Capítulo 13

102 12 0
                                    




Todos nossos dias a partir de então foram normais, não havia muito sobre o que contar. Vez ou outra mencionávamos sobre nossas vidas, sobre o que fazíamos e o que gostaríamos de fazer mas no geral, passávamos o dia entre as arvores ou no lago, era tranquilo e eu gostava disso.

Lexa havia me contado que gostaria de morar em um país distante desse onde moramos, ela gostaria de ter tido oportunidade de ter ido embora junto com o seus pais e Costia, queria um mundo e uma vida melhor para eles, melhor do que a que tiveram, ela se culpa muito sobre isso. Aprendi sobre como era sua mãe e seu pai: pessoas boas generosas e na época, adoradas pelos seus povos. Fui um dia onde Costia estava enterrada e confesso, de todos os túmulos que já vi, aquele era o mais belo e Lexa havia feito tudo sozinha. Havia flores em todos os cantos, alguns girassóis, pequenas rosas, margaridas, gérberas, calêndulas e muito lírio, essa ultima era a preferida de Costia. Havia também a presença de alguns vasos e umas pedras muito belas. Lexa havia decorado tudo com muito amor e ela estava em um lugar muito lindo, no meio de um pequeno lago havia uma pequena ilha e era lá que ela estava.

Embora nossos dias tivessem sido pacatos, houve um especial que mudou tudo.

Lembro-me da noite em que Lexa me disse que gostaria de ir a Polis na manhã que surgiria, a questionei o motivo e ela contornou e contornou a pergunta, mas não me deu uma resposta exata. Lexa sendo Lexa, porém concordei. Naquela noite, tornei a perguntar se passaríamos mais de um dia lá e o que iriamos fazer, ela apenas disse que eu não precisaria levar uma troca de roupa. Me dei como vencida e fui dormir, ao seu lado, claro. Eu amo dormir ao lado de Lexa, sinceramente. Amo sentir o cheiro dela em meio as madrugadas que passo acordada e amo o jeito como ela dorme com as mãos cruzadas na barriga ou quando me dá as costas e eu posso apreciar cada detalhe presente em seu corpo, mas infelizmente não é muita coisa visto que ela está sempre de blusa, mas o que eu mais amo é quando o sol lança seus primeiros raios para dentro de nossa cabana e toca o rosto dela sutilmente e me cutuca para acordar e apreciar a cena de seu rosto com um brilho dourado, logo então os pássaros cantam anunciando a chegada de um novo dia e ela esfrega os olhos e aquilo, ah, aquilo é a cena da qual eu nunca me cansaria. Infelizmente é difícil eu vê-la com frequência uma vez que Lexa sempre acorde e saia mais cedo do que eu.

Naquela manhã, levantamos juntas e seguimos rumo a Polis. Não tínhamos cavalos, não tínhamos trem, não tínhamos nada senão a força de nossos corpos e foi assim que seguimos para lá, caminhando.

Chegamos por volta do meio dia, posso dizer com certeza que era por esse horário, pois o Sol brilhava forte no centro do céu. Lexa visitava as barracas de venda, vez ou outra, comprava algumas roupas para mim, algumas comidas e acessórios e eu realmente não entendi o motivo daquilo, ela não era o tipo de pessoa que gostava de fazer compras. Me distanciei um pouco dela quando ouvi uma criança chorando, aparentava ter uns seis ou sete anos e estava perdida, me aproximei da pequena menina, de cachos loiros e uma cor morena, era muito linda!

-Ei, meu amor, está perdida?

Ela só concordou com a cabeça e voltou a chorar. Peguei sua mãozinha e fui em busca de sua mãe

-Vamos achar sua mamãe, ok?

Ela voltou a concordar e eu a trouxe para meu colo. Lexa apareceu em minha frente assustada:

-Clarke onde você estava? Graças aos céus que está bem.

-Eu só vim ver umas jóias.

-E ganhou uma criança?

-Essa é a... Qual seu nome, meu bem?

-Isis- A menina me respondeu cabisbaixa e com vergonha

-Ela está perdida- informei Lexa- devemos ajuda-la

Under the princess' commandOnde histórias criam vida. Descubra agora