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XXX - 12

[P.O.V JUNGKOOK]

Eu matei Park Jimin.

Só conseguia pensar nisso, eu matei Park Jimin, eu finalmente acordei, dentro de uma ambulância mas acordei.

- H-Hyuna? - eu chamei devagar, quase não consegui pronunciar seu nome.

Sem resposta.

- HYUNA - eu gritei o mais alto que podia e pude ver que o pequeno aparelho que media os batimentos do meu coração começou a ficar descontrolado.

Não havia ninguém ali comigo?

Eu realmente tinha matado Park Jimin?

- HYUNA - em um último grito de dor e desespero, eu chamei pelo seu nome, eu precisava dela mas não obtive resposta, havia algo no meu pescoço, que não me deixava olhar para os lados, só para o teto da ambulância que finalmente começou a andar.

Desmaiei, eu tentei lutar mas estava sem forças, era inútil tentar me desprender das algemas, eu sentia o sangue deixar meu corpo.

[...]

- Vamos deixá-lo em observação - o Dr.Taehyung estava falando com alguém que não pude enxergar por conta da fraca luz que entrava pela janela, estava tudo escuro.

- Veja, ele acordou - era o Jay, ele com certeza iria me matar.

- Ele não deveria estar acordado, demos remédios para derrubar no mínimo três bois - uma enfermeira acendeu a luz do quarto e eu quase fiquei cego.

- J-Jay - eu o chamei com todas as forças que eu tinha.

- Oi, oi, eu tô aqui agora Jungkook - ele estava sendo compreensivo demais, eu tinha matado um ômega, eu tinha matado Jimin, porque ele estava tão calmo?

- J-Jimin - eu não estava em condições nem pra me manter acordado - morreu?

Ele olhou para Taehyung que saiu do quarto logo em seguida, a enfermeira fez o mesmo, havia um policial na porta do meu quarto e eu ainda continuava algemado, eu iria ser preso por matar Park Jimin.

- Não, você machucou ele, bastante, ele está em casa agora, com a mãe dele.

- M-mas?

- Mas nada Jungkook, ele está vivo, descanse agora, cuide de você.

Ele pós a mão em minha cabeça e fez um carinho rápido lá, eu estava tão mal assim?

- Eu não fiz por querer - falei chorando e desmaiei.

[...]

- Jungkook? - O doutor me acordava.

- Oi - com muita dificuldade eu me levantei para falar com ele, me sentei na cama, ainda com as costas encostadas na cabeceira porém sentado.

- Você já está aqui a uma semana.

- Não mesmo Doutor.

- Eu sei que pode parecer confuso, você estava a base de analgésicos e muitos dele te fizeram dormir por horas e horas.

- Quando eu vou poder sair?

- Então... eu não posso te dar alta antes de você passar por um psicólogo.

- Mas... porque?

- Você machucou uma pessoa, muito gravemente.

- O Jimin está bem?

- Ele quer muito te ver, ele veio aqui todas as noites, ver como você estava e trazer flores.

Olhei ao redor do quarto, não havia flor nenhuma, era só um quarto cinza, não havia lugar para acompanhantes, só tinha minha cama, os aparelhos para me manter vivo, um tapete e uma cômoda de madeira, por incrível que pareça me senti muito em casa com tanta simplicidade.