Contra o Tempo!

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  Laura não aguentava mais. Berrava mesmo estando rouca de tanto gritar e chorava mesmo sem lágrimas de tanto chorar. Seus olhos inchados e borrados davam a ela um olhar desesperado de uma garota torturada sem motivo. Seu rosto abaixo do nariz estava manchado de sangue devido a quantidade exaustiva de magia que ela teve de usar para realizar os desejos mais insanos da rainha negra.

  Ao desmaiar pela quinta vez, Elizabeth sorriu. Estava pronto. Seu plano diabólico finalmente havia chegado ao fim, bastava agora um toque final.

  Foi então que ela saiu do quarto onde estava a bola de cristal deixando Laura para trás, e entrou em outro cômodo. Este era mais espaçoso e arredondado daquele calabouço. Havia algumas celas espalhadas por ali, porém não utilizadas. Agora o que chamava de fato a atenção eram as 8 estátuas, com 8 símbolos representantes... Cinco deles estavam brilhando. Eram os cinco do lado esquerdo. A primeira estátua tinha como símbolo uma moeda, como se representasse o dinheiro, ela brilhava em dourado. Ao seu lado tinha um pavão como o símbolo da vaidade brilhando em azul. Já ao lado também via-se o gato, caracterizado como um animal preguiçoso, revelando o símbolo da preguiça e brilhando em um tom laranja. O outro era uma estátua com o símbolo de uma serpente, caracterizando a inveja por si só, esta brilhava em verde. Logo depois vinha a estátua de um casal, homem e mulher, ambos nus e sorrindo maliciosamente para frente enquanto se abraçavam, estes simbolizavam a luxúria e brilhava em um roxo escuro. O outro era o símbolo de um uma espada simbolizando o ódio brilhando em preto. E então o lobo enraivado, representando o animal que sempre está faminto por carnes frescas, a gula. Porém este já não brilhava, e nem o que estava ao seu lado, um "bode" com enormes chifres e olhos ensanguentados representado o orgulho. Havia mais um que não brilhava... O último. Nele era uma estátua representando um par de asas que se olhasse de perto lembraria um portão. Também não brilhava.

  Elizabeth cortou a palma de sua mão e pingou uma gota de sangue por cima das estátuas brilhantes e começou a recitar magia negra.

 A cada palavra que ela soltava era mais um soprar de vento do lado fora. O vento estava ficando cada vez mais forte e os animais que morava ali por perto se escondiam.

  O ar estava tão tenso que até os moradores do vilarejo decidiram fechar as portas das casas com medo. 

— Mamãe... — Disse uma criança encarando a janela. — Por que a lua está vermelha? 

— Saia da janela, menina! — Gritou sua mãe puxando a garotinha dali vendo por si mesma a lua avermelhada junto ao céu. — Meu deus... — Respondeu ao ver que começou a chover. Porém a chuva não era qualquer chuva. 

— Isso é sangue? — Perguntou a menina e no choque de tudo, a mulher fechou as janelas e começou a rezar para os céus.

  Enquanto isso Elizabeth concluía sua magia negra tendo o sucesso que ansiava.

— N-Não! — Disse Laura, se apoiando nas paredes completamente fraca e instável. — Não f-faça isso... Por favor... Tenha compaixão... — Pediu Laura.

— Não preciso mais de você milady, mas obrigada pelos teus serviços. — Disse Elizabeth abrindo os olhos e se preparando para matar aquela que já foi útil a ela.

  Laura fechou os olhos a espera de um ataque, mas... Não houve ataque. Ao abrir os olhos Elizabeth nem sequer estava no local onde havia visto pela ultima vez... Aonde ela estava? 

— Laura! — Gritou uma voz.

— C-Car...Milla. — Respondeu escorregando e caindo no chão novamente em outra desmaio.

  Carmilla, Clarke e Rowan correram para acudir a lady Hollis que já estava inerte no chão.

***

Alucard: O Fim - Vol 2 - Uma História Renegados do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora