Por Heitor
Maldita hora que eu fui ficar com a Gisele. Menina desequilibrada. Sigo com Madu e Lucas atrás de Amanda.
Entramos no refeitório e vejo ela correndo atrás de Gisele, que está sozinha rindo.
Corro até ela, mas chego depois que ela começa a discutir.
— Olha só quem vemos, a piranha ladra de homens. Observem, essa menina!
Amanda ri e nega com a cabeça.
— Ela ainda ri! — Gisele continua. — Mas é uma escrota mesmo.
Amanda começa a andar é pega um copo com água. Segue até Gisele e a ronda.
— Sabe, eu posso ser muitas coisas. Mas não sou uma dissimulada, mentirosa e desequilibrada feito você. Qual é! Inventando boatos por causa de um namorico tendente a ser uma merda por sua causa? Que triste.
Gisele abre a boca para falar mas avança sobre Amanda, que desvia, fazendo com que Gisele caia no chão.
— Eu poderia ser uma selvagem que nem você, partindo pra cima, — Toma um gole de água. — mas eu prefiro não sujar minhas mãos com pessoas feito você. Agora, se você for pelo menos sonhar em falar de mim denovo, eu juro que faço você se arrepender do dia que me viu pela primeira vez. — Termina de beber a água e joga o copo em Gisele. — Lixo no lixo, passar bem.
E sai dali fazendo com que muitos alunos gritem e vaiem Gisele, que sai chorando. Deixo Madu e Lucas ali, seguindo Amanda.
Por Amanda
Eu não acredito que fiz isso. Sinto meu coração palpitar e tremo. Sento num banco perto da porta da sala.
Arrasou. Bem feito pra ela. Hahah, se fudeu.
Rio com esse pensamento e noto Heitor atrás de mim. Não, dele eu quero distância. Não é por ele ser o culpado, a culpa é daquela louca, mas por ele continuar vindo atrás de mim é fazendo com que o boato seja verdadeiro.
— Tudo bem? — Pergunta.
— Pareço bem?
— É. Não parece. Desculpa essa garota, eu não sabia que ela faria isso.
Assinto e não falo nada. Olho pela janela ali perto e um temporal de chuva se aproxima. Acho que vou ter que chamar meu pai.
— Amanda.
— Oi.
— Quer ir tomar um sorvete depois da escola?
Olho para Heitor. Agora que noto, ele tem os cabelos curtos castanhos arrepiados, e olhos claros.
Além de uma boquinha, maravigold!
Quieto cérebro.
— Olha Heitor eu não vou aceitar. Por mais que eu queira uma amizade com você, devido a esse boato, prefiro manter uma distância por um tempo. Desculpa, mas, acho melhor não.
— Ok. — Ele se levanta. — Tchau Amanda.
— Tchau Heitor.
🍃...🍃
Heitor não apareceu nas últimas três aulas. Todo mundo anda comentando que ele se assustou com a briga entre eu e Gisele e resolveu dar o fora.
— Vamo Amanda. Temos sorte que o Lucas vai nos dar carona, por que essa chuva não dá.
Sigo Madu até as salas do 3° ano. Lucas é do último ano. Essa eu não sabia.
— Vamos garotas? — Lucas pergunta.
Assentimos e seguimos rumo ao estacionamento. Pouco depois chego em casa, passo por meus pais e meu irmão.
— Filha, seu jantar tá no microondas.
Murmuro um 'ok' e subo ao quarto. Tomo um banho, como e deito na cama, mexendo no telefone.
Madu: Vamo ao cinema Amanda?
Eu: Pode ser. Ver o quê?
Madu: você vai ver. Boa noite...
Bloqueio o telefone, indo dormir. Longo dia amanhã será.
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Hello, Puberdade!
Teen FictionAmanda Silva anda pelos corredores de São Tomé de Castro observando tudo e todos. Reparou que muitos adolescentes estão passando por fases, mudanças de humor e descobrimento de coisas novas. A tão conhecida "Puberdade", é o terror para pré-adolesc...