Nosso almoço foi cheio de risos, afinal meus pais são hilários quando querem, estava tão envolvida nas maluquices deles que nem prestei atenção ao restante da competição
--Amazonas, vocês estão liberadas para reconhecer o picadeiro - escuto anunciarem a nossa liberação e só então me dou conta que faltava quinze minutos para o feminino começar
-- Licença - digo e saio as pressas da mesa em direção ao picadeiro
Entro no picadeiro e faço o reconhecimento dos obstáculos, que são o mesmo do masculino, ando por todo o percurso umas três vezes para memorizar a ordem e a disposição dos obstáculos, termino a terceira volta e retorno para a mesa junto aos meus pais
-- Peço que as amazonas se dirijam para as baias para se organizarem, dentro de dois minutos daremos inicio a prova.
Assim que escuto isso, reparo em algumas meninas indo em direção as baias, com toda a certeza são as primeiras a se apresentarem, entrelaço minha mão à de Léo e o vejo sorrir
-- Não vejo a hora de ver o resultado final - ele diz sorrindo e sinto sua ansiedade
-- Você vai se classificar, relaxa - sorrio e ele me beija
-- Amo essa sua confiança - ele deposita um beijo em minha testa
-- Amo quando você faz isso - digo sorrindo
-- Isso o que? - indaga confuso e levo minha mão a testa
-- Quando beija minha testa, quando me faz carinho, sei lá, me sinto protegida - digo olhando para o chão e sinto meu rosto queimar
-- Vou sempre te proteger, enquanto estiver ao meu alcance não vou deixar nada te acontecer e não importa o que aconteça, eu só preciso de você - fico sem palavras enquanto ele fala
Ele me olha e eu o beijo e aos poucos nos afastamos e sorrimos
-- Filha, está nervosa? - meu pai indaga
-- Não pai, estou bem, sabe que não sou de ficar nervosa -- sorrio e ele assente
-- Já quer ir para a baia? - Léo pergunta
-- Depende, falta quantas para a minha vez?
-- Seis - minha mãe responde
-- É, é melhor ir para a baia
-- Vamos - ele levanta rindo e segura minha mão
Nossos pais nem percebem nossa saída e nós também nem fizemos questão de avisar, andamos até a baia e avisto Trovão com a cabeça para fora da baia
-- Tira o Trovão, vou dar uma olhada nos arreios - Léo pede e eu retiro o Trovão
-- Oi meu amor, vem cá - escuto Léo rir - Pronto, cá está ele
-- Fala garanhão - Léo diz e é minha vez de rir
Ele me olha com uma cara tipo "o que?" e eu balanço a cabeça negativamente e rimos, Léo começa a verificar se os arreios estão bem ajustados e enquanto isso verifico meus trajes
-- Tudo ok aqui Giulia - ele diz
-- Obrigada amor - digo e ele sorri
-- Gostei do amor - ele ri e dou um leve tapa no seu braço
-- Ai rainha - ele resmunga enquanto faz massagem no braço em uma falsa dor
-- Nem doeu Léo - digo seria
--Claro que doeu - ele faz drama
-- Ok, fique ai se lamentando, por que eu tenho que competir
-- Eu vou com você, espera.
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Inevitável
RomanceGiulia Bianucci mudou-se aos 12 anos para Itália para ingressar ao Centro Ippico Toscano, assim como seus pais ela é apaixonada por cavalos e montaria, porém ao regressar a sua casa no Haras Black Horse sua vida vira de cabeça para baixo ao encontra...