Prólogo

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Na manhã de outono, um jovem — bem conhecido por sua popular família — tocava seu violino em notas aleatórias. 

O jovem detestava a vida que levava, não pelo fato de ser praticamente rico, mas pela classe de sua família. Qual a graça de falar formalmente e agir de forma adequada? Bem, para os clássicos, isso era algo natural e obrigatório, exceto para Ink.

Ink ama rock, mas ouvia escondido. O eminente preconceito de seus pais sobre rock é tanto, que se pegassem o rapaz ouvindo um único solo de guitarra, ficaria de castigo e seria julgado sem saber por seus pais... Mas por quê? Para Ink, esse preconceito era besta e totalmente desnecessário.

Mas as notas que tocava aleatoriamente naquele instrumento musical tão clássico, nada mais era do que um solo de guitarra que ouvira há uns dias trás.

Somente parou de tocar quando ouviu seu celular tocar avisando que havia chegado uma notificação, na verdade, uma mensagem de um amigo. Pegou o aparelho e clicou na notificação.

“Heya, Ink
Estou fazendo uma música nova
E preciso do som de um violino para terminar
Gostaria de tocar um pouco aqui? :D”

Como Ink sempre adorou seus amigos — já que os mesmos entendiam seus gostos — decidiu aceitar.

“Claro! :D

Só vou ver se meus pais vão deixar

Sabe como eles são e.e”

“Blz, vlw TinkywInk :)

“De nada, baka tsundere ;)”

E a partir dali, a conversa termina.

Ink colocou o violino no estojo junto do arco e fechou o estojo. Pegou-o pela alça e saiu de seu quarto indo para a sala. Desceu as escadas de madeira refinada que dava de encontro com a porta de entrada e avistou seus pais na sala de estar.

— Mãe, pai, posso ir na casa de um amigo? — Indagou com educação, se faltasse com educação com seus pais ficaria de castigo.

— E o que vai fazer lá? — O mais velho questionou retórico enquanto checava alguns papéis, nem se quer olhou para o filho. Ink buscou uma boa desculpa para poder ir.

— Ah... Nós... Vamos... Vamos... Praticar música clássica. — Mentiu vendo seu pai olhar para si com um semblante sério. Detestava aquele olhar.

— O que acha, querida? — Olhou sua esposa implorando mentalmente para a mesma não permitir a saída do jovem.

— Se é para estudar música clássica, então que assim seja. 

Ink agradeceu e saiu rapidamente de casa, que para si, era um inferninho onde nunca teria sua liberdade. Suspirou aliviado ao sair da mansão e imediatamente começou seu caminho à casa de Geno.


...


Após pegar um ônibus e descer em um ponto perto da casa de Geno, Ink caminha até a casa do tsundere e bate na porta aguardando ser atendido. Até que ouviu uma conversa dentro da residência.

“Ô Fresh, abre lá, fazendo favor”

“Eu não, Bruh, tô ocupado”

“Time...”

“Também tô ocupado”

“Ah, vão se fuder então”

Ink soltou uma risada baixa e apenas aguardou ser atendido. Não demorou para o ato ocorrer.

Um clássico e o roqueiro (Sendo Editada)Where stories live. Discover now