Enquanto a luz do luar brilhava fortemente, Fallacy observava uma pequena cachoeira, que dava início à um pequeno rio do jardim do castelo, embelezando o local. O som da água correndo, a sinfonia emitida pelos grilos, os cantos das corujas, estava uma noite agradável.
Fallacy fôra agarrado por trás fazendo o mesmo se assustar e se virar rapidamente para trás.
— Bu! — Disse Encre fazendo uma feição um tanto fofa. — Te peguei!
— Encre?! NÃO FAÇA ISSO DE NOVO!!! — Ordenou Fallacy se recuperando do susto. Encre riu.
— Pardon, mas non resisti. — Respondeu Encre ainda aos risos. Fallacy podia parecer bravo pelo susto, por fora, mas por dentro, perdia-se entre a bela risada de Encre que parecia mais os risos de um anjo.
— Depois não reclame quando eu te pegar desprevenido e sugar todo o seu sangue delicioso. — Retorquiu Fallacy sorrindo e mostrando as presas. Encre parou de rir, e desta vez, foi Fallacy quem caiu na gargalhada. — Estou brincando, Encre, sabes que não faço mais isso com você.
— Babaca... — Encre desviou o olhar.
— Não me obrigue... — Fallacy ergueu as mãos e fez uma pose de ataque. Encre ficou confuso, isso fez Fallacy alargar seu sorriso. Enfim, começou a fazer cócegas em Encre que novamente deu uma gargalhada gostosa.
— HAHAHAHAHA F-FALLACY!! HAHAHA!!! — Disse Encre entre os risos.
Enquanto o pintor se contorcia pelas cócegas que Fallacy lhe causava, acabou escorregando e caindo em cima de Fallacy que também caiu ao desequilibrar-se. Ambos caíram em cima de um gramado raso com pequenas flores das cores: amarelo, rosa e branco. Porém, Encre ficou deitado sobre o peitoral do vampiro. Ambos se encaram, olharam no fundo das órbitas de um do outro, suas fisionomias bem próximas a ponto de sentir a respiração de um do outro colidir em suas faces. Ambos fecharam as órbitas levemente e selaram seus lábios ósseos formando beijo. Fallacy, com ambas as mãos, segurou com fragilidade o rosto de Encre para aprofundar aquele beijo, que para ambos, era o melhor beijo do mundo. O vampiro passou a língua nos dentes de Encre pedindo passagem que imediatamente foi cedido. A língua de ambos brigavam formando uma dança viciante, mas, Encre perdeu e Fallacy começou explorar a boca do menor. Somente se separaram quando o ar faltou em seus pulmões (completamente inexistentes-q), mesmo com o beijo já terminado, um fio de saliva ainda conectava-os enquanto ambos recuperaram o fôlego, mas logo, o fio se rompeu e finalmente recuperaram o ar que precisavam. Em uma fração de segundos, ambos começaram a rir como loucos da situação, como se aquela fosse a melhor coisa que já fizeram em suas vidas.
Assim que pararam de rir, Encre se jogou ao lado de Fallacy e ambos se entre olharam novamente, mas, com olhares apaixonados.
Sorriram um para o outro e, em seguida, começaram a olhar as estrelas e as constelações.
É meus amigos, o amor vem quando menos esperamos. O amor é fogo que arde sem se ver.
Não muito longe dali, atrás de uma moita, Calamimi olhava-os com o coração partido, parecia que seu mundo havia desmoronado por completo.
Domada pelo ódio, Calamimi começou chorar, mas não um choro de tristeza, um choro de raiva; ódio. Agora, Calamimi literalmente estava determinada a transformar a vida de Encre num verdadeiro inferno.
Colocou sua mão - fechada em punho - em seu peito, na região do coração, e saiu correndo do local.
ווו×
Dentro do castelo, Charlos estava deitado no sofá enquanto via uma certa empregada limpar a sala onde estava. Essa empregada, era ninguém menos que Fibi.
Charlos levantou-se do sofá e caminhou com passos lentos até Fibi que limpava uma prateleira de livros com um espanador. Charlos pegou a vassoura que estava na outra mão da novata que se assustou.
— Oh! Monsieur Charlos?! O senhor me assustou. — Disse Fibi olhando Charlos que a olhava com indiferença.
— Permita-me ajudá-la, senhorita. — Balbuciou Charlos segurando a vassoura com ambas as mãos.
— Non, Monsieur Charlos, agradeço, mas pode deixar que eu mesma limpe. — Respondeu Fibi.
— Por favor, senhorita, eu imploro. — Charlos insistiu.
— Bom, já que insiste, aceito sua ajuda. — Aceitou dando um sorriso gentil que foi retribuído por Charlos, o mesmo começou varrer o chão do cômodo.
Charlos sentia-se diferente, era como se acabasse amolecendo quando ficava perto da empregada. Ficava com as pernas bambas, suava um pouco, e na maioria das vezes, acabava gaguejando e arrancando doces risos de Fibi.
Suave já havia notado esse comportamento. Olhava-os da entrada do cômodo, mas logo saiu para checar se estava tudo em ordem no castelo.
— Ah Charlos, você não me engana, eu sei que está apaixonado. — Murmurou caminhando pelo corredor de entrada. Parou ao ouvir a enorme porta ser batida algumas vezes. — Hum? Quem será à essa hora? — Indagou baixo indo em direção à porta. Abriu-a e se surpreendeu.
ווו×
Fallacy e Encre ainda permaneciam deitados no raso gramado e fitando o céu. Comentavam sobre as estrelas e as constelações que encontravam.
— Veja! A constelação de Órion. — Balbuciou Fallacy apontando para a constelação. — Sempre admirei essa constelação, é incrível.
— É mesmo. — Afirmou Encre. — Oh! Uma estrela cadente! Rápido, faça um pedido.
Ambos fecharam suas órbitas e fizeram um desejo. Poucos segundos depois, abriram as órbitas novamente e encararam um ao outro.
— O que você pediu? — Indagou Fallacy.
— Que a gente sempre continue juntos. — Sorriu.
— Heh, esse é o meu desejo também. — Respondeu Fallacy.
Ambos ficaram calados por um tempo, mas o clima fôra cortado por Suave que acabara de chegar ao local.
— Milord. — Chamou Suave.
— Sim? — Olhou Suave.
— Há alguém que... Deseja falar com o senhor. — Explicou o mordomo. Fallacy e Encre se levantaram.
— Pode vir junto, Encre, não tem problema. — Disse Fallacy. — Leve-nos até lá. — Ordenou. Logo, Suave pediu para segui-lo, e assim fizeram.
Assim que chegaram na sala-de-estar, Fallacy surpreendeu-se com o ser à sua frente, era alguém que não via há um bom tempo. O alheio se virou e fitou Fallacy. Ambos se encararam.
— Macabre... — Disse Fallacy com indiferença na voz.
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Luz do luar - Vampire!Verse
FanfictionEncre, um jovem pintor cujo desde pequeno foi criado numa igreja. Mas quando completou 19 anos, teve que ir viver num castelo. O que Encre não sabia, era que essa mudança iria mudar muita coisa em sua vida. (Fic inspirada no anime: Diabolik Lovers E...