Three - Betty

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(Um pouco mais cedo naquela noite...).

- E aí?? Como foi?? Ele é bonito? Foi simpático? Qual a cor dos olhos dele? Sabe que a primeira coisa que eu reparo são os olhos. - Polly fazia inúmeras perguntas.

Eu tinha acabado de chegar daquele desastre que foi a visita aos Jones, e estava com muita vontade de me bater. Como pude ser tão boba? Sai daqui tão confiante, e quando Jughead abriu a porta minhas forças despencaram e só o que consegui foi gaguejar e olhar para aqueles olhos verdes hipnotizantes.

- Foi um desastre. Quando ele abriu a porta eu fiquei totalmente sem reação e perdida, aí comecei a gaguejar e a falar rápido. - falei, gesticulando. - Ele é um gato Polly, nossa. - suspirei.

- Parece que alguém tá caidinha pelo filho do Rei Serpente. - ela riu, me dando um empurrãozinho. De repente, ela parou de rir. Segui seu olhar e...

- Aquele é o Jughead?! - ela perguntou, chocada, olhando pela janela.

- Sim. - respondi sem tirar os olhos dele. Ele estava no quarto, e tinha acabado de tirar a camisa, que consequentemente arrancou sua touca, mostrando seu cabelo preto.

- É... ele é bonitinho mesmo. - ela concordou.

Quando ele começou a desabotoar a calça, ele olhou em nossa direção. Senti meu rosto queimar e uma vontade imensa de me esconder debaixo do edredom. Ele deu uma risadinha, chegou perto da janela e acenou com a cabeça, fechando as cortinas.

- Meu Deus... Eu tô com tanta vergonha. - falei, passando as mãos pelo rosto. Polly voltou a rir.

- Relaxa, Betty. Infelizmente não deu pra ver ele tirar a calça né. - ela disse se levantando da cama e eu ri, pegando um travesseiro e jogando em sua direção. - O que? Vai falar que não queria ver? - ela saiu rindo e fechou a porta.

Eu queria ver, é claro. Quem não iria querer? Mas ele nos ver o olhando enquanto muda de roupa, foi o cúmulo. Me joguei na cama e soltei o ar pela boca.

Depois de alguns minutos, me levantei e tomei um banho rápido. Vesti meu pijama e na hora que eu ia pegar meu celular ouvi me chamarem.

- Betty? Pode vir aqui, por favor? - era minha mãe.

Calcei minhas sandálias e desci as escadas em direção a cozinha, encontrando um monte de malas e meus pais andando de um lado para o outro.

- O que tá acontecendo? Aonde vocês vão? - perguntei confusa.

- Filha, nos informaram sobre um assassinato em Greendale e uma fonte confiável do jornal tem o corpo. Precisamos ir lá olhar, mas isso pode durar alguns dias. - meu pai explicou, já pegando as malas no braço.

- O que? Mas por que vocês vão agora? Está de noite e chovendo muito forte. Por que não vão amanhã de manhã? E... Espera... Estamos falando de quantos dias? - disparei, falando rápido.

- Uma semana, é tudo que precisamos. Essa pode ser uma grande oportunidade pro nosso jornal Elizabeth, seu pai e eu não podemos jogar isso fora. - respondeu mamãe.

Uma semana? Claro que não era a primeira vez que isso acontecia, mas sempre que acontecia eu ficava desesperada e perdida.

- Mas vocês vão me deixar aqui sozinha por uma semana? De novo? - perguntei. Não me importava de parecer desesperada, pois eu realmente estava.

- Você não estará sozinha. Polly estará aqui e vai ficar tudo bem, Betty. Não se preocupe. - minha mãe veio em minha direção, me deu um abraço e um beijo na testa. - Se cuida, filha.

Meu pai apenas acenou e eles saíram pela porta.

[...].

Respire. Calma. Mantenha seus pensamentos em ordem. Sem pânico, Betty.

Obsessed || BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora