Capítulo Dezenove ♡

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Maratona 1/2

Tainá

Acordei no dia seguinte com a Luana fechando a porta, me levantei com a cara amaçada, estava me sentindo bem, porque já fazia uns cinco dias que não tenho um sono muito agradável, as vezes não consigo dormir e quando pego no sono os pesadelos voltam me deixando assustada e sem sono novamente.

T A I N Á

Onde você foi?

L U A N A

Na padaria. -disse meio atrapalhada.

T A I N Á

Saiu ontem para comprar pão e voltou só hoje foi? -disse rindo de uma mentira mal contada dessa.

L U A N A

— É que a fila estava grande né. -disse meio sem jeito em quanto fazia um coque no cabelo.

T A I N Á

Tá, cadê o pão então? Sabe nem mentir!

Ela começou a rir, nem precisava me falar com quem estava, eu já sabia mesmo.

T A I N Á

Lua vou tomar um banho no seu banheiro e vou vazar!

L U A N A

Beleza.

Fui em direção ao banheiro, tomei um banho, me despedi da Lua, desci para o estacionamentos, coloquei a Vitória na cadeirinha e fui em direção a minha casa, meu neném pegou no sono bem rapidinho. Peguei ela no colo que dormia como um anjinho, e chamei o elevador, quando sai no meu andar dou de cara com um judicial, meu corpo paralisa e começa aquela maldita tremedeira invadir meu corpo, me sinto fraca, nervosa e indefesa, preciso o mais rápido possível achar um jeito de tirar o Marcelo da minha cola.

T A I N Á

Pois não? -disse tentado não mostrar a fraqueza que me consumia naquele exato momento.

X
Tainá Bittencourt?

T A I N Á

Eu mesma.

M I K E  (advogado)

— Sou o Mike, estou responsável pelo processo que o senhor Marcelo abriu pedindo o direito de paternidade.

FDP, não creio nisso. -meu subconsciente.

T A I N Á

Vou entrar em contato com a minha advogada.

M I K E

Assina aqui por favor. -disse me passando uma prancheta.

Li e assinei prestando bastante atenção nas cláusulas.

M I K E

Senhorita Bittencourt daqui uma semana iremos a julgamento no tribunal.

T A I N Á

Se for para acabar com essa palhaçada eu vou estar lá!

Entrei para dentro do apartamento, levei a Vitória para seu quartinho, fui para o banheiro e me joguei no chão, me desabei em lágrimas, cada lágrima que caia era uma pontada no coração, já fazia muitos anos que não me sentia assim, estava me sentindo ameaçada, medo para falar a verdade, medo de perder minha filha que é o meu bem mais precioso.

Isso me deixa muito frustrada, eu tive uma gravidez muito difícil, ele não sabe o que eu passei e fica tentando bancar uma de "bom pai presente", minha gravidez foi bastante problemática, sem contar os comentários desnecessários de parentes que tive que aturar. Tive índices de depressão durante a gravidez, por falta de ânimo de viver, me faltava forças e tive até começo de anemia, meu parto foi meio complicado, e nem se fala na minha depressão pós parto, eu andava acabada, não ligava mais para nada, fui chacota entre alguns "parentes", ninguém achava que eu iria voltar a ser a mesma, e olha eu aqui, agora eu não entendo como uma pessoa só, tem o dom de acabar com sua vida em questão de instantes.

Estava completamente cega de ódio e tristeza, já estava tramando algumas coisa para acabar com isso, eu estava certa de que isso não ficaria assim, eu não iria dividir minha filha, eu sou a mãe dela, ela não precisa de mais ninguém além de mim, se dependesse de mim já teria vendido minha alma pro diabo para me vingar de tudo e pra ele não fica com a minha filha, acho que nunca senti um sentimento tão forte assim, dizem que o ódio vira amor, nem sempre é assim, mas uma coisa que eu tenho certeza que o amor vira ódio, naquele exato momento era um ódio completamento intenso e sombrio.

Marcelo

Essa história estava me deixando nervoso, lá no fundo eu tinha muito medo de dar negativo. Estava no consultório do Sérgio, não vou negar que estava muito nervoso, andava de um lado para o outro na espera dele chegar.

M I K E

Esperou muito?

M A R C E L O

Até demais. -não sei mentir.

M I K E

Você e sua sinceridade.

M A R C E L O

Mas e ai como foi?

M I K E

Acho que não tenho muitas notícias boas para te dá!

M A R C E L O

Mas você falou que ela era obrigada a deixar fazer o teste.

M I K E

Ela é!

M A R C E L O

Não entendi então.

M I K E

Ela parecia tão despreocupada que parecia ter certeza que ia dar negativo. E também ainda temos que ir ao tribunal, e esperar que o juiz dê a ordem pra ela fazer o exame!

Olhei para ele engolindo a seco, sinceramente até eu tinha esse medo, não sei porque, mas queria muito ser o pai da Vitória.
Fui para casa à noite, chegando lá resolvi o que tinha para fazer e cai na cama, novamente perdidos em pensamentos que só sabiam me atormentar, a anos meu psicológico está afetado, isso é um tormento, são sofrimentos em forma de lembranças, cada lembrança é uma lágrima que desce, por mais que eu não demonstre eu tenho sentimentos, nem todos que não demonstram não é porque não amam, mas sim porque já foram feridos demais e tem medo de se entregar...

 Fui para casa à noite, chegando lá resolvi o que tinha para fazer e cai na cama, novamente perdidos em pensamentos que só sabiam me atormentar, a anos meu psicológico está afetado, isso é um tormento, são sofrimentos em forma de lembranças, cada ...

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Mike Garcia- 26 anos

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