Hospital.

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Sabe quando você sente um pressentimento esquisito? Então, era isso que eu comecei a sentir quando cheguei ao hospital e me sentei em um dos bancos na sala de espera com o Jimin no colo. Meu pequeno estava tão quietinho e manhoso que eu já comecei a entrar em desespero. Jimin estava sonolento e não queria abrir os olhinhos para nada, e aquilo só serviu para me fazer sentir uma péssima mãe.

Ajeitei meu bebê no meu colo e arrumei seu casaquinho da cor azul bebê e de pelinhos, logo puxando uma pequena manta da mesma coisa do casaco, suas bochechinhas estavam mais ruborizadas que o normal por conta da febre, os cabelinhos bagunçados e Jimin não parava de resmungar com a chupeta na boca.

Hoseok estava ao meu lado, de pé e com uma mão no bolso de sua calça de moletom enquanto a outra estava segurando o celular, o qual ele estava entretido. Ainda era de madrugada e o cansaço estava totalmente visível no rosto de meu marido, em algumas horas ele devia estar no hospital – que é onde estávamos – para trabalhar.

- Hobi, você está tão cansado, não é? – Coloquei a mão em seu antebraço e o puxei levemente. – Vem aqui, senta aqui do meu lado.

- Estou muito cansado. – Soltou um suspiro longo e negou com a cabeça, logo dando um pequeno sorriso. – Mas não quero me sentar.

Quando eu ia falar algo, o nome de Jimin fora chamado por um médico, rapidamente me levantei e fui até o consultório, sendo acompanhada por meu marido.

Eu tentei convencer o médico dar remédio via oral, mas ele insistiu em dizer que medicamento na veia meu bebê ficaria bom logo, mas quem disse que Jimin quis colaborar? Ah minhas amigas, Park Jimin virou um furacãozinho, correu para todos os cantos do hospital.

E lá estava Hoseok e eu correndo atrás do pestinha, que estava correndo todo desajeitado por um corredor, estava chorando e fazendo um grande escândalo. Toda vez que eu o alcançava e tentava o pegar no colo, ele soltava um grito alto e fino, se jogando no chão e batendo os pezinhos.

Se deu certo ameaçar ele dizendo que o bicho papão iria pegar ele de noite? Claro que não, isso só serviu para que ele virasse a salinha de medicação de cabeça para baixo. Nem as duas enfermeiras que estavam ali conseguiram segurar esse furacão.

Precisaram trancar a porta da sala de medicação para que Jimin não saísse, e então ele insistiu no escândalo, se jogando no chão e se agarrando na perna de Hoseok. Eu estava sentadinha olhando para a cena e pensando no que fazer para que Jimin cedesse, para furar seu bracinho e receber os medicamentos tudo certinho, mas ele estava ali, agarrado na perna do pai, com a chupeta na boca e soluçando alto, balançando a cabeça negativamente nas tentativas que as enfermeiras estavam fazendo para que ele deixasse elas fazerem os serviços.

Eu já estava para desistir e voltar no médico para pedir remédios via oral e dizer que meu menino ganhou apenas no chororô e gritos, até meu levantei e me preparei para falar com Jimin, mas estava ali uma mulher conversando com meu marido, ela me parecia ser médica e eu juro que não vi ela chegar.

Amigas me segurem que essa mulher é atirada. Vocês viram a mão dela no braço do meu marido? Pois eu vi, ela estava alisando o braço do meu Hoseok, e ele estava dando risadinhas e dando a maior atenção para ela. Quem essa médicazinha pensa que é? Ah Hoseok, vou comprar uma casinha de cachorro para você dormir.

Eu já estava louca de nervoso e ciúme; Jimin ainda chorava e fazia um escandalozinho e Hoseok dando bola para aquela mulher na minha cara, ELE ESTAVA DE CONVERSINHA COM ELA NA MINHA FRENTE!

- Oh, esse menino é seu filho? – Até que enfim ela notou meu filho agarrado na perna do Hoseok, ela não tinha notado até então mesmo ele estando fazendo o chororô exagerado dele.

Bebê ArteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora