Capítulo 40 - L.C.

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-- Manuela me deixe em paz - digo

-- Ah qual é Léo! Até parece que você não sente atração por mim

-- E não sinto

-- Você prefere ela? - suspiro tentando não dar um soco numa mulher

-- Sim, eu prefiro ela

-- Mas eu sou melhor, deixe que eu te prove

De repente ela me beija e a empurro logo em seguida e escuto Giulia me chamar

-- Léo? - uma lagrima escorre e sua voz está rouca

-- Giulia, não é o que parece - tento me explicar e toco sua mão

-- Não me toca - ela me afasta e isso me destrói por dentro

-- Me deixa explicar

Ela me dá as costas e sai correndo, corro atrás dela, mas ela pega um cavalo e se afasta

-- O que aconteceu? - Joaquim pergunta preocupado

-- Depois explico

Pego seu cavalo e corro atrás de Giulia, tento chegar perto e não tenho sucesso e então grito para ela

-- Giulia - ela olha para trás - Espere!

Ela balança a cabeça e volta olhar para frente, vejo seu cavalo parar subitamente a fazendo ser arremessada por cima da cabeça do animal, desço do cavalo e corro na sua direção e vejo rolar ribanceira a baixo

-- GIULIA!! 

Grito e logo seu corpo para ao acertar uma rocha na beirada de um rio

-- GIULIA! GIULIA!

Grito na esperança de que ela me responda, mas é em vão seu corpo está imóvel. Pego o celular e ligo para Joaquim

-- Ei cara, onde... 

-- Giulia sofreu um acidente - o corto

-- O que? Como?

-- Avisa os pais dela e chama socorro, ela está desacordada

-- Onde vocês estão?

-- Não sei ao certo, ela caiu numa ribanceira

-- Ribanceira? - escuto ele falar com alguém - Ok, já sabemos onde é

-- Não demorem

Desligo e tento descer até o seu encontro, porém é muito ingrime

-- GIULIA! 

Grito, porém sem resposta e então vejo um carro se aproximando e os pais de Giulia e Joaquim saem do mesmo

-- Cadê a ambulância? - pergunto

-- Samanta ficou aguardando para traze-los - meu sogro diz - Tem um caminho logo ali, é menos ingrime. Laura fique aqui

Seguimos pelo caminho que é um tanto complicado para descer, ao alcançar a parte mais reta corro e me jogo ao lado de Giulia que está imóvel

-- Giulia, Giulia? Acorda! Amor acorda! - seguro sua mão - Ela está sangrando

-- Ela tem um corte na cabeça - Joaquim diz me deixando desesperado - E vários outros ferimentos

Escuto a sirene e logo os socorristas estão descendo e ao chegar verificam seu corpo e a imobilizam com muito cuidado em uma maca e a levam ribanceira acima

-- Eu cuido dos cavalos - Joaquim diz

-- Eu ajudo - Sam diz

-- Léo vá na ambulância, Laura e eu vamos no carro logo atrás

Entro na ambulância e sento ao lado de Giulia, um dos socorristas cuida do ferimento em sua cabeça e o outro verifica se ela quebrou algo. Ao chegar no hospital ela é levada para uma sala onde não me deixam entrar

-- Onde ela está? - pergunta Carlos preocupado

-- Naquela sala! Mas não me deixaram entrar - me sento numa cadeira e choro

-- Léo o que aconteceu? - dona Laura senta ao meu lado e meus pais chegam

Narro todo o ocorrido desde o momento em que Manuela se aproximou até a queda de Giulia.

-- Oh meu Deus - disse dona Laura levando as mãos a boca

-- Eu disse a Valdir que não foi uma boa ideia trazer aqueles dois. Vou falar com Valdir, me informem a situação dela

Carlos sai do hospital e pelo seu estado ele seria capaz de matar alguém, fico ao lado de dona Laura que lamenta por Giulia não tem confiado e acreditado em mim

-- Mas ela passou por tanta coisa dona Laura, não me surpreendo que ela tenha duvidado! - digo

-- Vocês são parentes da jovem Giulia? - um médico pergunta

-- Sou o noivo dela, está sua mãe.

-- Bom sou o Doutor Charles. Giulia teve alguns cortes pelo copo, por sorte nenhum profundo e não quebrou nada, porém ela sofreu um trauma grave no crânio e ela acabou entrando em coma

-- Coma? - pergunta dona Laura assustada

-- E quando ela vai acordar? - pergunto

-- É incerto rapaz. Pode ser hoje, amanhã, semana que vem, daqui a meses ou não acordar. Ela está sendo monitorada, vou lhes mostrar o quarto dela

Andamos até um pequeno quarto onde a vemos presa a diversos aparelhos, está tão serena parece até estar dormindo e que a qualquer minuto acordaria

-- Podem levar ela para um apartamento - peço

-- Podemos sim

-- Então levem-a

Giulia foi levada para um quarto mais confortável e onde nossos parentes poderiam ter um melhor acesso a ela, Joaquim, Sam, Henrique e Valdir chegam junto ao meu sogro

-- Giovanni e Manuela estão a caminho do aeroporto - Carlos diz e suspiro aliviado

-- É tudo minha culpa. Eu devia saber que Manuela aprontaria algo - levo as mãos a cabeça

-- Calma Léo - diz Joaquim

-- Vamos nos revesar para não deixa-la sozinha - minha mãe diz

-- Não, eu vou ficar com ela, vocês vem visitar. - digo

-- Vai ser muito cansativo filho - meu pai diz

-- Não me importo, vou ficar.

-- Léo, é melhor... - interrompo Carlos

-- Está decidido, vou ficar.

-- Tudo bem Léo. Vou mandar roupas para você - ele diz e assinto

-- Obrigado!

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