Capítulo 28

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  Ao reparar que o carro não havia parado, Breno foi forte com o pé no freio fazendo o carro parar bruscamente e seu corpo ser travado pelo cinto de segurança. Ele olhou para a frente assustado e começou a respirar ofegante.

  - Paula, tá tudo bem?- ele virou rapidamente ao lembrar que a morena havia tirado o cinto pra pegar sua mochila.

  - Eu to bem- ela respondeu virando o rosto para ele e exibindo um corte próximo a sua sobrancelha.

  - Você tá sangrando- ele a olhou assutado e Paula passou o dedo ali vendo o sangue.

  - Tá tudo bem- ela disse o tranquilizando.

  - Não tá nada bem, Paula, você tá sangrando e por minha culpa. Vou te levar para o hospital!- Breno mal terminou a frase e já partiu com o carro em direção ao hospital.

  - Não foi sua culpa.

  - Se eu não tivesse pedido meu celular você não tinha tirado o cinto- ele dirigia rápido.

  - Se você não diminuir a velocidade a chance de eu realmente me machucar vai ser maior- Paula disse e ele ouviu, reduzindo a velocidade.

  - O que aconteceu? Onde você bateu?- Breno perguntou.

  - Aqui nesse negócio que sai o airbag- Paula apontou- Falando nisso, por que os airbags não foram acionados?

  - Um dia eu deixei o carro na frente da casa da Jéssica e roubaram, eu esqueci completamente de repor- Breno se sentiu ainda pior.

  - Para de se culpar, por favor!- Paula pediu.

  - Eu pedi pra pegar o celular e eu que não dei um jeito de arrumar o airbag. Enquanto você tá sangrando eu to ótimo- Breno disse com raiva- Pega uma blusa que te aí na mochila e pressiona no machucado.

  Paula abriu a mochila, pegou uma camiseta cinza de Breno que tinha ali e pressionou no local que estava sangrando.

  - Você deixou eu sujar sua blusa? Estou impressionada- ela disse brincando.

  - Pode não parecer, mas você é muito mais importante que as minhas roupas- ele disse ainda olhando pra o semáforo que se encontrava vermelho- Por que essa merda não fica verde logo?

  Quando ficou verde ele foi rapidamente para o hospital. Chegando lá ele desceu do carro e foi até a porta de Paula a ajudando.

  - Pega minha bolsa- ela pediu.

  - Mas quem vai segurar você?

  - Breno eu não machuquei a perna.

  Ele soltou ela com cuidado e pegou sua bolsa no banco de trás, logo trancando o carro. Breno segurou Paula pela cintura novamente a levando para dentro do hospital.

  - Oi, nós sofremos um acidente e ela tá machucada, precisa ser atendida imediatamente- Breno disse afobado para a recepcionista.

  - Calma, senhor, tem gente com casos mais graves que o dela- a moça disse calma.

  - Você é médica? Ela não paga um dinheirão nessa merda desse convênio pra ter que ficar esperando- Breno alterou um pouco a voz.

  - Breno, tá tudo bem- Paula sussurrou para ele.

  - Já chamarei o médico, senhor- a atendente disse com um olhar assustado pegando o telefone- O médico já está vindo- respondeu ao desligar.

  - Me desculpa pelo jeito que eu falei, mas eu to um pouco nervoso- Breno respondeu mais calmo.

  - Eu entendo perfeitamente- ela disse simpática.

  - Olá!- disse um médico chegando.

  - Nós sofremos um acidente e ela estava sem cinto por minha culpa, então acabou machucando a testa- Breno falou tudo rapidamente.

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