Seven - Betty

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O caminho até a casa de Jughead foi silencioso enquanto o mesmo dirigia rapidamente pelas ruas da cidade.

Logo ele estacionou em frente à sua casa e desceu rapidamente, rodeando o carro para abrir a porta para mim.

Agora dentro da casa, Jughead tirou o casaco e as sandálias, me puxando em direção ao sofá. Quando sentamos, ele ergueu meus braços e encarou os machucados. Seu olhar estava triste. Decepcionado.

- Não me olhe assim. - sussurrei.

- Como quer que eu te olhe? Olha o que fez consigo mesma! - ele apontou para os cortes, balançando a cabeça negativamente.

Puxei meus braços e os pousei em meu colo.

- Não tem o direito de me julgar.

- Ok. Não estou aqui para isso. Agora... me conte o que está acontecendo. Do início.

Respirei fundo.

- Eu já passei por muitas coisas na minha vida, Jughead. Meus pais já me fizeram muito mal. - fiz uma pausa e olhei para ele, que me encarava atenciosamente. Respirei fundo tomando coragem. - Meu pai me estuprou quando eu tinha 7 anos, no quintal da casa. - abaixei a cabeça, envergonhada.

Os olhos de Jughead se arregalaram.

- Como é que é? Ele te estuprou? Com 7 anos? - ele disse chocado. - Esse cara é maluco, Betty! Meu Deus...

- Sim. Ele é maluco. E minha mãe não é diferente dele. Quando contei a ela sobre o ocorrido... ela não acreditou em mim. - fiz outra pausa, sentindo meus olhos arderem e engoli o choro. - Preferiu ficar do lado dele e me ignorar. Me chamou de louca e disse que me colocaria em uma clínica psiquiátrica.

- Eu acredito em você. - Jug disse, me fazendo sorrir sem mostrar os dentes.

- O meu pai também fez isso com minha irmã mais velha, Polly. Foi horrível, ele sempre fazia quando mamãe saia de casa nessas viagens inesperadas para coletar informações para o jornal. Dava desculpas de que tinha consulta no hospital ou coisas do tipo. E tem mais uma coisa...

- O que?

- Ele está estranho ultimamente. Vejo ele sair escondido durante a madrugada enquanto todos estão dormindo, volta só quando está amanhecendo. Recentemente mexi no celular dele e vi que ele estava trocando mensagens com um Serpente do Sul chamado Joaquin...

- Joaquin? - Jughead me interrompeu.

- Sim. Por que?... você conhece ele?

- Sim... - disse com a testa franzida, olhando para baixo.

- Por isso eu tenho tanto medo dessa casa, Jughead. Dessa família. - me aproximei um pouco mais dele. - Eles são loucos... eu não sou louca igual a eles. - afirmei, negando com a cabeça.

- Eu sei que não. - ele respondeu firmemente. - Você não é louca, Betty. Disso eu tenho certeza.

- É tão difícil olhar para eles todos os dias e fingir que nada aconteceu... - uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

- Shh... - ele passou o polegar pelo meu rosto enxugando a lágrima. - Eu estou com você. Lamento muito por tudo que tenha passado.

Comecei a me aproximar lentamente sem desviar os olhos dos seus. Ele não se moveu, então entendi que era um sinal verde.

- Elizabeth... Você precisa se afastar. - senti sua respiração falhar. - Se continuar, não sei se terei forças pra fazer isso depois e eu não quero machucar você.- sussurrou, seu hálito fresco tocando meu rosto por estar tão próximo.

- Não tenho medo de você. - respirei fundo. - Eu não vou me afastar de você Jug, então acho que você terá que me machucar.

Ele me encarou por alguns segundos, imóvel, com a respiração acelerada, até que me puxou forte e em menos de um segundo nossos lábios se tocaram. Suas mãos percorreram o meu corpo rapidamente, nosso beijo intenso e transbordando desejo. Encaminhei as minhas para o seu cabelo, puxando seus fios enquanto subia em seu colo sem quebrar o beijo.

Ele mordeu meu lábio inferior, o puxando levemente e eu deixei escapar um gemido de satisfação. Voltou a tomar meus lábios, dessa vez guiando sua mão até minha bunda e a apertando fortemente.

- Jug... - sussurrei com a voz falha por falta de ar.

Ele parou imediatamente e encostou a cabeça nas costas do sofá.

- Desculpa eu... tô indo rápido demais, eu devia ter pedido permissão... - ele começou a falar mas eu coloquei meu dedo indicador sob seus lábios.

- Está tudo bem. Não peça desculpas. Eu quero você. - sussurrei, acariciando seu rosto.

- Quer? - ele sorriu. - Mas nos conhecemos a poucos dias... como sabe que sou um cara de confiança?

- Você não é ruim, Jughead. Eu vejo isso em seus olhos. A forma como se preocupa comigo e como cuida de mim... - encarei seus lábios rosados. - Eu estou obcecada por você.

Sem responder, ele voltou a tomar meus lábios, dessa vez se levantando do sofá comigo no colo. Caminhou comigo até a parede mais próxima, minhas costas se chocando com a parede gelada me causou ainda mais excitação. Senti seu volume entre minhas pernas enquanto ele pressionava pra cima e pra baixo, sua língua invadindo minha boca.

Comecei a puxar sua camisa pra cima quando ouvi a tranca da porta se abrir e logo em seguida vi a figura masculina de seu pai na porta.

Jughead me soltou no chão, xingando baixo e balançando a cabeça negativamente.

- Uou! - o pai dele disse com as sobrancelhas arqueadas. - Desculpa mesmo atrapalhar, se quiserem eu posso voltar mais tarde. - Ele deu de ombros apontando para a rua atrás dele.

Senti minhas bochechas queimarem e me escondi atrás de Jughead.

- Esquece. - Jughead respondeu e coçou a nuca. - Quer dormir aqui? - Me perguntou.

- Se não for incomodar...

- Não irá incomodar. - FP respondeu entrando e fechando a porta.

Jughead riu fraco.

- Você dorme no meu quarto. Eu venho aqui pro sofá. - Ele disse.

- Mas... - comecei a falar mas fui interrompida.

- Mas nada, Betty.

Dei de ombros e fiz sinal de zíper na minha boca, enquanto o vi subir os degraus para o segundo andar.

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Oh quem voltooou!❤
Tudo bem com vocês?
Feliz ano novo, que 2019 seja um ano de muitas realizações para nós ❤
Espero que gostem do capítulo, as coisas estão começando a ficar boas hahahah.
E o Hal como sempre um idiota.
Beijo beijo. 😘
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⏰ Última atualização: Jan 03, 2019 ⏰

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Obsessed || BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora