Capítulo 18 - G.B.

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Fui para meu quarto e Samanta para o dela, me sequei e fui ao closet, escolhi um biquíni azul turquesa, a parte de cima era tipo um cropped, por cima da calcinha coloquei um shortinho de tecido preto e sai em direção ao ponto de encontro, Léo e Joaquim já estavam lá.

-- Oi meninos, cadê a Sam?

-- Ela foi pegar lanche pra gente levar - Joaquim responde

Minutos depois Sam aparece e pegamos um jipe, afinal fica acerca de 1km daqui e a pé demoraria bastante, não demorou e já estávamos no rio, e olha continua lindo, tem uma cachoeira que não é muito alta deve ter uns 4 metros de altura, a água é cristalina, ao redor tem muitas árvores, é um ambiente calmo e relaxante.

Todos descem do carro e vão para a água, me sento em uma pedra próxima da beirada e apenas vislumbro o lugar.

-- Ei Lia... - olho para os três - Vem pra cá - Léo me chama e com a mão peço pra esperar

Me levanto e pego uma pequena trilha que tenho certeza que me levará ao topo da cachoeira, ao chegar lá olho para eles que ainda não notaram minha presença aqui em cima.

--OI! - grito

--LIA? - Léo grita - DESCE JÁ DAI SUA DOIDA - sorrio e Sam entende o que vou fazer

-- Tá bom! - falo e me afasto da beirada

Pego um pouco de distância, corro e quando estou saltando grito "lá vou eu", ainda vejo a cara de Léo e Joaquim, viro um mortal e entro na água, nessa parte onde cai o rio é muito fundo e mesmo com minha entrada na água não consigo chegar até o final, vejo Leonardo nadando na minha direção e começo a emergir

--Você por acaso é doida? - ele diz assim que surjo na água

-- Calma, desde que me entendo por gente salto dessa cachoeira - digo rindo - Vem comigo!

-- Pra onde? - questiona

-- Vem logo!

Saio da água e vejo ele me seguir, pego em sua mão e levo para a trilha da cachoeira, já no topo lhe mostro como é belo observar daqui de cima, ele chega na beirada e olha para baixo e se assusta e eu claro começo a rir

-- Pula comigo? - pergunto manhosa

-- Mas nem pensar, eu amo a minha vida - ele fala recuando

-- Por favor - peço segurando sua mão e faço a melhor cara pedichona

-- Ah, tá bom. Mas eu sei que vou me arrepender - ele diz apertando minha mão e sorrio

Pegamos distância, corremos e pulamos de mãos dadas, faço questão de não soltar sua mão, ele está rindo e sorrio por isso, logo entramos na água. Não solto a mão dele nem após entramos na água, me livro das bolhas de água que se formaram e assim que elas se dissipam o vejo me olhando, o ar começa a me faltar e o puxo para cima e emergimos juntos, Joaquim e Sam gritavam coisas como "parabéns", "belo salto" e "arrasaram" começo a rir e sinto as mãos de Léo na minha cintura, o olho e estamos muito próximos, devagar ele se aproxima mais ainda e aos poucos começo sentir sua respiração ofegante, seus lábios tocam os meus e eu cedi ao beijo, logo sua língua pede passagem e eu cedo novamente era como se ele me controlasse e neste instante o tempo parou pra mim, o ar foi nos faltando e fomos encerrando o beijo com selinhos, me afasto e olho em seus olhos e sinto meu corpo se perder neles, estamos compenetrados olhando fixamente um para o outro até eu escutar palmas e assovios, olho para o lado e lembro que não estamos sozinhos e enrubesço ao vê-los.

-- Calma, tá tudo bem - ele diz

-- E-eu... eu... - não consigo falar nada e simplesmente saio nadando e me afasto de todos eles, entro em outro caminho que me leva a uma caverna na qual eu me escondia muito de meu pai quando criança, entro e fico sentada no chão

--Porque beijei ele? 

Começo a me questionar de meus sentimentos até ouvir me chamarem

-- LIA? - sei que é Leonardo, sua voz é inconfundível e só ele me chama de Lia 

Resolvo me levantar para ir ao seu encontro e quando vou por as mãos no chão para levantar vejo uma aranha enorme, a única coisa que consigo fazer é gritar

-- ALGUÉM ME AJUDA, SOCORRO, POR FAVOR, LÉO ME AJUDA!!

Sinto o ar me faltar nos pulmões e tudo apaga...

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora