Capítulo 4

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Onde os olhares se encontram...

Por Ethan...

- Aí pessoal, que tal darmos uma festinha na véspera do feriado? - Falou Paul.

- Eu super apoio! Podemos pensar em algo para o dia seguinte também... - Disse Wanda.

- Bom, eu vou ficar por aqui mesmo, então o que combinarem é só me falar... - Respondeu Luke.

- Hmm... Festa?! - Falei, arqueando as sobrancelhas.- Não ando muito animado para isso... Meu plano para a véspera do feriado é me afundar na cama e recuperar todo o meu sono perdido nos plantões.

- Irmão, não tô te reconhecendo! - Exclamou Paul. - Você sempre está em todas...

- Perdi o interesse. - Falei.

- Acho que Ethan está na fase de ser laçado. - Falou Luke, rindo. Dei de ombros...

- Eu vou indo pessoal, combinei com Ron de sairmos para tomar um café agora a tarde. - Falou Rebecah, se levantando da mesa. - Wanda, se formos mesmo fazer algo não esquece de mandar um SMS para Aria, Hanna, e as outras garotas. Paul, você chama os caras...

- Não esquece da Aurora! - Falou Luke, interrompendo.

- Tô começando a achar que essa tal Aurora não existe... - Falei, revirando os olhos ao pronunciar o nome. - Vocês falam dessa garota o tempo todo mas ela nunca está por perto. - Disse, numa expressão confusa.

- Você ainda não a viu por uma triste coincidência do destino... Ela é incrível! - Falou Luke.

- Com certeza você ainda não a viu em nenhum lugar de Yale... Nao dá pra confundir aqueles olhos azuis  e o cabelo loiro. - Falou Paul, rindo.

Dei de ombros e me levantei da mesa, já enjoado daquele papo de festa.

- Eu também vou indo. Preciso passar em casa para tomar um banho e me trocar, tenho plantão hoje. - Falei.

- Dê lembranças ao seu avô. Diga que estamos torcendo pela recuperação dele. - Falou Luke.

- Digo sim. Obrigado.

Me virei e saí do refeitório mentalizando o local onde havia estacionado a minha moto. Quando a avistei, montei e dei a partida indo em direção à saída do campus...

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Eu estava em velocidade normal, já que dentro do campus o limite máximo é de 30km/h. Minha mente estava no Hospital de New Haven, onde o meu avô estava internado depois de um AVC e coincidentemente, o hospital onde eu era residente. Não era muito longe de Yale, não de moto. Mas eu precisava ir até o meu apartamento para pegar algumas coisas e me trocar antes de ir pra lá.

Desde que ele deu entrada no hospital, a minha vida se baseia entre ficar lá e vir até Yale. Não tenho feito mais nada... Meu avô é tudo pra mim, e só de pensar em perde-lo meu corpo estremece. Se eu puder fazer algo para que ele permaneça vivo e bem, o farei. 

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora