Capítulo 38

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  Breno despertou sentindo um corpo colado ao seu. Quando recordou do que havia acontecido, sorriu e se virou lentamente para olhar a mulher que dormia agarrada a ele. Paula não conseguia juntar o corpo todo colando ao dele, então ela tinha a cabeça e a barriga em suas costas e o braço e a perna direita jogada encima do amigo.

  Ele a afastou lentamente para não acordar ela e se levantou da cama. Breno tomou um banho frio para despertar e logo foi para a cozinha passar um café e preparar algo para eles comerem. Enquanto finalizava o omelete, sentiu dois braços sendo passados por sua cintura e um rosto se juntando a suas costas.

  - Bom dia!- Paula disse com a voz rouca enquanto passava o nariz nas costas de Breno sentindo o cheiro do mesmo.

  - Bom dia, coisa linda!- ele pegou a mão dela e deu um beijo- Dormiu bem?

  - Melhor impossível!- ela suspirou- Mentira, é possível sim, a barriga não me deixa ficar na posição que eu gosto.

  - E qual é?

  - De conchinha com você- ela beijou as costas dele e se afastou- O que tá fazendo?

  - Omelete para tomarmos café da manhã. Passei um café pra mim e pra você tem iogurte.

  - Saudades de um café preto bem forte.

  - Mês que vem nossa filhinha vai estar aí e você vai poder comer e beber o que quiser.

  - Menos álcool porque eu vou amamentar- ela ficou reflexiva ao falar isso- Eu vou ter que amamentar.

  - Sim, não sabia?- Breno perguntou zoando ela.

  - Não me lembrava que teria que passar por mais isso.

  - Mas deve ser tão bom saber que seu bebê precisa do seu alimento pra viver- disse sorrindo.

  - Mas deve doer muito! Imagina, alguém sugando seu seio- Breno a olhou com as sobrancelhas arqueadas- Com a intenção de tirar algo de lá- explicou.

  - Eu acho que deve doer só nas primeiras- ele botou as coisas na mesa.

  - Por que acha isso?

  - Sua mãe não teria três filhas se fosse esse monstro todo que você desenha.

  - Realmente. Mas pra conseguir passar por tudo isso eu to só com um pensamento: tudo vai ser compensado pelo amor da minha bebê- Paula acariciou a barriga sorrindo.

  Breno também sorriu e então se sentou em frente à ela e eles começaram a tomar café.

  - Falando em bebê- ele tossiu e Paula o olhou estranhada- Você acha que a nossa filha sentiu o que aconteceu ontem?

  - Eu acho que eles não sentem, até porque os médicos me liberaram pra isso, se não eles iriam proibir, eu acho- Paula o tranquilizou.

  - Não é estranho que minha "primeira vez" tenha sido com uma mulher já grávida de um filho meu?- disse rindo.

  - É bem estranho! Mas o que foi normal com a gente?- Paula também riu.

  - A gente já não teria que arrumar as coisas pro nascimento dela?- Breno perguntou mudando de assunto.

  - Eu acho melhor também, por mais que já tenha uma data definida, é melhor prevenir. Pode ocorrer de o bebê vir antes.

  - Eu quero que ela venha logo. Quero pegar ela no colo, fazer dormir, encher o rostinho dela de beijos. Será que ela vai ser loirinha ou morena?- ficou imaginando o bebê.

  - Ah, não sei, mas eu tenho a impressão de que ela vai ser loira- disse tomando um pouco do iogurte.

  - Já tá quase na hora de ela nascer e a gente não decidiu ainda onde montar o quartinho dela.

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