Maratona 2/3
Tainá
Ele me levou em um lugar que não me parecia estranho, e logo lembrei que era a praça onde marcava-mós de nos encontrar, não entendi onde ele queria chegar.
M A R C E L O
— Será que tem como você falar comigo pô, eu tô tentando ser paciente contigo. -ele disse meio sem paciência.
Sai do carro e fechei a porta sem nenhuma delicadeza, e logo ele desceu também é me segurou pelo braço.
T A I N Á
— O que você quer comigo? -disse já meia irritada.
M A R C E L O
— Olha eu só quero conversar como eu já disse, depois eu te deixo em paz, me dá esse voto de confiança.
Eu realmente não tinha mais confiança nele, mas se fosse para ele me deixar em paz eu já tava aceitando. Acompanhei ele e me sentei em uma sorveteria que ficava no centro da praça.
M A R C E L O
— Quer sorvete?
T A I N Á
— Não! -para mim recusar comida eu teria que estar doente mesmo.
M A R C E L O
— Olha eu sei que você não quer nem olhar na minha cara mas... -interrompi ele.
T A I N Á
— Que bom que você já sabe. -disse já no meu tom de deboche.
M A R C E L O
— Será que dá para me deixar falar?
T A I N Á
— Quem tá segurando a sua boca? Fala ai.
M A R C E L O
— Não dá conversar contigo pô, tu fica cheia de deboche e piadinhas, não precisa ficar jogando na cara, eu sei muito bem o que eu fiz!
T A I N Á
— Então por que você quer conversar comigo se você sabe que eu sou assim?
M A R C E L O
— Eu só quero esclarecer as coisas. -disse passando as mãos no cabelo, dava para perceber que ele tava meio nervoso e ainda por cima um pouco bêbado.
T A I N Á
— Eu não quero esclarecer as coisas, na época que eu queria você não quis, e agora não me importo mais Marcelo, você não me deve mais satisfação e vice versa.
M A R C E L O
— Eu sinto muito Tainá, eu sei que nunca vou encontrar uma mulher como você! -ele aparentava estar muito nervoso.
T A I N Á
— Que bom tu sabe Marcelo, mas fica tranquilo existe doida para tudo até para casar com você, mas falando nisso cadê o amor da sua vida a Vadíola? Tu não amava ela, por que não estão juntos e felizes? -disse adorando a desgraça alheia dele.
M A R C E L O
— Não faz assim Tainá, tu fica dando ideia para esses meus amigos, e eles não prestam. -disse ele de cabeça baixa.
T A I N Á
— Tá mudado de assunto por que? E outra você deixou de opinar na minha vida quando você decidiu sair dela, então não venha me dá lição de moral de como agir ou me comportar, você perdeu o moral comigo a muitos anos, me poupe Marcelo, segue a tua vida que eu sigo a minha ok!
M A R C E L O
— Por que você é tão teimosa, será que tem como a gente conversar civilizadamente?
T A I N Á
— Não Marcelo, não tem como. -disse me levantando do banco.
M A R C E L O
— Você tá se comportando como uma criança, senta aí para gente conversar! -ele segurou meu braço firme.
T A I N Á
— E você se comporta como um moleque, amadurecer é bom babaca.
Me soltei dele e entrei em um táxi que estava próximo, durante o trajeto da praça até na minha casa fiquei olhando pela janela e tentando pensar por que o meu passado insiste em me perseguir, eu só quero paz com a minha filha, é pedir muito meu Deus. Cheguei em casa e depois enviei uma mensagem de texto para a Luana falando que eu estava bem, e outra para minha mãe falando que amanhã cedo eu ia buscar a Vitória, eu precisa ficar sozinha, ter um tempo para mim.
Luana
Quando recebi a mensagem de texto da Tainá fiquei até mais aliviada. Sobre a minha noite? Estava sendo ótima, o Carlos era uma boa companhia e sem contar que era muito engraçado e descontraído, lá no fundo eu sabia que tava rolando um clima por mais que não quisesse admitir.
C A R L O S
— Luana tudo bem se eu passar na minha casa primeiro e depois a gente vai no shopping ?
L U A N A
— Sem problemas. -disse entrando no carro.
Fomos no meu carro porque o Carlos morava ali perto e tinha vindo a pé. Entrei no seu apartamento que para minha surpresa estava muito organizado.
C A R L O S
— Lua posso te perguntar uma coisa?
L U A N A
— Pergunta.
C A R L O S
— Tu é lésbica? Porque eu sempre jogo ideia para você mas parece que você não curti muito.
Senti minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha.
L U A N A
— Nem tudo que parece é! Você as vezes parece gay e eu não jogo na tua cara.
C A R L O S
— A me poupe Luana.
L U A N A
— Você é o primeiro homem que quando eu falo isso não fica falando "vou te mostrar quem é gay". -disse fazendo careta.
C A R L O S
— Por que talvez isso não atinja minha masculinidade, eu não preciso mostrar nada para ninguém, muito menos para provar para os outros que eu sou homem! -disse rindo.
L U A N A
— Agora tu provou que é homem de verdade!
C A R L O S
— Mas você não me provou que é uma mulher de verdade!
L U A N A
— Meu jeito de provar é diferente.
Ele sorriu em resposta ao meu comentário e virou de costas para pegar a carteira em cima da mesa. Fui em direção ao mesmo que ainda estava de costas dei alguns beijos em seu pescoço, ele se virou para mim e me puxou para um beijo, colocando uma das suas mãos no final na minha cintura e a outra no meio dos meus cabelos, enquanto as minhas estava no seu rosto e outra acariciando sua nuca, o seu beijo era explorativo e intenso, não conhecíamos a boca do outro então era uma descoberta muito gostosa.
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Uma Rota Para Felicidade
RomanceNem tudo é um mar de rosas, ainda mais quando você é largada no altar esperando um filho. Tainá foi criada em uma família de prestígio, seu pai apresentou o filho de seu amigo na intenção de haver um casamento e as famílias se unirem e juntarem os p...