Pensamentos Apaixonados.

Capítulo VII: O início de um novo siclo.

Está casa, é enorme, é quase uma mansão, ela está pronta pra deixar a sua vida pra trás por mim, e eu não teria ido até onde eu fui pra terminar aqui.
Minha vida está perfeita, tenho algo que nunca tive, uma família, não pode ficar melhor, Jéssi me agarra pela mão e me leva pro sofá, ela está tentando ficar calma, mas não está conseguindo, ela senta em meu colo, me abraça, me beija, seu corpo fica mais excitado a cada toque meu, ela está arrepiada, por segundos ela para, pra pegar uma nova onda de fôlego, ela está muito feliz.
Enfim temos a noite mais feliz das nossas vidas e eu estou quase explodindo de empolgação, parece que esquecemos algo, mas nem mesmo notamos.
O dia amanhece mais rápido do que os anteriores, e nós acordamos a todo vapor, vamos para a cozinha fazemos o almoço, comemos em silêncio, sem olhar nos olhos um do outro, terminamos o almoço e vamos pra sala de estar, ela parece querer me contar algo, fico pensando no que será, mas logo paro de me preocupar.
Ela senta ao meu lado e começa a contar tudo:
- Amor tenho duas novidades pra te contar, mão existe novidade ruim, só boa, então não terá motivos pra se preocupar.
-  A primeira é que esta casa onde estamos, foi dada pelo meu tio para nós.
Não tenho nem palavras, finalmente uma casa só pra nós, estou me sentindo tão feliz que esqueço que ela tem duas novidades.
- Agora vamos ter muito espaço para nós amorzinho, eu amei, amei mesmo. - digo entusiasmado.
- Acho que não amor, vamos ter que dividir esta casa com mais um pessoa, só não sei se é homem ou mulher, mas vamos ter mais um morador aqui.- diz ela com um sorriso.
Não consigo entender, quem mais vai morar aqui?? Espero que não seja um homem, pra ele dar em cima da minha Jéssi.
-  Quem é amor? - pergunto desesperado.
- Você não percebeu que não usamos proteção ontem a noite?? Fomos tão desligados do mundo que nem demos tempo para colocar.- ela olha pro chão, esperando minha raiva, ou uma resposta de surpresa.
- Amor, eu sei que esquecemos, na verdade eu nem mesmo ia colocar, agora que casamos eu quero começar uma família, não sei se é menino, menina, mas eu quis ele ou ela sem você saber.
Ela me olha assustada, mas com o tempo seu rosto vai voltando ao normal, e um sorriso lindo se abre em sua face, ela me abraça, e começa a chorar.
Ajudo a secar o seu pranto, porém não me contenho, as minhas lágrimas me traem, e eu também começo a chorar.
Foi um atitude boba a que fiz, pois nem mesmo a consultei sobre a minha decisão, porém ela parece ter gostado, e está muito feliz.
Os dias se passam, vejo ela a cada dia mais linda, sua barriga começa a crescer, ela se preocupa com tudo, ao deitar, ao levantar, em tudo. Porém eu amo isso nela, e minha paixão só vai ficando maior.
Dois meses, ela já não aguenta mais de entusiasmo, cada vez que ela olha para sua barriga, ela acaricia como se dissesse eu te amo. Eu devo ser o que chamamos de pai babão, pois sempre estou perto, gosto de por a mão sobre a sua barriga, e dizer todos os dias,      " eu estou te esperando."
Quatro meses, já começou a compra de tintas para pintar o quarto do nosso filho, ou filha.
Seis meses, é menina, e nós estamos entusiasmados com tudo, compramos roupinhas, calçados, estamos prontos pra ter até 10 bebês.
Nove meses, a bebê tem, uma data de nascimento quase certa aguardada, e falta cerca de uma semana, tudo pronto, toda a nossa família já sabe, inclusive a minha, as notícias correm rápido.
Jéssi começa a ter contrações, corremos para o hospital, no caminho a bolsa se rompe, ela está sentindo muita dor, e fica me pedindo para ir mais de pressa.
Entramos no hospital, e ela entra em trabalho de parto, fico na sala de espera, escuto ela gritar de dor, parece que sinto ela fazer força para trazer a nossa filha ao mundo, de repente, os gritos somem, e um choro bem fraco começa, meu coração dispara, corro em direção ao quarto onde ela está, ela está segurando a bebê, me olha com um sorriso, e volta a se deitar, depois os médicos levam ela para um quarto onde vai descansar, eu não sei quanta dor ela sentiu, mas eu vou recompensar ela pelo resto da sua vida.
Não existe ninguém que pode prever o que vai acontecer, não sabemos o que pode nos afetar em um futuro, mas quando eu olho nos olhos da minha filha, vejo que devemos só nos importar com o agora.