Projeto Haema Hippocampus [Tradução PT-BR]

Capítulo 60 - Jongdae

"A paranoia está florescendo

As transmissões das relações públicas prosseguirão

Eles tentarão empurrar drogas que nos mantêm estúpidos

E esperar que nós nunca veremos a verdade ao redor(...)

Eles não irão nos forçar

Eles irão parar de nos humilhar

Eles não irão nos controlar

Nós seremos vitoriosos".

Uprising, Muse.

Fonte: Google.

Digitar, navegar, perguntar, uma brecha!; digitar, backdoor: acessar, digitar, cavalo de troia; estudar a informação, números, letras, códigos matemáticos, baixar, copiar, copiar, copiar; sistemas operativos, máquinas, protocolos.

Minha bebida termina e acabo sugando ar pelo canudo. Não quero me levantar ainda, mas, estou com sede. Olho o relógio: são doze em ponto, mas não sei se é da noite ou da manhã, me é irrelevante. Calculo que posso resistir mais alguns minutos e acomodo meus enormes óculos antes de continuar.

Digitar, navegar, perguntar, sistemas operativos, máquinas, protocolos.

Minha língua gruda em minha boca e sinto-a seca. Cubro os meus rastros, deleto os meus caminhos, minhas provas. Ordeno aos meus dedos parar e ergo os meus braços, espreguiçando-me. Minhas costas e pescoço estalam com força. Me levanto e vejo na cadeira a marca do meu traseiro. Caminho até a cozinha e bebo de um só gole um copo inteiro de Coca-Cola; arroto e me sinto pronto para continuar.

Ding dong — soa o típico timbre, o que a maioria do tempo passa em mutismo.

Meu coração bate descompassado, e controlo o impulso de me esconder debaixo das mesas. Talvez seja só um erro, por isso espero como se eu tivesse congelado, mas a campainha se torna louca.

Ding-dong, ding-dong, ding-dong, ding-dong, ding-dong.

Me coloco atrás da porta e leva duas tentativas para que a minha voz saia alta e sem gagueijos.

— Password — peço.

— Dinossauro troooooll. — reconheço a senha na voz de D.O. e o alívio relaxa os meus músculos imediatamente.

Quando abro a porta, ele entra com a mesma confiança de sempre.

— Chen, Cheeeeen! Faz quanto tempo que não nos vemos?!