The Friendship

96 7 1
                                    

Bruna Pov's

Eu me senti segura ali, nos braços de um desconhecido, Paulo Dybala era o cara que via na tela da TV e às vezes pelo Instagram, mas nunca imaginaria que me encontraria nessa situação, abraçada e aos prantos.

De uma maneira estranha eu me senti bem ali, confortável... Eu nunca achei que me sentiria tão confortável para desabar assim com alguém, mas tinha alguma coisa nos seus braços e no calor do seu corpo, era como se ele verdadeiramente se importasse, eu implorei pra ele me soltar e ao contrário das muitas pessoas que passaram na minha vida ele não me soltou, ele me segurou.

O seu abraço foi se desfazendo aos poucos com cautela, ele secou de leve os meus olhos com a ponta dos dedos, nossos rostos estavam próximos e sentia sua respiração pesada, seus olhos tinham um brilho de verde diferente naquele momento.

- Eu preciso de ar - Foi a única coisa que consegui pronunciar, parte da culpa era pelo sufoco que minhas emoções e feridas do passado me faziam passar, mas outra vez de maneira estranha aquela falta de ar se fazia presente também pelo pouco de espaço que nossos rostos se encontravam.

- Tudo bem, eu posso te levar em um lugar? - Ele perguntou se afastando completamente e pegando em minha mão com carinho.

- Por favor, faça isso - Eu sentia que podia contar com ele.

Ele me puxou devagar e fomos saindo daquele corredor, entramos em uma porta que se encontrava uma escada, subimos a mesma e descobri que dava acesso a um terraço lindíssimo, tinham flores e os meus amados girassóis estavam ali, meus olhos brilharam com a iluminação e beleza daquele lugar, a lua estava cheia e o céu estava lindo, era um belo jardim, com dois sofás no centro e uma decoração impecável.

- Pronto, chegamos - Paulo disse soltando minha mão, ele tinha um pequeno sorriso no rosto e estava parado ao meu lado, parecia contemplar a beleza do céu.

- Isso é lindo, deve ser maravilhoso ter acesso a esse lugar sempre - Disse ainda não tirando os olhos da beleza do local.

- Sim, esse é o meu lugar favorito de todos - Paulo dizia e aquela inocência em seu rosto se ascendeu novamente, ele parecia uma criança - Quer se sentar? - Ele apontou para os sofás.

- Quero sim - Disse e o mesmo foi na minha frente em direção aos sofás, nos sentamos no mesmo que era grande o suficiente para nós dois.

- Você está bem? Quer conversar? - Ele perguntou, seu tom era preocupado e de alguma maneira ele me trazia segurança.

- Eu posso ser sincera?

- Com certeza - Ele disse focado no que iria falar.

- Eu não confio em ninguém, é tudo tão pessoal, é difícil me abrir - Confessei.

- Eu te entendo - Ele suspirou como se tivesse um peso em suas costas, eu acho que sabia como ele se sentia.

Puxamos um assunto aleatório qualquer sobre os jogos da próxima semana e o silêncio se instalou novamente.

- Obrigada.

- Por? - Ele perguntou um pouco confuso voltando sua atenção a mim.

- Pelo seu abraço - Disse baixo.

- Não precisa agradecer - Ele disse no mesmo tom que eu, ele olhou no fundo dos meus olhos - Eu sei que só tem dois dias que nos conhecemos, mas foi difícil te ver frágil daquela maneira, eu senti uma necessidade de te abraçar - Aquilo me impactou de algum jeito, eu nunca me senti tão importante para alguém como naquele momento.

- Mesmo assim, muito obrigada - Eu disse, o silêncio se instalou novamente e voltamos a observar o céu.

- Você toca e canta né? - Ele perguntou olhando para mim novamente.

SunflowerOnde histórias criam vida. Descubra agora