Getting Close

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 Três toques na porta foram-se alertados. Laura chorava em seu travesseiro apenas querendo ficar sozinha.

 Estava triste e solitária. Não sentia-se mais como si mesma. O que antes era atrapalhada e divertida, tornou-se triste e depressiva...

  Não queria falar com ninguém, apenas... Ficar ali. E mesmo não respondendo aos toques que foram dados na porta, quem quer que fosse entrou sem ser chamado.

 — Não quero receber nin... — Laura pensou que pudesse ser Carmilla mas... Não era. — Você? — Perguntando encarando o demônio da gula que respirou fundo ao fechar a porta. — Não feche! — Pediu aparentemente desconfortável de ficar a sós e trancada com um homem, ainda mais se tratando de um demônio.

  Em respeito a decisão de Laura, Ele abriu a porta e apenas a encostou. 

— Desculpa... Só quero ficar sozinha... — Pediu enxugando as lágrimas e se sentando na cama.

— Eu entendo perfeitamente sua dor. E a respeito. Sei que passou por maus bocados durante esses dias... Só queria devolver um favor... 

— Que favor? Você não me deve nada...

— Posso não dever a você... — Disse ele se aproximando. — Mas devo a sua mãe. — Laura franziu a testa do cenho.

— Conheceu ela? — Perguntou e ele fez que sim.

— Eva. Ela e Lilith nunca se gostaram. Para Lilith sua mãe era o que chamamos de "inocente e tola", mas não. Ela não era isso. Era mais que isso. 

— C-Como assim?

— Você é exatamente como ela... Deveria ter desconfiado. Porém só tive contato com ela umas três vezes. — Ele sorriu. —Como bem sabe, eu sou o demônio da gula, e por séculos fui o braço direito de Lúcifer... Cai dos céus, pois preferi cair sozinho do que levar comigo a mulher que mais amava.

— Bel! — Gritou uma arcanja de belíssimos cabelos prateados aproximando de Belzebu. Cujos cabelos eram enormes  lisos, seus olhos azuis brilhavam ao ver a arcanja que derramava lágrimas por ele.

— Ariel... Eu sinto muito...

— Não pode fazer isso! Se juntar a Lúcifer por minha causa é loucura!

— Não é só por sua causa! É por mim também! Como irei passar a eternidade sabendo que não poderei tocar quem amo?! Pois se tocá-la, correrei o risco de carrega-la comigo ao abismo meu amor! — Respondeu.

— Não... E-Eu.. Podemos dar um jeito. — Ela sorriu tocando suas mãos em seu rosto. — Tu és minha luz, assim como sou a tua. Foi o que me dissestes!

— E sempre será... — Respondeu tocando a mãos dela e a beijando em sua testa. — Mas se for pra cair dos céus nesta rebelião... Cairei por Heilel. Ele é meu irmão de consideração. Não posso abandoná-lo... Portnato quero que fique. E que me perdoe.

— Se seguir a ele, jamais o perdoarei Bel... — Ela respondeu com as lágrimas expostas e ele? 

...

  Ele respirou fundo, limpou as lágrimas de seu rosto, lhe deu um beijo demorado em seus lábios e então... Então ele sorriu e vagamente foi soltando suas mãos delicadas e frágeis. 

— Se caístes, irei reergue-la., se chorastes, irei acolhe-la... Se odiar-me... Irei me afastar... Mas jamais deixarei de amá-la, Ariel. — Ele respondeu permitindo que as lágrimas escorressem por seus olhos. E então... Ele se foi.

— Bel! — Chamou. — BELLAMY! — E embora ouvi-la dizer seu nome de anjo foste a coisa mais bela que surgiu de seus lábios, ele não se virou e não atendeu ao seu chamado.

Alucard: O Fim - Vol 2 - Uma História Renegados do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora