C.5

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- Por que eu preciso fazer isso? – Glann reclamou, mas sua voz continuava suave e calma.

       Estávamos fazendo pulseiras de miçangas para os idosos da casa de repouso, que trabalho como voluntaria uma vez por semana.

- Porque você é cuidadoso e talentoso com as mãos. – Contei, terminando uma pulseira com varias miçangas colorida. Olhei para o relógio, ainda temos alguns minutos até irmos para o colégio.

- Aqui, para você. – Glann me entregou um prendedor de cabelos feito com miçangas pretas e brilhantes. Sorri para ele.

- Obrigada. – Ele retribuiu o sorriso quando me viu prendendo os cabelos com seu presente. – É por isso que você me ajuda com essas coisas. – Avisei, voltando ao trabalho. Glann está com as pernas longas esticadas, enquanto apoia as costas na cama. Ele parece calmo, enquanto faz as pulseiras com cuidado e habilidade.

- Infelizmente, não vamos fazer o suficiente se continuamos trabalhando assim. – Só tenho mais quadro dias, até voltar para a casa de repouso.

- Você acha que se eu convidar o MacTerry, ele nos ajudaria? – Perguntei, colocando as pulseiras prontas dentro das bolsas de presente.

- Claro que não. – Respondeu sem me olhar.

       Mordi o lábio, ao me lembrar do meu momento com o MacTerry. Senti meu rosto ficar quente com seu elogio. Escondi meu rosto rapidamente para o Glann não notar minhas bochechas vermelhas.

- Talvez ele aceite. Nunca se sabe. – Murmurei timidamente. Glann me entregou outra pulseira pronta.

- Como foi ontem, depois do colégio? – Glann perguntou de repente.

- Foi divertido – respondi lembrando-me do meu coração batendo rápido. – E um pouco perigoso. – Me exibi, fazendo-o me olhar.

- Eu deveria me preocupar? – Questionou, com as sobrancelhas franzidas.

- Não deveria. Foi divertido, ele me levou para andar de carro. – Organizei as miçangas espalhadas e comecei a criar outra pulseira.

- Se você queria andar de carro, eu poderia ter feito isso no lugar dele. – Rebateu. Rapidamente, expliquei meu momento com ele. – Eu também podia fazer isso. – Deu de ombros, fazendo-me ri.

- Será que você está com ciúmes? – Brinquei, analisando seu rosto calmo.

- Não seja boba. – Glann revirou os olhos. – É claro que eu estou. – Revelou por fim, fazendo-me pular em seu pescoço e abraça-lo fortemente. Ele riu abertamente, fazendo seus olhos puxados quase se fecharem completamente.

- Gina? – Minha mãe apareceu no vão da porta. Pronta para ir ao trabalho. – Bom dia Glann. – Cumprimentou. Continuei abraçada ao Glann. – Eu preciso sair mais cedo do que pretendia. Você poderia levar a Gina ao colégio com você?

- Claro. – Respondeu ele.

- Obrigada. Vejo você à noite, querida. Não se esqueça da aula de tênis hoje. – Suspirei contra os cabelos da nuca do Glann, ele se remexeu e segurou minha mão. Murmurei um sim, fazendo-a ir embora, deixando-nos novamente sozinhos.

- Melhor nós irmos também. – Com a ajuda do Glann, arrumei a bagunça no chão e alimentei a Anne antes de seguir o Glann até o carro estacionado.

       As aulas foram calmas. O que me deixou mais relaxada na hora de me encontrar com o MacTerry. Entretanto, meu coração continuou batendo rápido à medida que me aproximava da biblioteca silenciosa. Chegando ao ponto de encontre, o encontrei de costas para mim. Revisando suas anotações. Foi atraente vê-lo estudando e se dedicando.

Querido, doce DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora