Ameaça, liberdade, ataque

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Encre fazia o máximo para se safar dos braços robustos de Fallacy que seguravam-o fortemente. Colocou a mão sobre o peitoral do vampiro que chupava seu sangue, empurrou-o com um pouco de força fazendo-o  parar de chupar seu sangue e se afastar um pouco.

— ...... Por que não pode se controlar pelo menos uma vez?! — Indagou com a mão sobre a área perfurada.

— Encre... Eu...

Encre saiu correndo do jardim e foi para o castelo.

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Em um aposento bem arrumado e organizado, Encre encontrava-se sentado em sua cama ainda com a mão sobre o pescoço lembrando-se do ocorrido no jardim. Seu olhar era sereno, expressão melancólica. De fato, os atos de Fallacy cansava-o. Suspirou pesado.

Batidas na porta foram ouvidas.

Entre... — Disse neutro.

A porta fora aberta por Calamimi.

— Olá, Encre. — Calamimi cumprimentou com um sorriso falso no rosto.

Boa noite, Calamimi. — Respondeu Neutro.

Calamimi se sentou ao lado de Encre.

— Encre, quero conversar com você. — Começou.

Encre fez um sinal para a empregada continuar.

— Três dias antes de sua chegada, Fallacy ingeriu uma grande quantidade de bebida alcoólica. Quando entrei em seu aposento para servi-lo em algo, sabe o que ele fez?

Encre negou meneando a cabeça negativamente.

— Ele fez isto... — Abaixou a alça do vestido mostrando duas marcas; pontos cujo pareciam cicatrizes.

E-ele fez isso à você?! — Indagou surpreso.

— Sim! — Afirmou. — Mas não se preocupe, ele não me feriu gravemente. — Explicou. — Pelo contrário, foi a melhor noite da minha vida!

Encre surpreendeu-se.

— Por isso, Encre. — Ajeitou a alça em seu ombro. — Não gosto que se aproxime dele, pois naquela noite, eu vi o quanto me queria.

Mas Calamimi, ele estava bêbado, não tinha a mínima ideia do que fazia. — Retorquiu Encre.

— Calado! Fallacy é meu e... — Pegou o colarinho de Encre e aproximou-o de seu rosto. — Se você tirá-lo de mim, ah, meu amigo, prepare-se para conhecer o pesadelo em vida! — Soltou o colarinho de Encre. Levantou-se  da cama e saiu do cômodo.

Encre fitou a porta por alguns segundos em choque. Logo, deu um suspiro pesado.

— Por que?...

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— ENCRE! — Chamou Fallacy gritando da sala-de-estar. — VENHA AQUI AGORA!

Encre correu para a sala-de-estar.
Ao chegar no local onde o vampiro se encontrava, deparou-se que o mesmo encarava-o com seriedade.

— Encre, vá! — Fallacy ordenou sério.

— O-o quê?

— Você só está sendo maltratado aqui. — Explicou Fallacy. — Portanto vá! Vá embora e não volte mais!

— M-mas--. — Fôra interrompido por Fallacy.

VÁ!

Encre, por estar assustado, saiu correndo para os portões do castelo. Fallacy escondia seu sentimento de tristeza por ter libertado Encre. Saiu do local com passos lentos indo direto à sala-do-trono.

Calamimi via aquilo com escárnio.

— Milord. — Chamou Suave.

— O quê quer? — Indagou com raiva na voz.

— Escolheu libertá-lo na noite errada, monsieur. — Balbuciou Suave.

— Por quê?

— Hoje é lua-cheia. — Explicou. — E sabe o que “Lua-cheia” quer dizer.

Fallacy arregalou as órbitas ao perceber a burrada que fizera.

Um estrondoso trovão fôra ouço e uma forte chuva iniciou.

Fallacy não ligou pelo fato da chuva está forte. Virou um morcego e saiu às pressas à procura de Encre.

Encre corria desesperadamente pela floresta sobre a forte chuva, não sabia para onde ia. Estava com medo, frio e bem assustado.

Não vendo o galho à sua frente, tropeçou e feriu; torceu seu tornozelo. Berrou pela forte dor que sentiu.

Logo, uma matilha de lobos se aproximou. Indefeso, Encre para eles, era uma presa fácil.

Sem condições de se levantar e correr, Encre apenas pode fechar suas órbitas e aceitar seu pior e doloroso destino.

Mas no momento de tensão e medo, um som foi ouço e Encre abriu suas órbitas.


















HISSSSS!





Luz do luar - Vampire!VerseWhere stories live. Discover now