Never Be The Same

Capítulo 10

  Breno acordou sem a mínima vontade de sair da cama. Havia tido uma péssima noite de sono, mas não era isso que o impedia de levantar. Ele decidiu ignorar sua mente e sair da cama. Foi até o banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes, tomou um rápido banho e logo foi para a cozinha, onde encontrou Paula sentada na bancada, comendo.

  - Bom dia!- Paula sorriu quando o loiro entrou.

  - Bom dia- ele estava sem jeito pelo ocorrido de ontem.

  - Dormiu bem?- perguntou com a maior cara de pau.

  - Não muito- respondeu indo servir uma xícara de café.

  - Eles já iniciaram a pintar lá em casa, então já vim pra ficar. Trouxe as comidas que tinham lá- ela informou.

  - Ótimo, porque aqui não tem nada- Breno se apoiou na pia, olhando para Paula, enquanto tomava seu café.

  - Não sei como você sobrevive nessa casa- ela riu.

  - Eu dou meu jeito- sorriu sem graça.

  - Ah!- Paula disse pegando algo no bolso e logo mostrando a calcinha preta que havia dado pra Breno no dia anterior- Você não quis meu presente, tive que pegar de volta.

  - Por que me deu isso?

  - Eu te falei na mensagem. Você gostou tanto das da gaveta, resolvi te dar uma de presente- deu de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo.

  - Paulinha, esse tipo de coisa não se faz- ele a olhou sério.

  - Qual o problema? É só um presente carinhoso.

  - Tá bom- falou irônico.

  - Vem aqui!- ela disse enquanto se ajeitava na bancada separando um pouco as pernas.

  - O que foi?- ele a olhou estranhado.

  - Por que você tá com medo de mim? Nós ainda somos melhores amigos.

  - Não estou com medo de você, estou com medo de cair em tentação- foi sincero.

  - Você me acha uma tentação?- ela o olhou nos olhos.

  - Você é a única mulher que me desperta esse lado. Eu não sei o que eu acontece, várias mulheres já tentaram chegar em mim e eu não tive a mínima vontade de ter nada com elas, mas você...- ele negou com a cabeça sem terminar a frase.

  - Eu o que?- ela desceu da bancada se aproximando dele e deixando as mãos uma de cada lado do corpo de Breno, apoiadas na pia.

  - Você sempre me despertou algo diferente. É a única mulher que eu já olhei o corpo com desejo, é a única que consegue me fazer perder a cabeça. Você tem um poder muito grande sobre mim- ele apoiou as mãos atrás de si.

  - Você deveria deixar acontecer- ela sussurrou se aproximando do pescoço dele e passando o nariz no local.

  - Eu não posso- ele sussurrou fechando os olhos.

  - A gente não precisa beijar na boca pra aproveitar essa química se você não quiser- ela falou próximo ao ouvido dele.

  - Vamos fazer o que então?- ele se controlava para não segurar os cabelos dela e a beijar.

  - Beijo na boca é só de língua, a gente pode experimentar outras formas de aproveitar a boca- Paula passou a boca pela mandíbula do amigo dando uma leve mordida no queixo.

  - Me mostra então- Breno já estava entregue.

  - Abaixa o rosto- ela pediu e ele o fez, fazendo seu nariz encostar no dela.