-- Manuela me deixe em paz - digo
-- Ah qual é Léo! Até parece que você não sente atração por mim
-- E não sinto
-- Você prefere ela? - suspiro tentando não dar um soco numa mulher
-- Sim, eu prefiro ela
-- Mas eu sou melhor, deixe que eu te prove
De repente ela me beija e a empurro logo em seguida e escuto Giulia me chamar
-- Léo? - uma lagrima escorre e sua voz está rouca
-- Giulia, não é o que parece - tento me explicar e toco sua mão
-- Não me toca - ela me afasta e isso me destrói por dentro
-- Me deixa explicar
Ela me dá as costas e sai correndo, corro atrás dela, mas ela pega um cavalo e se afasta
-- O que aconteceu? - Joaquim pergunta preocupado
-- Depois explico
Pego seu cavalo e corro atrás de Giulia, tento chegar perto e não tenho sucesso e então grito para ela
-- Giulia - ela olha para trás - Espere!
Ela balança a cabeça e volta olhar para frente, vejo seu cavalo parar subitamente a fazendo ser arremessada por cima da cabeça do animal, desço do cavalo e corro na sua direção e vejo rolar ribanceira a baixo
-- GIULIA!!
Grito e logo seu corpo para ao acertar uma rocha na beirada de um rio
-- GIULIA! GIULIA!
Grito na esperança de que ela me responda, mas é em vão seu corpo está imóvel. Pego o celular e ligo para Joaquim
-- Ei cara, onde...
-- Giulia sofreu um acidente - o corto
-- O que? Como?
-- Avisa os pais dela e chama socorro, ela está desacordada
-- Onde vocês estão?
-- Não sei ao certo, ela caiu numa ribanceira
-- Ribanceira? - escuto ele falar com alguém - Ok, já sabemos onde é
-- Não demorem
Desligo e tento descer até o seu encontro, porém é muito ingrime
-- GIULIA!
Grito, porém sem resposta e então vejo um carro se aproximando e os pais de Giulia e Joaquim saem do mesmo
-- Cadê a ambulância? - pergunto
-- Samanta ficou aguardando para traze-los - meu sogro diz - Tem um caminho logo ali, é menos ingrime. Laura fique aqui
Seguimos pelo caminho que é um tanto complicado para descer, ao alcançar a parte mais reta corro e me jogo ao lado de Giulia que está imóvel
-- Giulia, Giulia? Acorda! Amor acorda! - seguro sua mão - Ela está sangrando
-- Ela tem um corte na cabeça - Joaquim diz me deixando desesperado - E vários outros ferimentos
Escuto a sirene e logo os socorristas estão descendo e ao chegar verificam seu corpo e a imobilizam com muito cuidado em uma maca e a levam ribanceira acima
-- Eu cuido dos cavalos - Joaquim diz
-- Eu ajudo - Sam diz
-- Léo vá na ambulância, Laura e eu vamos no carro logo atrás
Entro na ambulância e sento ao lado de Giulia, um dos socorristas cuida do ferimento em sua cabeça e o outro verifica se ela quebrou algo. Ao chegar no hospital ela é levada para uma sala onde não me deixam entrar
-- Onde ela está? - pergunta Carlos preocupado
-- Naquela sala! Mas não me deixaram entrar - me sento numa cadeira e choro
-- Léo o que aconteceu? - dona Laura senta ao meu lado e meus pais chegam
Narro todo o ocorrido desde o momento em que Manuela se aproximou até a queda de Giulia.
-- Oh meu Deus - disse dona Laura levando as mãos a boca
-- Eu disse a Valdir que não foi uma boa ideia trazer aqueles dois. Vou falar com Valdir, me informem a situação dela
Carlos sai do hospital e pelo seu estado ele seria capaz de matar alguém, fico ao lado de dona Laura que lamenta por Giulia não tem confiado e acreditado em mim
-- Mas ela passou por tanta coisa dona Laura, não me surpreendo que ela tenha duvidado! - digo
-- Vocês são parentes da jovem Giulia? - um médico pergunta
-- Sou o noivo dela, está sua mãe.
-- Bom sou o Doutor Charles. Giulia teve alguns cortes pelo copo, por sorte nenhum profundo e não quebrou nada, porém ela sofreu um trauma grave no crânio e ela acabou entrando em coma
-- Coma? - pergunta dona Laura assustada
-- E quando ela vai acordar? - pergunto
-- É incerto rapaz. Pode ser hoje, amanhã, semana que vem, daqui a meses ou não acordar. Ela está sendo monitorada, vou lhes mostrar o quarto dela
Andamos até um pequeno quarto onde a vemos presa a diversos aparelhos, está tão serena parece até estar dormindo e que a qualquer minuto acordaria
-- Podem levar ela para um apartamento - peço
-- Podemos sim
-- Então levem-a
Giulia foi levada para um quarto mais confortável e onde nossos parentes poderiam ter um melhor acesso a ela, Joaquim, Sam, Henrique e Valdir chegam junto ao meu sogro
-- Giovanni e Manuela estão a caminho do aeroporto - Carlos diz e suspiro aliviado
-- É tudo minha culpa. Eu devia saber que Manuela aprontaria algo - levo as mãos a cabeça
-- Calma Léo - diz Joaquim
-- Vamos nos revesar para não deixa-la sozinha - minha mãe diz
-- Não, eu vou ficar com ela, vocês vem visitar. - digo
-- Vai ser muito cansativo filho - meu pai diz
-- Não me importo, vou ficar.
-- Léo, é melhor... - interrompo Carlos
-- Está decidido, vou ficar.
-- Tudo bem Léo. Vou mandar roupas para você - ele diz e assinto
-- Obrigado!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inevitável
RomanceGiulia Bianucci mudou-se aos 12 anos para Itália para ingressar ao Centro Ippico Toscano, assim como seus pais ela é apaixonada por cavalos e montaria, porém ao regressar a sua casa no Haras Black Horse sua vida vira de cabeça para baixo ao encontra...