Capítulo 15

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Narrado por Nádia


É madrugada.

O telefone toca e telefones que berram em horários tão tardios definitivamente não nos trazem boas novas.

Por isso eu desço as escadas acelerada, mas observando se cada objeto da minha sala está milimetricamente em seu lugar.

Eu sou assim.

Daquelas virginianas bem loucas, perfeccionistas e organizadas.

Tudo aqui é do meu jeito.

E por isso meu casamento aos poucos foi acabando. E deve ser por isso que eu estou solteira até hoje.

― Alô.

― Oi prima.

Do outro lado da linha Roberta chora. E eu temo que mais um dos nossos tenha morrido.

― Aconteceu alguma coisa com a Margot?

― Não ninguém morreu.

Menos mal. Mais ela continua a chorar.

― Calma. Respira. E me fala o que está acontecendo.

Foi então que ela contou.

― Ele acabou de me agredir novamente.

― Por quê?

― Minha mãe ligou para ele dizendo que eu fui pedir para minha tia para morar na casa da vovó.

― E você fez isso?

― Fiz. Eu queria me separar e minha mãe foi contra.

― Eu não acredito que a Margot fez isso... ― levo a mão ao rosto.

― E onde você está?

― Estou em casa com o Gael... Ele saiu.

― Você está precisando de ajuda médica?

― Não. Desta vez ele foi mais brando.

"Brando".

Como se um homem tivesse que ter piedade ao medir o peso de sua mão ao agredir sua esposa.

― Prima, eu sinto muito... Eu sinto tanto por não está perto.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

― Eu só precisava ser ouvida.

― Eu queria poder te abraçar. Quer vir para Brasília? Morar comigo e com o Caio, ele iria adorar!

― Não, não posso.

Suas palavras eram de pânico. E eu posso imaginar por que.

― O Júlio te ameaçou?

Silêncio.

"Miserável!"

― Saiba que a decisão que você tiver eu irei te apoiar.

― Eu sei disso.

E pela primeira vez pude ouvir o sorriso de Roberta do outro lado da linha.

― O seu convite para ir para Brasília me fez lembrar de um momento hilário.

― Do que?

― Da nossa fuga que planejamos.

Eu também sorri.

Entre Risos e Lágrimas(EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora