Por Ethan...- Eu já disse que não vou Paul. Nem adianta insistir. - Eu estava decidido. - Não posso sair pra curtir uma festa enquanto o meu avô está em coma. - Falei.
- Cara, eu entendo toda essa situação com seu avô, mas você está com ele a cada segundo desde que tudo isso começou... Ninguém vai te achar o pior homem do mundo por dar uma fugida.
- Não estou fazendo isso pelo que vão pensar. Estou fazendo por mim... Por ele. - Minha voz transparecia cansaço. - Ele pode precisar de mim.
- Ethan, você pode ir por duas horas. Duas horas! - Falou. - O que são duas horas?!
- Muita coisa pode acontecer em duas horas. - Falei.
- Inclusive você dar uma passada na casa do Jefrey. - Disse, insistente.
- Pra quê ir até lá se a minha mente vai estar aqui? Não dá pra relaxar assim cara... - Falei, colocando o estetoscópio em volta do pescoço.
- Meu amigo... Acredite, duas horas fazem muita diferença. - Falou, colocando uma das mãos em meus ombros. - Você precisa sair um pouco desse ambiente. Sua mãe não precisa de mais alguém doente pra cuidar.
- Você não vai parar?! - Soltei um suspiro.
- Não. Até que você diga que na véspera do feriado você vai sair desse hospital, subir naquela sua moto, ir até a casa do Jefrey ver os seus amigos e tomar umas cervejas.
Fiz silêncio, passando por ele para voltar ao corredor do hospital ignorando-o.
- Preciso voltar ao plantão Paul. Obrigado pela visita. - Falei, dando as costas para ele.
- Ah qual é Huntzberger?! - Disse, me fazendo parar para olha-lo. - Duas horas. Duas horas ok? Duas horinhas na casa do Jefrey, e então você vai voltar pra cá e as coisas estarão exatamente como eram antes de você sair. Nada acontecerá. Confie em mim...
- Paul... - Falei, balançando a cabeça para os lados. - Ok. Mas nada certo ok? Talvez eu passe por lá. Talvez. - Falei.
- Ahhhh, esse é o meu garoto! - Falou, vindo em minha direção para um abraço.
Talvez não fosse má idéia. - Pensei.
- Ok, agora preciso voltar para os meus pacientes.
- "Ok agora preciso voltar para os meus pacientes." - Repetiu a minha fala, usando uma voz esquisita e fazendo uma careta. - Vai lá Dr. Bonitão. - Falou, ainda debochando com voz de mulher.
- Me erra. - Respondi, me virando para continuar a andar.
- Você sabe que é isso que as enfermeiras ficam dizendo por aí não é?! - Gritou atrás de mim, me fazendo revirar os olhos.
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O quadro de Bill ainda era estável. Nenhum sinal de melhora, nenhum movimento sequer.
Minha mãe havia ido para casa em Bridgeport para tranquilizar Emma e Billy. Joey finalmente conseguiu convencê-la à descansar um pouco e retornarem novamente amanhã.
- Bom dia querido! - Ouvi uma voz familiar entrar no quarto de hospital.
- Bom dia tia Mey. - Falei, analisando a respiração de Bill com o estetoscópio depositado sobre seu tórax.
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Aurora
RomanceUma jovem linda e sonhadora. Aurora é o tipo de pessoa que só pensa nos outros, mas nunca em si mesma. O excesso de altruísmo a fez perder muitas oportunidades na vida, e sofrer também, pelas pessoas que não pensaram nela da mesma forma. Nunca acre...