Hello, Puberdade!

15 - Ajuda?

Acordei disposta. Verdadeiramente disposta.

— Feliz aniversário filha! Onw, meu bebê fez 15 anos... Os filhos crescem tão rápido. — Minha mãe diz entrando no meu quarto e me abraçando.

Agradeço e descemos as escadas rindo. Encontro meu pai e meu irmão tomando café.

— Feliz aniversário sua chata! – Diego me parabeniza.

Meu pai ri e vem até mim, me abraçando apenas e sussurrando um 'Feliz aniversário'. Meu pai não é muito de demostrar, mas eu sei que o que ele me deseja.

– Bom, vou comer rápido, é partir pra escola, e ah, vou dar um passeio com meus amigos.

Tomamos café rindo e comentando sobre coisas constrangedoras da minha pessoa, até dar a hora de ir.

Meu pai me dá uma carona e chego rapidinho. Mal piso na escola e uma Madu pula em cima de mim.

— Feliz aniversário nega, que minha loucura possa te infectar e você tenha mais realizações em sua vida!

A abraço e agradeço. Noto Lucas ao seu lado.

— Parabéns Amy, ah, quero bolo, e só hoje eu deixo você me vencer no UNO ™.

Rimos. Eu sinto vontade de questionar sobre Heitor, mas me controlo. Seguimos para o pátio superior, no segundo andar, onde tem algumas pessoas aproveitando as aulas não terem começado.

Vejo Heitor com os meninos do time, e assim que me vê, vem até mim.

— Feliz aniversário! — Me abraça.

— Obrigado. Ainda tá de pé nosso passeio depois da aula?

— Sim. — Ele sorri com uma fileira de dentes brancos que podem até cegar.

Admita que você quer é tascar um beijo nele né não?

Heitor discretamente me dá um selinho, e ri para mim, que finjo que nada aconteceu. Olho em volta, Madu joga no celular com Lucas, alguns conversam, alguns jogam, mas eu noto Gisele olhando para mim.

Eu não sinto nada além de medo. Ela me fuzila com o olhar.

Falo que vou ao banheiro e deixo meus amigos conversando entre si. Chego no banheiro, ajeito meus cabelos, meus óculos e ouço alguém entrar.

Reza para não ser a Gisele.

Mas não. Quem entra é uma menina que eu nunca vi na vida.

— Olha, você não me conhece mais eu te conheço. Só quero te avisar, não importa o que aconteça, sempre confie em seus amigos. Por mais que seja impossível, acredite.

Ela lava as mãos e caminha para sair, mas eu a puxo pelo braço. Droga, tô pegando a mania do Heitor.

— Quem é você?

— Alguém que quer te ajudar. — Ela sorri e sai. Noto sua aparência, pequena, morena, cabelos castanhos e ondulados. Ela parece alguém, mas quem?

Saio do banheiro ainda questionando o que a menina me disse. Madu me encontra sem os meninos e seguimos para a sala, comigo contando o que aconteceu.

— Eu só estou preocupada com essa coisa de 'confiar nos amigos por mais que pareça impossível'. O que ela quis dizer?

— Bom... — Sentamos nas mesas. — Só esperando para descobrir.

O professor de Matemática entra e aula inicia.