Mundo Vermelho

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Eu ainda estava confuso quanto ao que a Wilenei me disse, e sobre quem ela era Mas deveríamos prosseguir para o amanhecer de nosso futuro.

- Trisha, você também veio até aqui por causa de seu passado certo?

- Certo... Henderion, quem eu realmente sou?

- Há muito tempo após saber da morte de seus familiares. – Ele começa a falar. – Ele veio até esse labirinto onde se encontrou comigo.

Ele tinha um olhar frio, como se estivesse morto.

- E me pediu para que eu trouxe-se de volta dos mortos a sua amada irmã mais nova, mas isso é impossível! – Ele sorri maliciosamente. – Mas eu poderia criar uma "alma", que possui-se uma aparência próxima a dela, e suas lembranças antes de sua morte.

E logo após ele abre seus braços, estendendo ainda mais o seu sorriso.

- E você retornou aqui Trisha, ou eu deveria dizer Karmim?! Você não deve ter tido suas antigas memorias por causa do bloqueio que eu coloquei. – Ele cuspia suas palavras loucamente. – Agora chegou a hora! Steralf!

Trisha, ou melhor, Karmim cai ao chão, e eu congelo diante o ocorrido, a minha amada estava viva... Ela estava viva novamente.

Ela se levanta e fica de joelhos, e fica me olhando com seus olhos amendoados, e assustados, com lagrimas escorrendo por eles.

- Sarvim? Então, nós...

- Karmim! Eu... Eu... Nunca pensaria que reveria você novemente... – Lagrimas começaram a sair de meus olhos.

Eu finalmente havia reencontrado a única pessoa que amava, desde que despertei nesse mundo.

- Karmim... – Eu estendo a mão em sua direção, e começo a caminhar.

Algo queimava em meu peito, meu corpo não seguia mais as minhas ordens, eu queria correr até ela, mas algo me prendia, um medo que eu não conseguia explicar...

- Não tão rápido! – Henderion ergue rapidamente os cinco dedos de sua mão.

Eu vejo rapidamente um brilho abaixo de meus pés, e logo após sinto algo perfurando o meu estomago, meu corpo é erguido a alguns centímetros do chão.

Sinto algo quente escorrendo pelas minhas costas, vou perdendo aos poucos a minha audição, e minha visão é preenchida por um vermelho vivido.

Algo quente sobe pela minha garganta até a minha boca, e eu o cuspo.

Vejo algumas sombras se locomovendo rapidamente, eu berrava em agonia, mas não tinha certeza se algum som era transmitido.

Eu havia adentrado em um mundo vermelho, com sombras, dor, medo, sofrimento e falta de som.

Quando eu finalmente a reencontro, Ganiares depois de tanto finalmente resolveu me abandonar, nesse lugar?

Eu nunca desejei tanto viver, quanto agora que eu a tinha de volta... Não me deixem morrer assim...

Algo perfurava mais ainda os meus órgãos, o mundo ao meu redor estava perdendo a cada segundo a sua existência.

Até que uma sombra se aproxima, e me toca com a sua calorosa mão, e algo gélido toca os meus lábios carinhosamente.

Alguns segundos depois que ela se afasta eu sinto o meu corpo sendo soltado, e as perfurações permitiram o gélido ar adentrar o meu corpo.

Eu estava recuperando os meus movimentos, me levanto com dificuldade, eu estava fraco, estava praticamente morto.

Levo as minhas mãos até os meus olhos, para tentar retirar o vermelho que havia impregnado neles.

O mundo retorna a ter cores, mas e o meu peito? Eu ainda estava vivo, mas a dor não sumiria tão rapidamente.

Levo a minha mão até o peito, eu não estava tocando, onde seria o meu peito, nada, não tinha nada ali, meus órgãos ainda estavam dentro de meu corpo.

- Kar... Mim... – Minha audição estava retornando também.

Minha voz estava morta, sem emoção ou qualquer sentimento.

Eu procuro pela Karmim, que estava finalmente ao meu alcance, depois de muito procura-la a encontro nos pés de Henderion.

Vou rastejando em sua direção, seu corpo estava gélido e seu olhar morto, seus lábios estavam ensanguentados.

- Ela está morta!- Uma voz veio de cima.

- Como... Ela morreu...? – Falo de cabeça baixa.

- Ela se sacrificou por você, alguém que não conseguiu protege-la uma vez, e agora novamente a deixou morrer.

- Não... Eu não... Aceito...!

Linhas avermelhadas começam a tomar a minha visão.

O corpo começou a se reconstruir tecido por tecido, a morte já não era algo com o qual teria que me preocupar.

Não existia mais nada para mim, minha alma já estava tomada por ódio.

Eu me levanto e fico poucos centímetros do chão, algo saia de minhas costas e refletia em um brilho dourado mortal.

- Sim! Finalmente "ele" será libertado! Não tenho mais o que fazer aqui! – Henderion começa a se retorcer e seu corpo começa a se esticar, as roupas se rasgam, e um comprido dragão se desenrola em direção aos céus.

A energia dourada se estendeu a cada segundo e logo após, um grande flash dourado, faz com que eu perdesse todos os sentidos de meu corpo.

E sentisse o choque ao atingir o chão.

Essa seria a minha hora, meu descanso que eu desejei por tempos, eu não estava mais sentindo o meu corpo, e a minha consciência já estava a se apagar também, seria assim a minha morte... Fria e solitária...

Aventuras em ZarganfOnde histórias criam vida. Descubra agora