BLAKE (ÚNICO/DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 06.

Capítulo sem revisão.

Capítulo 06.

Blake Jack.

Andei de um lado para o outro no quarto por quase meia hora. Lá em baixo, Hope preparava o maldito jantar, enquanto eu cozinhava meus próprios miolos.

Após nosso beijo, era como se tivéssemos voltado a estaca zero, como se voltássemos ao dia em que eu a salvei, e ela me olhou desconfiada ao acordar em meu quarto. Ela não olhava para mim com medo, entretanto, mas estava tão retraída quanto aquele dia.

Determinado eu paro de andar e encaro a porta, eu não poderia deixar as coisas seguirem dessa forma, eu estaria agindo como um idiota se aceitasse que nosso relacionamento regredisse assim, então eu voo escada abaixo com tudo o que falaria na ponta da língua, mas congelo em meu lugar, quando chego à cozinha e a encontro.

Eu nunca superaria sua beleza.

Em sua tarefa de mexer algo na panela, ela não nota minha presença, ela estava baixando a guarda em minha casa. Então eu limpo a garganta chamando sua atenção.

– Oi. – Ela cumprimenta virando-se, seu rosto vermelho como um tomate, em parte pelo vapor que sai da caçarola.

– Oi. Eu me perguntava o que você está preparando para o jantar.

Digo sentando-me na cadeira. Eu era um covarde, e não conseguia confrontá-la sobre o beijo. Nesse momento eu queria tacar minha cabeça na parede.

– Ramen Burrito. Eu espero que você goste.

– Não existe uma pessoa na Califórnia que não goste de Ramen burrito.

Eu brinco arrancando um sorriso de seu rosto, que some quando ela se vira para o fogão. Ela transfere todo o conteúdo fumegante da panela para as tigelas, antes de pô-las na mesa. Em seguida ela distribui nossos pratos, e quando se senta em seu lugar em minha frente, eu tento tomar coragem para dizer o que queria. Contudo, eu não sabia o que acontecia comigo quando ela estava perto, que eu perdia minha total capacidade de pensamento. Minha mente entrava em parafuso sobre sua presença.

Hope se serve uma grande quantidade de comida para si mesma, e quando eu ponho minha própria parte, decido que falaria com ela após ela estar devidamente alimentada. Contemplo com orgulho como ela devora tudo em seu prato. Ela estaria ganhado peso em breve, se continuasse assim, e eu não poderia estar mais feliz por isso.

– Você terminou? – Pulo assustado ao som de sua voz. – Desculpe.

– Não, eu... estava distraído. – Tão distraído que não percebi que, de fato, tinha acabado de comer.

Então eu empurro meu prato para ela, que o leva para a pia junto ao seu. Ela os lava e organiza toda a pouca bagunça que tinha no fogão. Entretanto, tudo estava brilhante e ela continuava a esfregar. Franzo a testa.

– Hope. – Eu a chamo.

Relutante ela se vira para mim. E eu respiro fundo. Porra, eu tinha vinte e nove anos, era onze anos mais velho que ela, mas estava agindo com se na verdade eu fosse onze anos mais novo.

Eu tinha que deixar essa merda de lado e falar o que queria.

– Precisamos falar sobre o que aconteceu mais cedo. – Explodo de uma vez.

– Eu... eu... eu não sei sobre o que você está falando.

Ela sempre gaguejava quando estava nervosa, eu sabia agora, era adorável.