Alucard: O Fim - Vol 2 - Uma História Renegados do Inferno

Forte Negro

 Algumas horas antes...

— Quem é você? — Perguntou Clarke desconfiada.

— Quem eu sou não importa agora, precisamos recuperar a condessa Alucard, antes que Elizabeth pegue o Santo Graal.

— Como sabe sobre tudo isso? — Perguntou Belzebu se intrometendo e se aproximando.

— Sei de muita coisa, e sei que precisam de mim para resgatar Rachel, eu sei aonde ela está... E também posso saber como impedir Elizabeth, mas preciso da ajuda de vocês... — Respondeu a voz sensual e feminina da moça de rosto coberto por um enorme capuz negro.

— Nos dê um bom motivo para confiar em uma desconhecida que se recusa uma apresentação formal decente? — Perguntou Miguel.

  A moça ficou quieta por uns tempos despertando a curiosidade de vários. Porém finalmente resolveu falar algo e dar então à eles um motivo viável.

— Elizabeth tirou tudo de mim... Agora eu vou tirar tudo dela. Começando pelo que ela mais preza... A beleza eterna, e logo depois... Sua liberdade. — Respondeu erguendo o rosto e retirando o capuz fazendo Miguel arregalar os olhos.

  Aparentemente ele reconheceu o rosto. E aparentemente aquilo era suficiente para ele não só confiar na moça como também permitir que os outros também confiassem. Colocou então de volta o capuz sob o rosto e Belzebu se pronunciou.

— Qual é o plano? — Perguntou o demônio que sentiu que a moça havia sorrido com a pergunta.

— Miguel, quero que vigie a missa de hoje à noite em relação à Elizabeth, deixe seus anjos a postos... E quanto a Rachel, vou precisar de uma distração... Uma distração bem grande. — Disse ela e Belzebu já tinha uma ideia de como fazer. — O resto, deixa comigo. Iremos recuperar a condessa e destruir Elizabeth Bathory o quanto antes. 

  Aquela noite, haveria um massacre em Salem.

***

   Ser jogada de qualquer jeito dentro de uma jaula minúscula e empoeirada, era de longe o que Rachel precisava naquele momento.

  Ela se sentia impotente, fraca, desnutrida... Precisava de sangue... Não queria ficar ali... Não queria mais ser torturada por aquele homem...

— Olha só... Temos uma novata. Bem-vinda ao lar. — Disse uma criatura de voz desastrosa, cuja pele era arroxeada e um par de chifres cuja um deles estava cerrado.

  Ele se aproximou já que estava na jaula vizinha e agarrou as grades revelando as terríveis garras amarelas. 

— Qual é o seu nome? — Falou vagamente causando um breve arrepio na vampira que ignorou o aviso de temor se aproximando das grades de sua jaula para vê-lo melhor.

— Rachel. E você?

— Me chamo Mohara. 

— Sabe como posso sair desse lugar, Mohara?

— Oh minha cara amiga... Não pode sair do forte negro. Uma vez aqui dentro, sempre aqui dentro.

— Deve ter uma saída certo? Isso aqui não deve ser impossível de escapar! Somos demônios, temos força o suficiente para enfrentar humanos! — Disse ela.

— Humanos... — Mohara ficou sério, porém logo depois começou a rir, uma gargalhada misteriosa e lunática dando a entender de que era completamente louco. — Humanos conseguem ser piores do que os demônios Rachel... Eles colocam a culpa de seus pecados em nós, e depois nos torturam dizendo que somos os culpados pelos erros deles... Livre arbítrio lembra? Eles não respeitam o próprio livre-arbítrio... Preferem ceder aos pecados... Humanos são monstros em pele bonita!