Capítulo 8 • Jay •

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Eu estava para estacionar o carro na frente do prédio de Jenny, onde eu já sabia que poderia ver as janelas, quando um carro estacionou na frente do prédio, fui obrigado a estacionar um pouco mais a frente passando ao lado do motorista, eu olhei para a janela e vi Peter, ele só poderia estar esperando Jenny! Eu já estava nervoso quando Jenny saiu do prédio vestindo um mini short e entrou no carro do filho da puta. Eu queria matá-la por estar saindo vestida assim e perto de Peter, eu segui eles até um galpão onde adolescentes faziam festas, eu não vinha nessas coisas mas sempre tinha um membro da gangue vendendo drogas para os alunos riquinhos da escola, estacionei meu carro, passando em frente ao membro da gangue de plantão ali, estiquei minha cabeça até o meu carro, era um sinal claro para que ele o vigiasse. Com passos rápidos e empurrando qualquer um a minha frente fui atrás dela, eu iria tirar Jenny dali aos tapas se precisasse. Quando entrei a primeira coisa que vi foi Peter e Jenny no meio de um círculo de pessoas, eles estavam dançando juntos, eu prestei atenção alguns minutos até ele ir por trás dela e ela começar a dançar praticamente em cima do pau dele ao som de uma música que eu não reconhecia! Meu sangue não ferveu, ele praticamente queimava minha pele de raiva, eu queria Jenny, eu a queria só pra mim e vê-la ali com ele me fez explodir. Cego de ódio, eu estava enxergando vermelho, eu puxei Jenny de perto dele, e me virei dando um soco em seus rosto, ele se desequilibrou caindo no chão e fui pra cima dele, eu ouvi a voz doce de Jenny atrás de mim, enquanto a multidão gritava, me distraindo ele me acertou duas vezes o que me fez levantar e sair do lugar, estava agindo feito um louco ultimamente, quando se tratava dela eu não conseguia pensar direito. Eu estava furioso, precisava de um cigarro para relaxar, meus dedos estavam machucados, minha boca tinha gosto de sangue, mas isso não era nada, eu já levei surras piores, dei uma longa tragada no cigarro enquanto Jenny me observava, eu ainda estava com adrenalina correndo em meu sangue quando a arrastei de lá sem me importar com nada, eu saí com o carro cantando pneu. Porra do caralho! Jenny falava comigo e eu apenas a ignorava, eu não sabia o porquê tinha feito isso, eu não sabia o que falar. Quando ela ameaçou se jogar do carro eu estava a quase 200 quilômetros por hora, ou ela morreria ou quebraria todos os ossos de seu corpo. A olhei intensamente, ela falava sério, ela pularia! Parei o carro e o estacionei no acostamento, eu precisava de ar. Na calçada Jenny ainda fazia questionamentos e quando ela disse que eu não era o dono dela eu queria gritar que eu era sim! Ela era fodidamente minha, mesmo que ela não soubesse isso, eu a teria, custe o que custar, ninguém a levaria de mim. Ela me deu as costas e saiu andando com aquele maldito nariz empinado, fui atrás dela e a agarrei pela cintura a levantando, ela gritava, xingava, me batia e eu não me importava, eu não a deixaria ir embora assim. A joguei em cima do capô com força e a beijei, eu não conseguia me controlar mais. Essa garota faz meu sangue ferver, eu nunca desejei alguém assim, nunca sentir meu peito apertar desse jeito, ela seria minha, disso eu tinha certeza e quem encostasse nela morreria, com toda maldita certeza.

Eu estava dirigindo para minha casa, não queria deixar Jenny ir ainda, precisava beija-la um pouco mais, eu não queria que ela achasse que eu era um louco, mesmo que eu fosse porque eu era um fodido louco, mesmo assim eu precisava que ela confiasse em mim. Entrei no bairro do Queens e Jenny olhava tudo atentamente sem falar nada, estacionei o carro na garagem, ela desceu do carro com a comida em mãos e ficou me esperando, eu abri a porta e não tinha ninguém na sala ainda bem, era uma possibilidade Jason estar aqui com o pessoal da gangue, contando dinheiro ou drogas, e eu não queria assusta-la, fui subindo as escadas, entrando direto no meu quarto, Jenny entrou olhando tudo em volta meio desconfiada e veio atrás de mim. Ela olhou tudo atentamente, meu quarto tem uma cama grande, com carpete no chão e uma escrivaninha no canto onde eu deixava meu notebook, a decoração era quase toda de quando eu tinha 12 anos, com muitos posters de bandas de rock e heavy metal e mulheres nuas, estava um pouco bagunçado com algumas roupas jogadas mas nada drástico. Jenny tirou suas botas deixando perto da porta e se sentou no chão encostada na cama, bateu no chão ao lado dela para eu me sentar ao seu lado, eu tirei meus coturnos e me sentei, ela abriu o saco de comida e tirou as duas caixinhas de Yakissoba de dentro, me deu uma e ficou com a outra, então ela quebrou o longo silêncio.

Perigo Atraente - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora