Capítulo 23 - L.C

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Me despeço de Giulia e a vejo ir se posicionar, o feminino já ia começar e a primeira amazona acaba de entrar e começar sua apresentação ela é de SP, ela termina e a segunda amazona é chamada, assim como a primeira ela também é muito boa, mas Lia como sempre está super confiante ela me olha e sorri, após minutos ela é chamada.

Giulia se posiciona e recebe o sinal, ela começa a executar seus movimentos pré-determinados que é o mesmo para todo circuito feminino, Lia executa com perfeição cada movimento e cada andadura, ela e Trovão tem uma conexão que surpreende qualquer um. Assim que ela termina agradece e se retira elegantemente com Trovão, vou para a baia aguardá-la

-- Nossa, você já está aqui?! - ela diz assim que entra e me vê

-- Eu te avisei que viria e também não fiquei junto à nossos pais - digo e ela sorri

-- Entendo - Ela diz enquanto retira os arreios de Trovão

-- Vamos - digo entrelaçando nosso braços

Andamos até nossos pais, assim que chegamos os pais dela a abraçam

-- Giulia você foi magnifica - meu pai diz e a abraça

-- Parabéns menina, você foi ótima! - minha mãe a cumprimenta

-- Obrigada gente, mas não foi uma apresentação perfeita - ela diz sorrindo

-- Você como sempre perfeccionista - digo e ela solta uma risada gostosa, tão gostosa que todos começamos a rir também

-- Vamos ver as apresentações - Carlos diz e nos sentamos

[...]

A ultima amazona estava se apresentando, Giulia estava confiante, ela e o pai tinham certeza de que ela tiraria boa nota apesar dos minúsculos erros e eu? Claro que eu tenho certeza da boa nota dela. A ultima amazona se retira e anunciam que dentro de uns minutos anunciaram o resultado.

-- Vai dar tudo certo! - digo e seguro na mão dela

-- Vai sim - ela responde e entrelaça nossos braços e em seguida encosta a cabeça em meu ombro

Logo vemos no telão a tabela com as notas da prova do dia, o nome de Giulia está em primeiro e a sua nota foi 96,93. Rapidamente a puxo para um abraço e ela retribui, logo nossos pais vem nos abraçar.

Saímos do Centro Hípico e entramos no carro que meu pai alugou daqueles de sete lugares, fomos para o hotel  e ainda na recepção meu pai diz

-- Se arrumem, nós vamos jantar fora! 

-- Não demorem - diz dona Laura para nós

Percebo que só eu e Giulia não sabíamos do jantar, mas vai ser minha oportunidade, ela e eu pegamos o elevador 1 e fomos para o nosso andar nos despedimos e cada um vai para o seu quarto.

Entro e vou logo para o banheiro, faço minhas higienes, tomo banho e assim que acabo vou escolher uma roupa e em meio a roupa pego uma caixinha azul de veludo a abro e nela contém o par de alianças que comprei antes de virmos para cá, são alianças de compromisso elas são prata com detalhes em ouro, a feminina tem um coração e batimentos cardíacos, já a masculina tem apenas os batimentos. Meu pai é o único que sabe delas , coloco a caixinha sobre a cama e começo a me vestir, pego uma calça jeans escura, uma camisa gola polo preta e um sapatenis e em seguida coloco a caixinha em um bolso e o celular em outro.

Sigo para o quarto de Giulia e dou três batidas na porta e logo ela a abre, vislumbro Giulia e ela está lindíssima, está usando um vestido preto com renda ele é justo até sua cintura e tem uma abertura em seu colo o valorizando, logo vejo pendurado em seu pescoço a âncora e o leme, seu vestido vai até o meio de suas coxas e da cintura para baixo ele é rodado.

-- Você está linda! - digo e sinto um sorriso involuntário se formar em meus lábios

-- Obrigada, mas entra porque ainda não terminei - ela diz e eu entro fechando a porta - Só vou passar batom e rímel

Ela vai em direção ao espelho e eu me aproximo por trás, assim que ela olha para o espelho ela me vê, porém não se afasta, coloco seu cabelo para o lado e deposito um beijo em seu pescoço ao mesmo tempo olho para o espelho para vislumbra-la de olhos fechados, sigo para sua orelha e deposito um beijo em seu lóbulo, viro-a lentamente e ela vai abrindo os olhos e me olha logo a beijo e ela retribui, foi um beijo calmo, porém com com certa malicia, paramos assim que sentimos o ar nos faltar.

Dou um beijo em sua testa e me afasto deixando ela terminar de se arrumar, ela passa um batom cor de vinho e seu rímel, antes eu já tinha vontade de beijá-la, agora em então nem se fale, porque mulher usa batom tão chamativo? Dá vontade de beijar ela toda hora.

-- Vamos? - ela diz me liberando dos meus pensamentos

-- Vamos - digo e vou até a porta  e a abro

Assim que ela passa eu fecho a porta e lhe entrego a chave, cruzo nossos braços e seguimos para o elevador, assim que descemos vejo que nossos pais já nos aguardavam. Já que estávamos todos reunidos fomos ao estacionamento e adentramos no carro e logo saímos em direção ao restaurante, minha mãe e a de Giulia escolhem a mesa e nos acomodamos, cada um faz seu pedido e assim que chega comemos em silencio, meu pai está em uma ponta e minha mãe à sua esquerda e eu a sua direita, o senhor Carlos está na outra ponta, dona Laura a sua direita e a sua esquerda e ao meu lado está Giulia.

-- Estão ansiosos para amanhã? - meu pai quebra o silencio

-- Não senhor Cooper, ansiedade só trás preocupações e não queremos isso não é Léo? - Giulia responde e aperta levemente minha coxa

-- Você não poderia ter dito melhor - digo e sorrio para ela

-- Por favor Giulia, me chame de Heitor, não sou tão velho - meu pai diz e todos rimos

Assim que terminamos o jantar, pedimos a sobremesa e nesse intervalo eu anuncio que tenho algo a falar

-- Pois então diga meu filho - minha mãe incentiva  e vejo todos me olhando e então começo

-- Senhor e Senhora Bianucci, eu gostaria de saber se os senhores me permitem namorar sua filha? - observo que meus pais e os pais de Giulia tem sorrisos largos, já Giulia se engasgou com o suco que bebia

-- É o que? - ela diz um tanto incrédula

-- Você tem nossa permissão Leonardo - os pai de Giulia diz segurando a mão de sua esposa e olhando para Giulia

Pego a caixinha em meu bolso e me viro para Giulia e ela me olha ainda assustada

-- Giulia, você aceita namorar comigo? - pergunto e mostro a caixinha aberta ao mesmo tempo e ela eleva as mãos à boca

-- Com licença - ela diz se retirando da mesa e indo para fora do restaurante

-- Vai atrás dela - dona Laura diz e Carlos concorda.

Me levanto correndo e a sigo para um jardim.

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora