Entrei na sala e então eu vi seu rosto. E você me olhou nos olhos. Eu queria me apagar naquele momento. Eu não queria me apaixonar, mas acabei indo em frente com isso. Olhei para o chão, senti milhares de borboletas no meu estômago. E então eu já sabia que estava nessa, era demais para mim e tarde demais para você.
Você deu um passo à frente e inclinou a sua cabeça. Com um olhar curioso, você me encarou. E eu me senti morto. Oh pelo anjo, eu acho que vou desmaiar.
Você disse: Oi.
E eu disse: Olá.
"Qual o seu nome? Eu realmente gostaria de saber mais sobre você", mas que pena, eu não falei isso, parei no olá.
Eu só te fitei, tentando desenhar cada detalhe seu, na minha mente.
E você sorriu.
Agora posso concluir que realmente estou morto.
E depois olhou para trás, havia alguém te chamando e foi ai que descobri seu nome. Se virou e foi embora.
Estava carregando um enorme turbilhão por sua causa. Um grande turbilhão emocional. Ao longo dos dias seguintes nós começamos a se falar mais e mais. A cada palavra, olhar, gesto, eu começava a me apaixonar mais e mais por você.
Você era tão incrível, tão charmoso e encantador. Poderia ficar aqui e listar milhares de adjetivos, feitos somente para você.
Você me deixou completamente perdido garoto. Pensar em você em cada aula virou rotina. Você me fez rir, tremer ao ouvir a sua voz, corar em variáveis tons de vermelho quando me elogia. Você me fez um idiota apaixonado. Ninguém poderia competir, ninguém poderia me fazer sentir assim, além de você. Parecia (era) bom demais para ser verdade.
Eu queria sempre estar com você e só com você. Nós nos conectamos como Legos. Ou como as batidas de sapatos de dança.
Uma perfeita combinação de partes incompletas, com tudo encaixado no lugar correto.
Metade com metade.
Você disse novamente: Oi.
Eu disse: Olá, como vai seu dia?
Você disse: Melhor agora.
Ganhei mais um sorriso seu.
Tudo bem, éramos um pouco clichês, mas, para ser honesto isso fez o meu dia.
Olhei para o seu rosto. E aqueles olhos esverdeados, eles me traíram, era tarde demais para mim.
E isso era o que éramos. Um clichê simples. Não foi feito para funcionar, apenas para ser. Mas eu não queria ter de outra maneira ou forma.
Você disse: Oi, tenho que saber sobre uma coisa.
Eu disse: O que?
Você disse: Você se sente assim?
E eu respondi: Sim, me sinto, mas eu estava com medo do que você poderia dizer.
Isso era tudo que nós éramos, um clichê bobo, mas talvez seja muito melhor desse jeito.
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