Um Novo Brilho de Esperança

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As gotas vermelhas que caíram na noite anterior, terminavam de escorrer do telhado, enquanto o sol nos abençoava com seus majestosos raios escarlates, que se intensificavam nas gotas de cor intensa e cruel.

- O que você vai fazer agora? – A Luna pergunta me observando intensamente.

- Irei atrás da resposta sobre minha vida, eu já estive nessas terras anos atrás, mas... Vamos por agora só descansar, e depois retornamos a nossa jornada.

- Certo... Ainda bem que nada ocorreu.

- Sim... – Falo cabisbaixo, observando meu pé direito que permanecia necrosado.

- Maldito! – Uma voz feminina em um som retumbante, quebrou os pequenos sussurros que se espalhavam no ambiente.

Me viro de imediato, para ver quem retumbava, sobre minha pessoa, e vejo uma jovem de cabelos lilases, com a raiva em seu pequeno e doce rosto, em suas mãos uma grande espada cintilava, mas ela mau segurava ela.

A raiva pela morte do demônio a abatia com força, mas eu não daria o mesmo fim a alguém inocente como ela. Com a pouca força que ela tinha, ela ergue a espada, a cima de sua cabeça, e avança contra mim, com um berro ensurdecedor.

- Vai com calma. – Com um pequeno movimento, com a espada, desvio ela de sua trajetória, o que a faz tropeçar e cair pelo buraco que havia na parede, mas por sorte a seguro a tempo, pelo braço, assim a puxando em segurança. – Isso foi um tento imprudente, para a sua sorte apenas a espada caiu.

- Me solta seu monstro! – Ela puxa o seu braço com força. – Preferia ter morrido a ser salva por você! Aquele que... Aquele que matou meu pai! – Ela berra com lagrimas nos olhos.

- Eu o matei, pois ele matou minha esposa e varias outras pessoas antes! Realmente, eu deveria ter te deixado morrer...!

- E isso foi por sua culpa! Se você não tivesse feito o que fez com meu pai! Ele... Ele não tem culpa por seus atos... Foi por ter perdido sua mente cem anos atrás...

- Cem anos?! Mas como?! Como vocês viveram tanto tempo?! E... E como eu ainda estou vivo?! E acima de tudo vivo?! – Falo desesperado.

- Não sei... Mas graças a você ainda estou viva, e o meu pai pode viver para poder rever sua cara... Seu medo e desespero... Ele não buscava te matar de verdade... Pelo menos isso no inicio...

- Você sabe como eu posso descobrir o que sou então?!

- Bem... Talvez nos labirintos de Harghedital, no passado as pessoas iam para lá em busca de conhecimento sobre o mundo e sobre elas mesmas... Mas é muito perigosos lá Dark! Você não precisa dar ouvido a ela... Apenas fique comigo!

- Lunas?! Pensei que você não falava perto de outras pessoas!

- Bom, depois de grande não podemos mais nos esconder, por isso a comunicação fica acessível, ou obrigatória, para ser mais exata...

- Luna certo? Você tem razão, mas acho que para ele será um pouco diferente... Pois ele já morreu...

- O que?! EU MORRI?! Mas... Mas como?! Como eu morri?!

- A lua, só sobrou um pequeno fragmento avermelhado... Uma pedra... Mas foi uma chacina, havia chamas por tudo... Sangue... E o céu já não brilhava mais, como é hoje em dia... Eu lembro que o céu permanecia com uma maça vermelha como o sangue e tempestuosa, poucos são os sobreviventes daquele dia... E nesse mesmo minha mãe morreu...

- Vermelho... Corvo... Tinha corvos?!

- Não, mas... Mas muitos falavam de você como um Corvo... O "corvo que dança nos corpos vermelhos" ou "o corvo vermelho", eram essas as alcunhas...

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