentar movimentar o meu braço esquerdo, sinto um pouco de dor, mas era bem menor do que o desespero e medo que eu sentia por não poder saber onde estava.

Os meus olhos vão se acostumando aos poucos com a luz e eu começo a olhar ao redor, estava em um quarto amplo, deitado em minha grande cama, no meu ombro haviam algumas ataduras que iam até a minha mão.

- Onde será que eu estou... – Falo um pouco desnorteado.

Não tinha ninguém no quarto para me recepcionar, então resolvo tentar me levantar. Eu estava apenas com uma calça negra, e em meu abdome tinha varias cicatrizes. Me levante com dificuldade e me aproximo de uma bancada do quarto onde as minhas roupas estavam dobradas em cima, e minha espada estava na bainha de um cinto de couro.

Me visto e vou até a porta quase caindo no chão, sentido dores em todos os músculos de meu corpo, eu a abro e despenco no chão do corredor que se abrira para mim, com algumas mulheres em vestidos brancos e blusas pretas, com um pequeno ardono branco em suas cabeças.

Duas delas ao me ver cair no chão vem aos prantos me ajudar a levantar, mas algo que me chamou a atenção foi elas não terem rabos ou orelhas de animais.

- Mestre Sarvim, está tudo bem com o senhor?! – Uma delas fala.

- Não deveria ter saído de seu aposento Mestre Sarvim! – A outra fala me repreendendo.

- On-onde... Eu estou – Falo com dificuldade por causa da fadiga.

- Essa é a mansão Karvenirsh, Mestre Sarvim.

- A Mestra o trouxe para cá, após o encontrar todo ensanguentado na estrada.

- Como... Sabem o meu nome... – As duas se entre olham por um momento, até que uma resolve responder.

- Você há conhece dois dias antes de ser encontrado naquele estado.

- Charmli... – Sussurro. – O que ela estava fazendo lá?

- Por enquanto descanse um pouco Mestre Sarvim. – As duas me apoiam em seus ombros e me levam novamente para a cama onde me deixam. – Chamarei a Mestra, ela ficara feliz em saber que o Mestre Sarvim está bem.

Ela se retira junto da outra logo após. Eu me deito e começo a pensar em todos os motivos que poderiam ter levado a Charmli estar ali na mesma hora ou algumas horas após o incidente, mas nenhuma batia.

Após alguns segundos de espera a Charmli entra no quarto, só que dessa vez ela vestia um vestido azulado que acentua as suas curvas da parte de cima, e se estendia até o chão, com alguns babados nele.

- Sarvim! - Ela corre na minha direção aos prantos. – Você já está melhor?

- Sim, mas antes de mais nada, não tem nada a dizer? – Eu já estava realmente melhor, meus músculos não doíam mais e a exaustão também havia sumido.

- Acho melhor me apresentar novamente, eu sou Charmli Ferdskarshernd Karvenirsh, uma nobre de alto nível, que aceitou uma missão há poucos dias direto do rei de Korssentrist, sendo essa entregar um saco de moedas sagradas para a casa Hurshingstrir.

- Então você é uma nobre, e ainda por cima de auto nível...

- Mil perdões Sarvin, mas ninguém poderia saber a minha verdadeira identidade durante a missão.

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