Capítulo Quatro

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Catarina

Benjamin leva-me até um restaurante indiano. A parede do ambiente tem uma tintura vermelha com desenhos brancos. As mesas são tabuas sobre o chão, cobertas com panos dourados e velas. Tem almofadas ao redor das mesas, para acomodar os clientes. Plantas por todos os cantos do restaurante. Um lugar simplesmente aconchegante. Porém, todas as mesas estão ocupadas, Benjamin passa direto por todos e me leva até uma sala privada, só para nós dois. Assim que ele fecha a porta, fico maravilhada com as cortinas douradas pelas paredes e os desenhos, a sala é totalmente iluminada pelas diversas velas aromáticas que estão separadas e mantendo um cheiro agradável no ambiente.

— Espero que goste. — Benjamin sussurra ao meu ouvido me tirando um sorriso bobo. Ele estende a mão e me acomoda em uma das almofadas e senta em uma a minha frente.

Escuto duas batidas na porta, logo, dois garçons entram trajados com vestes indianas e colocam três pratos sobre a mesa. Eles dizem que as comidas são Butter Chicker, Thali, Naan e um suco chamado Lassi, feito com água de rosas. Assim que eles saem, Benjamin tranca a porta, em seguida, começamos a comer. É inevitável não rir com as diversas histórias de Benjamin.

— Acho que seu apartamento será finalizado em 15 dias. — Tomo um gole de suco. Benjamin pega o guardanapo e lança um olhar de incomodo, torno a dizer: — Por acaso não gostou? Quer que eu fale com meus colegas sobre a probabilidade de finalizar antes do período estimado?

— Não! — Responde de prontidão. —, não precisa. — Ele pega na minha mão sorrindo. — Eu confio em você.

Benjamin levanta e vai até o fim da sala, afasta as cortinas deixando avista, uma cama coberta por lenções finos de coloração rosada, com várias almofadas de cores lilás, rosa e azul. 

Vou até ele e coloco as duas mãos sobre minha boca, simplesmente surpresa com tudo. Quem diria, Benjamin Salvador é um amante indiano.

— Eu amo a Índia — Diz Benjamin. Será que ele escutou meus pensamentos? —, já viajei várias vezes para lá, mas, devido a desigualdade nunca quis morar na India.

Abro um sorriso singelo. Benjamin desliza a mão pelo meu rosto levemente, fecho meus olhos devagar sentindo suas carícias tomarem de conta da minha pele. Ele pega minha cintura e encosta nossos corpos me fazendo sentir sua musculatura. Benjamin beija meu pescoço, enquanto desce as mãos pelo meu vestido devagar, posteriormente, tirando-o e distribuindo beijos pelo meu corpo. Ele desce beijando-me pelo esterno, umbigo, virilha e quando chega na minha intimidade, ele para e me lança um olhar safado que me deixa mais instigada. Aos poucos, ele vai descendo minha calcinha beijando minha coxa, pantorrilha e meus pés. Benjamin sobe até minha intimidade e a explora com a língua, e que língua. Ele brinca com meu clitóris, fazendo movimentos circulares e o chupando fazendo com que eu caia na cama de tanto prazer, o mesmo volta a me chupar ao mesmo tempo que me penetra com os seus dedos habilidosos e rápidos.

— Ah! — Gemo.

Benjamin se levanta tirando a camiseta, ele puxa minhas mãos delicadamente me deixando sentada na cama para que eu possa tirar as peças inferiores dele. Desabotoou a calça dele e vou descendo-a junto com a cueca. Na primeira vez que transamos, não tinha observando o quão grande e grosso é o membro dele, acho que é por isso que sempre me dá uma água na boca quando o vejo. Humm... 

Olho para Benjamin, o mesmo alisa minha cabeça ao mesmo tempo que me empurra para que eu o chupe. Abocanho seu pau sem pena alguma, passo a língua olhando para ele, em seguida, chupo e faço movimentos circulares, tento fazer com que vá até minha garganta, mas é muito grande. Escuto os gemidos dele, me fazendo aumentar mais a velocidade. Benjamin geme mais uma vez, dessa vez mais alto liberando um liquido quentinho na minha boca. No mesmo momento, volto a olhar para ele sorrindo. Ben está apoiado com os dois braços sobre a cama ofegante, o mesmo levanta um pouco a cabeça e limpa o canto da minha boca com o indicador. O beijo deixando que ele sinta seu próprio gosto, o mesmo me posiciona de lado e levanta minha perna penetrando-me com força, enquanto massageia meu clitóris. Gozo sentindo seus dedos sapecas explorarem minha boceta, enquanto ele estoca fortemente o pau dentro de mim em movimentos de vai e vem. 

