C.8

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          Preparei minha mochila para o colégio e alimentei a Anne antes de deixar o quarto, e segui para a cozinha. Minha mãe já estava tomando seu café da manhã, como sempre, lendo alguns documentos.

- Bom dia, mãe. – Anunciei, sentando a mesa e preparando um prato.

- Como vai o pulso? – Perguntou sem me olhar. Sorri e encarei meu pulso ainda imobilizado.

- Está bem. – Respondi, comendo as frutas cortadas e a torrada. – Hoje depois do colégio, vou à casa de repousou preparar o evento para amanhã. – Avisei, encarando seus olhos que se moviam, enquanto ela lia os documentos no Tablet, me ignorando completamente. Suspirei silenciosamente e continuou comendo.

       Antes de terminar minha refeição, escutei o som da porta da frente. Logo em seguida, Glann encontrou na cozinha e nos cumprimentou com um pequeno sorriso.

- Você quer uma carona? – Ele perguntou.

- Sim. Obrigada. – Tirei meu prato e logo me despedi da minha mãe, que continuava sentada tomando seu café como se tivesse todo tempo do mundo.

       Glann pegou minha mochila e seguimos para o seu carro. Ele ligou o ar-condicionado e começou a dirigir em direção ao colégio. Analisei as casa passando ao lado e apreciei o céu azul claro.

- Você está animada? – Glann chamou a minha atenção.

- Com o que? – Franzi a testa sem entendê-lo. Ele sorriu de mim, o que me fez encarar seus lábios e ao mesmo tempo me lembrar do nosso beijo. Desviei o olhar rapidamente, sentindo meu coração disparar de modo estranho.

- O evento na casa de repouso. – Disse como se fosse o obvio. – Você sempre fica animada para essas coisas.

- Estou. Vai ser legal. – Relaxei no acento e lhe enviei um sorriso simples.

- Não sei se vou poder comparecer. – Contou calmamente, de olho na estrada. – Mas posso dá uma carona se você precisar.

- Não se preocupe com isso. Eu posso me virar sozinha. – Falei com determinação. Glann confirmou com um aceno firme, me arrancando uma risada. – Vou trazer uma fatia de torta de limão para você. – Avise, sabendo que isso o deixaria ansiosa para a minha chegada à noite.

- Você é uma boa amiga.

       Chegando ao colégio, analisei os vários alunos ainda conversando no estacionamento e outros na grama aparada. Segui ao lodo do Glann com passos calmos, ele parece pensativo, o que me deu vontade de perguntar o que se passa em sua mente. Antes de atravessar a rua para as escadarias, vi o carro do MacTerry se aproximando. Meu coração disparou e minhas bochechas ficaram quentes. Baixei a cabeça quando ele passou por nós.

- Glann – o chamei assim que entramos no colégio. Ele me olhou com atenção. – Você poderia fazer um pequeno favor para mim? – Perguntei timidamente.

- Depende. – Declarou por fim. Franzi a testa, parando ao lado do seu armário.

- Como assim? – O encarei com atenção. – Você normalmente diz: Qualquer coisa. – Glann se apoiou na porta aberta do armário e me encarou com seu sorriso encantados.

- Da última que fiz isso, você me pediu para beija-la. Não sei até onde você pretende ir com esses favores Gina. – O empurrei levemente, fazendo-o rir apenas para mim.

- Não tem nada haver com isso. – Declarei também sorrindo, mas um pouco constrangida ao me lembrar do acontecimento. – Então, você aceita? – O olhei com expectativa.

       Glann ficou pensativo e jogou a mochila no chão. Quando ele começou a organizar os livros sem me responder, o abracei fortemente.

- Por favor. – Murmurei balançando, mas ao mesmo tempo sem balança-lo. Glann mordeu os lábios, para não sorrir. Ignorei os olhares sobre nós, e me foquei em seu rosto.

Querido, doce DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora