Capítulo IV

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Sábado, 19 de fevereiro.

POV Emma

Simplismente acordei destroçada, cabeça explodindo de dor e uma dor no peito crescendo cada vez que me lembrava do que aconteceu. Pelo menos esqueci disso por um tempo e dormi a noite toda, coisa que daqui pra frente vai ser bem complicado sem me embebedar pra dormir.

Me levanto ainda sentindo um pouco do efeito da bebida sobre mim, vou para o banheiro tomar um banho e tirar esse cheiro de álcool e melhorar a ressaca. Água gelada. Fico um tempo bom debaixo da ducha gelada e saio enrolada em uma toalha qualquer. Visto uma box e um top branco, calça preta, uma camiseta branca por baixo e por cima meu casaco preto com um cachecol cinza e sapatos. Meus cabelos soltos e uma maquiagem pra disfarçar a cara de múmia que eu estou.

Desço, pego algumas pastas de documentos do meu pai, vou para garagem e saio com o carro. Não estou com cabeça para tomar café e ainda tenho que resolver todos os papéis da morte do meu pai, assinar algumas coisas e por fim ir no advogado ler o testamento. Um dia inteiro provavelmente rodando de um lado para o outro, sem paz e sossego.

Ainda tento encaixar as coisas. Porque alguém ia querer matar meu pai? Vingança? Mas de que? Que eu saiba ele não tem inimigos e também nunca se meteu com gente perigosa ou coisa do tipo. Mas eu sei de uma coisa, farei de tudo para descobrir quem fez isso! Pode ter certeza que irei onde for para encontrar esse desgraçado!

Fico pra lá e pra cá resolvendo a papelada do atestado de óbito do meu pai e já se passou a manhã inteira e um pouco da tarde. Agora tenho que ir à empresa e encontrar o advogado da família. Vou dirigindo pela grande cidade e olhando tudo novamente, gosto de fazer isso. Observar, se tornou nos últimos anos, algo tranquilizante pra mim, e a partir daí mudei muito minha personalidade.

Chego à empresa e a mesma está em luto, então não tem o grande movimento. Estaciono o carro no subsolo do grande prédio da CHNolan e saio do mesmo para entrar na imensa estrutura de concreto. Me surpreendo ao chegar e encontrar os funcionários ali, alguns deles no caso. Eles olham pra mim, eu sorrio fraco e eles entendendo meu recado sorrindo também. Posso dizer que a empresa possui os melhores funcionários do mercado, e eles são excepcionais.

Pego o elevador e vou até o último andar, onde era a sala de meu pai e onde marquei de encontrar com o advogado. A porta se abre revelando o corredor largo e, logo a frente, no final, uma grande porta de madeira branca. Abro e entro na sala, olho ao redor e vejo os porta retratos e as coisas dele, como sempre, ele era um paizão.

Saio da sala e vou até a de reuniões, que fica no mesmo andar, mas no corredor, em uma das portas que havia ali. Entro na sala e já encontro o homem ali sentado na grande mesa oval me esperando.

- Bom tarde, Sra. Nolan! - Ele diz e me comprimenta com um aperto de mãos se sentando novamente. Eu faço o mesmo me sentado na ponta da mesa e ele ao meu lado.

- Péssima tarde, Sr. Hansen! Mas o adianta chorar agora, não é? - Digo sorrindo fraco.

- Seu pai certamente não ia gostar de saber que a menina dele estaria chorando. - O olho e vejo que seu semblante é preocupado. - E você sabe disso menina.

- Sim, eu sei. Estou tentando, mas não é fácil lidar novamente com isso. - Abaixo a guarda, me deixo relaxar os ombros e tiro o cachecol esfregando os olhos com a ponta dos dedos. Mania que eu tenho quando estou com raiva, cansada ou nervosa.

Diretora Mills - Não Me Deixe (SwanQueen)Onde histórias criam vida. Descubra agora