Magnus está a caminho do trabalho. Ele sente que seu coração está se esgotando aos poucos. Seus olhos estão nublados, ele não vê o mundo como antes.
As tatuagens espalhadas pelo corpo, deixam uma marca de todos os lugares ele tem estado. Porque ele nunca está em um só lugar. Ele esta procurando algo que perdeu, mas não dá para recuperar algo morto.
Ele aguenta as coisas ruins sem reclamar agora, pois o pior já aconteceu.
Agora as lágrimas estão se formando, correndo pela sua pele. Ele as limpa, porque tem que ser forte.
Ele está empurrando a porta para ver se Alexander esta atrás.
Mas ele nunca vai estar.
Magnus se esconde atrás de um sorriso, mas ninguém sabe realmente o quão triste ele se sente por dentro. Mas a vida continua, coloque uma música triste para entrar no clima. Ele está tentando seguir em frente, mas ele está ficando sem amor. Nada faz diferença mais, pois nunca é o suficiente.
Ele compra livros, as coisas que o fazem sorrir e esquecer de tudo. Não compra mais romances, porque sempre a um trecho que lembra Alexander. Folheia as páginas e entra em outro mundo. Mas ele desmorona, mesmo com as distrações.
Está no mesmo caminho de sempre, de volta ao trabalho às 7, quando o sol da manhã nasce, e tudo esta claro demais. Ele vai para casa às 11, compra cigarros, o que a faz ele relaxar. Mas ele desmorona do mesmo jeito, independente do vício.
Dirigindo na estrada na chuva para a casa dele. O nome dele está na caixa de correio, mas Magnus nunca se sente em casa. Sua verdadeira casa foi queimada e virou cinzas. Então ele está a caminho de lugar nenhum.
Quando ele está deitando na cama, Magnus sabe que está sozinho. Sempre sozinho. uando se levanta, sabe que esta por conta própria e apenas existindo. Mesmo tentando acreditar que não esta.
Ele está trabalhando no bar e fica em um turno. Há um garoto na bancada, um pouco bêbado e jovem demais para acabar naquela situação. Quando o garoto o pega pela mão, ele não resiste. "Vamos ser sozinhos juntos?" o garoto pergunta e agora eles estão a caminho de lugar nenhum.
Magnus está tentando, agora ele tem um pouco de amor. Um pouco faz diferença, mesmo que não seja nunca o suficiente. Os livros e cigarros, apenas deixe-os na prateleira. E as memórias, você as guarda para si mesmo no caminho.