Depois de alguns minutos, Benjamin tira a intimidade dele, gozando em cima da minha bunda. Bem quentinho! Ele respira fundo e abre os braços, o mesmo está totalmente suado e bastante cansado. Minhas pernas tremem cansadas e satisfeitas. Me viro para Benjamin Cansada e beijo seus lábios. Ainda deitada em seu peito, sinto meus olhos fecharem me fazendo adormecer. 

Assim que acordo, me deparo com os olhos castanhos de Benjamin Salvador me fitando com um sorriso mostrando todos os seus dentes brancos.

— Bom dia! — Digo ainda sonolenta abrindo um sorriso.

— Bom dia! Você estava tão linda dormindo.

— Mentiroso.

— Eu quero ficar junto de você sempre, sabia?

— Você falou que era novo na cidade — Estiro os braços me espreguiçando, em seguida, Apoio o cotovelo na cama e coloco minha cabeça sobre a palma da minha mão. —, como sabe do restaurante Indiano?

— Eu acho que comecei mentindo — Benjamin abre um sorriso sem graça.

— Pois saiba, que eu não gosto de mentiras. — Falo em tom sério. Eu realmente não gosto de mentiras, fui honesta desde o início com ele que seja recíproco. — Que fique bem claro.

— Você parecia tão desconfiada, que pensei que mentir seria a única forma de me aproximar de você.

Achou errado. Quem em sã consciência acha que mentir é uma boa tática para se aproximar de uma pessoa? Essa não colou nem um pouco.

— Como conhece esse lugar? — Questiono o encarando, em busca de mais algum sinal que mostre que ele continua mentindo. — Sobre sua família, você também mentiu ou foi mais uma maneira de me impressionar? Porquê eu não me impressiono com mentiras.

— Eu conheço o Leblon, fui criado até meus 10 anos aqui. Sobre a minha família, eu só tenho a minha mãe, ela foi mãe solteira e preferiu não ter outro relacionamento, somente dedicar - se a mim. Eu pensei em me casar, mas, achei que não era a pessoa nem a hora certa.

Benjamin fala demostrando um semblante verdadeiro. Acredito que ele só mentiu para se aproximar de mim mesmo, por mais que isso não seja justificável, foram mentiras pequenas se comparadas as que já escutei de Marcelo um dia. Eu e minha desconfiança, tenho certeza que isso ainda vai fazer com que eu perca muita coisa na minha vida, preciso trabalhar isso antes que me prejudique.

— E você? — Indaga Benjamin.

— A minha família mora na Paraíba. Meus pais são casados há quase 30 anos, tenho um irmão mais velho chamado Rick e ele está fazendo curso de fotografia, ele ama fotografia. Eu sofri bullying na faculdade por ser uma pobre e nordestina fazendo um curso, que segundo eles não servia para pessoas como eu.

Isso é uma coisa que não compartilhei nem com meus país, apenas Fernanda sabe e agora Benjamin. Acho que no início foi muito difícil, mas agora todos que duvidaram de mim provavelmente engolem as palavras que um dia falaram para me insultar ao ver meu nome nas revistas de arquitetura, como uma das melhores arquitetas não só do Leblon mais também do estado do Rio de Janeiro.

Não sou o tipo de pessoa que se gaba, isso não faz parte da minha personalidade, mas isso é uma coisa que tenho orgulho de falar que conquistei, pois passei muita coisa para conseguir ouvir minha mãe falando que não estava faltando nada dentro de casa. Meus pais nunca deixaram faltar nada para meu irmão e eu, minha mãe vendia as pamonhas dela e meu pai concertava bicicleta para nos manter. Sair de casa foi difícil, mas me fez amadurecer muito em busca de um emprego para conquistar meu sonho e fazer por meus pais, o que um dia eles fizeram por mim.

— Entendo!

— Você não entende. — Digo — Você não parece ter vindo de uma família pobre.

— De fato, não vim. Mesmo sendo filho de mãe solteira, meus avós eram empresários, alias, minha avó, pois só conheci ela. Eles foram grandes exemplos para que eu me formasse em economia.

— Que bom!

— É sim! Agora vamos — Ele olha o relógio. —, porque já está perto das nove da manhã e eu preciso ir.

— Vamos! 

Amante de um homem casado LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora