- Prefere japonês ou churrasco?- Paula perguntou a Henrique enquanto estavam no elevador.
Ela convidou o jovem para almoçar com ela e Breno quando ouviu todos homens do setor combinando de irem comer juntos e excluindo ele.
- O que você preferir- ele respondeu.
- Ajuda nós aí, sempre ficamos com essa dúvida- Breno disse rindo.
- E como chegam a um veredito?- Henrique perguntou.
- A gente faz par ou ímpar- Paula falou causando risada em todos.
- Japonês!- o jovem disse.
Eles saíram do elevador e foram para fora do prédio, se dirigindo para o restaurante japonês que se localizava duas quadras depois da empresa.
- Como você aguenta ficar nesse salto o dia inteiro?- ele perguntou a Paula.
- Os homens pensam que não, mas nós somos muito mais fortes- ela disse divertida.
- Eu não duvido, minha mãe veio do interior me criou sozinha na cidade grande. Conheço a força feminina- Paula sorriu ao ouvir a frase sair da boca do jovem.
- É muito bom ouvir um homem falar isso- falou enquanto entravam no restaurante.
- Já fico mais tranquilo com você no setor dela agora- Breno disse.
- Por quê?- Henrique perguntou curioso.
- Eu sei que vai soar muito antiprofissional, mas aqueles caras são uns babacas!- Paula exclamou causando risos em Henrique.
- O que eles fizeram?
- Nasceram- Breno quem respondeu.
O almoço correu de maneira agradável e, mesmo tendo entrado no dia anterior na empresa, Henrique já conseguia se sentir mais relaxado, principalmente com sua superior.
- Obrigado por me convidarem, acho que ficaria perdido!- ele agradeceu ao casal.
- Sinta-se todos os dias convidado a almoçar conosco- Paula disse simpática.
- Posso perguntar algo? Se acharem invasivo não precisam responder.
- A gente não namora- Breno disse rindo e o jovem ficou vermelho.
- Como sabia que eu perguntaria isso?
- É o que todos acham- Paula respondeu.
Quando acabou o expediente, Paula e Breno foram para o apartamento que estavam dividindo.
- Hoje foi pesado- Paula disse entrando e segurando a porta para Breno.
- Então vamos relaxar- ele fechou a porta e prensou Paula contra a mesma- Não aguentava mais me segurar.
Ele pôs as mãos uma em cada lado do rosto da morena e selou os lábios iniciando um beijo apressado e saudoso.
- Eu tava com tanta saudade da sua boca que parecia que não te beijava há séculos- Breno disse ofegante quando se separaram para respirar.
- Eu quero te mostrar algumas coisas, mas quero tomar um banho primeiro- ela disse.
- Tá bom- ele sorriu e deu um selinho nela logo se afastando.
Cada um foi para seu quarto, tomou banho e logo já estavam na cozinha comendo algo que Paula havia preparado.
- Estava delicioso!- Breno disse quando terminou de lavar a louça e foi se sentar ao lado de Paula no sofá.
- Pra variar, né? Não faço nada ruim- disse convencida e ele puxou ela para perto dele.
- Modesta, né?- ele olhou para a boca dela.
- Realista- ela passou a perna por cima do corpo de Breno e ficou sentada em seu colo de frente para ele.
- Tá na hora da aula professora?- ele perguntou.
- Tá sim!
Paula aproximou o rosto do dele e deu uma leve lambida em sua boca. Ela segurou os cabelos do homem e começou a passar seu rosto pelo dele, sentindo a pele macia e a textura de sua barba.
- Quando a gente deve fazer isso?- perguntou totalmente envolvido no que acontecia.
- Quando você quer enrolar a pessoa- respondeu virando um pouco o rosto e passando os lábios na bochecha de Breno.
Logo começou a distribuir selinhos pelo rosto do loiro, até que ele se irritou e pôs as mãos na nuca dela a puxando para beijar os lábios dele.
- Calma!- disse um pouco enrolada por Breno ter enfiado sua língua na boca dela.
- Eu quero te beijar!
- Pegou o ônibus lotado e já quer sentar na janelinha?
- Que?- perguntou confuso e Paula riu.
- Para de ser apressado!
Ela segurou o cabelo de Breno deitando a cabeça dele no encosto do sofá e começou a beijar o queixo dele.
- É gostoso beijar a barba?- Breno perguntou segurando o riso.
- Tá acabando com o clima- Paula disse irritada.
- Desculpa.
Ela seguiu os beijos para a mandíbula do loiro, dando leves chupadas e algumas mordidas.
- Agora tá ficando bom- ele tinha suas mãos nas costas dela.
- Põe essas mãos em um lugar mais adequado- ela disse.
- Onde?
Paula soltou o cabelo de Breno e levou suas mãos as dele, guiando as mesmas até sua coxa.
- Aperta- ela disse olhando nos olhos de Breno.
Ele estava um pouco inseguro se deveria ou não, mas resolveu ouvir a amiga e apertou suas coxas com força. Aquela ação fez o corpo de Breno ferver e o de Paula se arrepiar.
Ela voltou ao que fazia anteriormente. Paula foi com os beijos para o rosto de Breno novamente, delineando sua boca com a língua. Ela ficou esperando o loiro por a sua para fora para ela poder se deliciar, mas não aconteceu pois o homem estava muito distraído com a sensação das coxas de Paula em suas mãos.
- Põe a merda dessa língua pra fora- ela disse olhando nos olhos dele.
- Romântica- disse irônico, mas atendeu ao pedido da amiga.
Paula passou sua língua pela de Breno, fazendo movimentos circulares e incitando o homem a fazer o mesmo. Ela resolveu aprofundar o contato e começou a chupar a língua do amigo, logo finalizando com uma mordidinha.
- O que se faz agora?- Breno perguntou.
- Agora você beija de verdade!
Paula puxou o cabelo dele já partindo para um beijo feroz pois não estava mais aguentando a tortura que ela mesmo estava proporcionando. Breno continuava um pouco sem jeito com os movimentos da língua e tinha um pouco de dificuldade para sincronizar a cabeça com a de Paula, então a morena resolveu auxiliar, ela segurou firme a cabeça de Breno, a imobilizando, e tomou total controle do beijo, tornando mais prazeroso para ela e consequentemente para Breno.
- Acho que já deu de experiência por hoje, né?- Paula disse ofegante e se levantando do colo de Breno.
- Se você acha- ele deu de ombros, mas se sentia frustrado por não continuar.
- Boa noite, dorme bem!- Paula deu um selinho nele e foi para seu quarto.
Aquilo era apenas o início da amizade colorida que viria a se desenvolver entre Paula e Breno.
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Never Be The Same
FanfictionPor conta de uma promessa feita por seu pai no passado, Breno nunca havia se relacionado com uma mulher, mas havia uma pessoa que lhe despertava o desejo de quebrar essa promessa: sua melhor amiga.