Stairway to Heaven - Parte 1 (Jimmy Page/Led Zeppelin)

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Marianne Faithfull chupava os meus seios avidamente.

Ela estava louca de Tuinal, e eu bêbada até não poder mais.

Estávamos ambas deitadas no chão do nosso apartamento no L'Hotel em Paris. Não deviam passar das 2 da tarde, e estava um calor desgraçado, por isso todas as janelas compridas de madeira estavam abertas, revelando o céu azul profundo lá fora. Na vitrola tocava ''I want you (she's so heavy)'' no modo repeat.

Minha visão estava hora borrada, hora parecendo que tudo pulsava descontroladamente em minha direção. Minha cabeça parecia estar cheia de bolas de algodão.

Eu estava com as costas apoiada na parede e de pernas abertas — Marianne estava entre elas, esfregando sua boceta coberta pela calcinha na minha. Eu quase poderia rir ao pensar no que Mick Jagger pensaria disso: Marianne, a ex-namorada, e eu, a ex-esposa, quase trepando na porra de Paris.

Então nosso namorado teve que aparecer e estragar tudo.

— BB, Marianne? — Perguntou a voz. Então a cabeça de Jean de Breteuil apareceu encostada na porta recém aberta da sala.

Eu empurrei Marianne de cima de mim, e ela caiu do outro lado, claramente irritada com a interrupção.

Eu havia conhecido Jean e Marianne há quase um mês, em Los Angeles. Recém divorciada de Mick Jagger, eu poderia dizer que Marianne e eu criamos uma conexão de imediato. Além disso, ela estava louca para me pegar.

Jean de Breteuil era o playboyzinho que se achava porque tinha herdado um título real, era rico e vendia cocaína para Keith Richards — tudo bem, não era só para o Keef, ma ele era seu cliente mais lucrativo. Jean não era feio, apenas um idiota. Por isso, quando ele me convidou a viajar com ele e Marianne para Paris, transar com ele pelo menos uma vez todos os dias e ganhar drogas de graça, eu aceitei na hora.

— Achei que você ficaria o dia inteiro fora. — Eu disse.

— Achou errado, minha querida BB. — Jean entrou e fechou a porta, depois caminhou até onde nós duas estávamos.

Eu me apoiei na parede com as duas mãos e me levantei devagar, até conseguir ficar de pé.

Jean segurou minha nuca com uma mão e me puxou para um beijo. Logo eu senti o gosto forte de charuto em sua boca e gemi alto. Puta que pariu, como eu amava aquele gosto.

Jean riu e deu um tapa forte na minha bunda.

Eu deu um pulo e terminei o beijo, me encostando novamente na parede, rindo.

— Alguém deixou isso para você. — ele ergueu a outra mão com um envelope em minha direção.

Eu peguei o envelope e andei até uma das janelas, me sentando sobre o parapeito.

Não havia nada escrito no envelope branco, além de ''Para minha querida BB Wild''. Eu abri e tirei de lá uma passagem de avião, um ingresso de show, um backstage pass e um pequeno papel dobrado no meio. Eu guardei de volta o ingresso, a passagem e o backstage pass, e abri a carta. Nela dizia:

''Você me usou sem dó alguma, fez com que eu me apaixonasse por você, tornou sua ausência um Inferno, e eu ainda nem tive a chance de provar do seu amor.

Por favor, eu imploro, aceite de bom grado a passagem e o ingresso que eu lhe entreguei, e venha me encontrar. Eu preciso te ver, te sentir por perto novamente.

Sempre seu, J.P.P.''

Eu reli aquilo mais umas cinco vezes, tentando entender.

— J.P.P.... James Patrick... Ah, não.

A.K.A. GroupieOnde histórias criam vida. Descubra agora