Capítulo 01

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Um passo de cada vez.

Depois que todos da minha família acabaram de me ver no quarto do hospital, o médico me aconselhou a dormiu um pouco. Enquanto meus batimentos eram monitorados e os remédios faziam seu efeito, acabei dormindo com um sorriso no rosto.

A sensação de liberdade que logo seria real na minha vida, tirava de mim qualquer medo ou obstáculo para realizar esse sonho.

Minha alta do hospital seria as 6hrs da manhã. Meus pais me tranquilizaram dizendo que trariam uma muda de roupa e iríamos na cidade comprar um bolsa e alguns materias para que terça-feira eu já começasse na Sweet Amoris.

Meus tios prometeram conversar com a diretora e providenciar minha matrícula. Kentin ficou encarregado de avisar ao representante de turma sobre meu estado de saúde e me proteger no colégio, obviamente.

Antes de dormir respirei fundo fechando os olhos e entrelaçando meus dedos para fazer uma pequena oração. As lágrimas de felicidade e ao mesmo tempo cheias de significados, escorriam pelo meu rosto como se representassem toda minha vida.

Meu maior pedido além de forças e saúde, era de que meus pais perdessem o medo de me deixar viver sozinha. Tudo que desejo é que eles não sofram mais do que eu mesma.

O dia amanheceu mais rápido do que imaginei e logo já estava em pé, pronta para começar o dia. Meus pais chegaram cedo e deixaram a muda de roupa para que eu me trocasse. A ansiedade para começar o dia e finalmente realizar meu sonho, era tão real, quanto impossível de estar acontecendo.

A enfermeira me ajudou a tirar as mangueiras com agulhas das mãos e dos braços, como também os fios que me ligavam ao aparelho de monitoramento do coração. Por último, mas com muito cuidado, ela me ajudou a tirar a roupa de hospital para que pudesse tomar um banho.

Depois de 10 minutos tentando me livrar do cheiro de hospital, troquei de roupa com a energia renovada.

Um tempo depois que já tinha me trocado e optei por deixar meu cabelo louro amarrado de um jeito frouxo, por não ter tanta força nos braços para fazer um penteado elaborado, bateram na minha porta.

Fui avisada que antes de receber minha alta definitiva, o doutor Marcos queria falar comigo e me dar alguns avisos importantes.

Antes mesmo que tivesse tempo de responder, ele abriu lentamente a porta do quarto me pedindo licença para entrar.

...

- Está pronta para ir?

- Com toda certeza! - sorrio sentando-me na beira da cama.

- Como está se sentindo? - ele pergunta olhando minha ficha.

- Muito bem, doutor Marcos. - suspiro.

- A enfermeira relatou que você está com falta de forças nos braços. - ele me encara sério.

- Acho que é por terer ficado muito tempo na mesma posição. Eu não os movi muito enquanto estava com aquelas coisas penduradas...

- Os sente dormentes? - ele analisa meu braço direito. - Está doendo ou incomodando em algum ponto?

- Não. - respondo com um sorriso.

Uma pétala de flor.Onde histórias criam vida. Descubra agora