Em meio a Segunda Guerra Mundial, Sebastian Kölsch, o filho de um temido oficial nazista, se suicida, mesmo temendo o inferno. Diferente do que o jovem pensava, alguns suicidas recebem uma segunda chance e tornam-se guardiões, destinados a evitar o...
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SUMMER
Quando sua mente quebra o espírito da sua alma. Sua fé caminha sobre vidro quebrado, e a ressaca não passa. Nada é feito para durar. Você está em ruínas 21 guns (Green Day)
OS NOSSOS OLHOS estão conectados. Não são olhares de admiração, - não por minha parte -, mas sim de reconhecimento. É como se uma pedra houvesse sido tirada de um sapato. Porém, ao mesmo tempo dói, pelo fato de Abigail está errada e mesmo assim me faz passar por situações horríveis. O meu peito queima e absorve todo o amor que achava sentir por minha própria mãe.
Mas como diabos Sebastian está visível para todos no quarto, ele não é apenas um fantasma?
- Está me subestimando - a voz ecoa em minha mente. Ele se mantém imóvel. - Eu não sou um simples espírito, Summer. Apareço para quem eu quero.
Se conectar por telepatia é algo muito comum no dia-a-dia. Comum para os loucos.
- Você lê os meus pensamentos? - pergunto baixinho.
- Não, apenas deduzi o que pode estar passando por sua cabeça nesse momento - dessa vez ele fala normalmente, como um simples humano.
Eu deveria estar com medo? Porque de alguma forma, a presença de Sebastian não me faz sentir medo.
- Do que esses esquisitos estão falando? - a Sra. Hill resmunga.
- Eu o agradeço por ter salvo a minha filha. - Somos interrompidos. Abigail distribui gracejos sobre o fantasma. - Summer não é sã mentalmente. Ela tem vários problemas psicológicos e acaba tendo crises em lugares inoportunos. É um verdadeiro estorvo, me desculpe pelo incômodo.
Ela sempre buscar ganhar simpatia me colocando para baixo. Abigail faz o papel de uma mãe preocupada e esgotada de lidar com uma filha problemática. É uma verdadeira atriz descarada.
- Mesmo com todos os problemas, ela é a sua filha - ele murmura causando estranhamento. - E eu vejo uma garota incrível.
- É porque não convive com ela - minha mãe rebate com arrogância.
- Você é quem pensa, megera - ele sussurra, mas eu consigo ouvir. - Bem, eu preciso ir. Tenham uma boa noite.
Seguro a sua mão no impulso quando ele faz menção de caminhar, mas solto rapidamente envergonhada. Ele sorri e se aproxima cada vez mais.
- Nós precisamos conversar. Eu estou confusa - peço e me sinto um pouco irritada. - Não pode ir embora e fingir que nada está acontecendo. Não vá, por favor.
- Eu voltarei, Summer - ele beija a minha testa e eu o empurro levemente. - Estou feliz que esteja bem, mas de agora em diante, eu espero que escute as minhas recomendações. Tenha bons sonhos, senhorita.
Realmente, ele é o fantasma mais abusado que eu já conheci.
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