Tainá
Passei tentando fingir que não vi sua presença, mas foi tudo em vão pois ela não quis me evitar.
F A B Í O L A
— Então é você que está com o Marcelo? -disse se colocando na minha frente.
T A I N Á
— É. -disse meio sem paciência.
F A B Í O L A
— Aproveita mesmo Tainá, aproveita que isso não vai durar muito tempo!
T A I N Á
— Posso saber o por que? -disse em um tom provocativo.
F A B Í O L A
— Nos só estamos dando um tempo! -disse revirando os olhos.
T A I N Á
— É mesmo mulher? -disse rindo.
F A B Í O L A
— Ri mesmo Tainá, no final você vai sempre ficar sozinha, igual da outra vez. -disse provocando
T A I N Á
— Se eu fosse você não teria tanta certeza!
F A B Í O L A
— Está insinuando o que?
T A I N Á
— Não estou insinuando, estou afirmando! -disse soltando um sorriso forçado.
— Quer tanto assim o Marcelo? Antes de me esbarrar com você por aqui não me importaria de não ficar com ele, mas agora só por pirraça não vou te dar esse gostinho.F A B Í O L A
— Você está só se iludindo... -a interrompi.
T A I N Á
— Nos poupe Fabíola, você sempre será só mais um erro da vida do Marcelo, só mais uma piranha. -disse aproveitando bem a situação.
— Já eu sou ex noiva, mãe da filha dele, sou a pessoa que ele pensa durante a boa parte do dia.F A B Í O L A
— Olha aqui. -A interrompi novamente.
T A I N Á
— Olha aqui você, tu gosta de falar né? Agora vai escutar. -disse me lembrando do que ela me falou na porta da igreja.
— Saiba que o Marcelo não gosta de você querida, acho que nunca gostou, vida que segue né querida.F A B Í O L A
— Ele vai voltar para mim!
T A I N Á
— Boa sorte então. -disse só no deboche.
Ela deu meia volta e foi embora tentando manter a sua "dignidade" que por sinal nem sabemos se ainda existe. Peguei minha bolça e tirei de lá dinheiro para comprar alguma coisa para comer, fui em direção a uma das máquinas e peguei uma barra de cereais, e entrei no elevador ainda comendo, o elevador se abriu e joguei a embalagem na primeira lixeira que vi, abri a porta do quarto me deparando com o Marcelo mexendo no celular, aquilo me causou um susto, pois esperava que ele tivesse dormindo e não acordado as duas da manhã.
T A I N Á
— Aí que susto! -disse fechando a porta.
M A R C E L O
— Achei que tivesse ido embora. -disse se acomodando bem lentamente na cama.
— Até a bolsa você tinha levado.T A I N Á
— Fui comprar algo para comer. -disse colocando a bolsa em cima do criado mudo.
— Falei que não ia embora, sou uma mulher de palavra!M A R C E L O
— Tainá senta aqui perto de mim. -disse dando um pequeno espaço na cama.
Me sentei um pouco desconfiada, não fazia a menor ideia do que podia ser.
M A R C E L O
— Tem algo que eu quero te entregar desde sempre. -disse colocando a mão no bolso e tirando de lá uma aliança.
— Você se lembra?T A I N Á
— Achei que tivesse dado esse anel á Fabíola. -disse me lembrando do par de aliança que iríamos usar depois de casados.
M A R C E L O
— Ela não era digna, ainda mais desse anel que foi passado de geração em geração em minha família! -disse pegando na minha mão.
— Mas você sim é digna dele! -disse com um sorriso de lado enquanto coloca o anel no meu dedo.T A I N Á
— Problema é seu que não soube aproveitar o que tinha!
M A R C E L O
— Eu aproveitei bastante, e garanto que você adorou. -disse com um sorriso com malícia.
— Uma relembrada nos velhos tempos não seria uma mal ideia.Corei na hora me levantando da cama em um movimento rápido, olhando meio sem acreditar no que havia escutado.
T A I N Á
— Acho melhor você ficar nessa cama mesmo. -disse indignada entrando no banheiro.
M A R C E L O
— Eu acho melhor a tua cama, bem mais divertida. -disse soltando uma risada.
Luana
Peguei a toalha que caiu e coloquei nas suas mãos.
L U A N A
— Veste logo essa merda antes que alguém veja.
C A R L O S
— Se você não conversar comigo eu não vou vesti nada! -disse em tom desafiador.
— Saiu como eu vim ao mundo na rua.L U A N A
— Você não é louco!
C A R L O S
— Louco por você.
Apertei o botão do elevador em quanto o Carlos colocava a toalha, o elevador se abriu dando de cara com uma mulher que eu nem sabia quem era.
D E S C O N H E C I D A
— Nossa quem me dera acordar todo dia com essa visão. -disse encarando o Carlos de cima a baixo.
L U A N A
— Acho melhor você ir cuidar desses seus silicones, que tá fedendo a plástico, acho que passaram do tempo!
Puxei o Carlos até o seu apartamento, fechei a porta e passe a chave, me virei para o mesmo que me olhava fixamente.
L U A N A
— Pode começar a se explicar. -disse sem desviar o olhar.
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Uma Rota Para Felicidade
DragosteNem tudo é um mar de rosas, ainda mais quando você é largada no altar esperando um filho. Tainá foi criada em uma família de prestígio, seu pai apresentou o filho de seu amigo na intenção de haver um casamento e as famílias se unirem e juntarem os p...